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Uso de recursos naturais da biosfera

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Por:   •  10/11/2014  •  Artigo  •  1.338 Palavras (6 Páginas)  •  389 Visualizações

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É impossível desconhecer que o mundo entrou numa crise sem precedentes no que se refere ao estado do meio ambiente e ao desiquilíbrio causado pelo uso dos recursos naturais da biosfera (IUCN, 1988).

Para avaliar a extensão dos danos ecológicos é preciso estudar os males causados ao meio ambiente. O comportamento humano tem gerado múltiplos e profundos agravos ecológicos ao longo da história. Dos períodos de civilização da Antiguidade e da Idade Média, podem-se extrair informações que representam importantes contribuições aos estudos atuais (LIEBMANN, 1976). Foi ao abandonar as regiões habitadas, em busca de novas terras, que o homem da Antiguidade ignorou as consequências dos danos ao meio ambiente por ele próprio provocado.

Segundo GIMPEL (1977), em um período mais tardio, o homem se deparou com a busca de um novo conceito: a tecnologia. A Revolução Industrial, que teve seu início na Inglaterra no século XVIII e se espalhou pelas civilizações, impulsionou o crescimento econômico permitindo maior geração de riqueza que promovesse a prosperidade e a melhoria da qualidade de vida nas cidades e nos campos. Conseguinte é inquestionável, hoje em dia, a importância da tecnologia não só para o conforto e bem-estar, mas para a própria sobrevivência da humanidade. Contudo, inicia-se a compreender um equívoco. Esta capacidade de atuar sobre o meio ambiente, modificando-o (consequência direta dos avanços tecnológicos), deu ao homem uma sensação de “superioridade” em relação à natureza. Sensação que só é verdadeira (se puder se colocar nestes termos) numa perspectiva de curto prazo. A longo prazo o homem necessitará voltar a se submeter às “leis gerais da biosfera” (COIMBRA, 2002).

Para o homem moderno, as migrações diminuem e são acompanhadas da necessidade de uma reorientação de valores, talvez uma “nova renascença”, face às necessidades de modificações nos processos industriais, da aceitação do que HABERMAS (1990) denomina de “soberania popular como procedimento” e de um ordenamento jurídico da questão ambiental.

Atualmente, é conhecida a ubiquidade dos problemas ambientais: o de ocorrer ao mesmo tempo e, praticamente, em todos os lugares. A ocorrência, portanto, dos agravos ao meio ambiente e saúde causados em escala global oferece uma possibilidade de compreender o surgimento da “consciência ecológica” nas três últimas décadas (marcadamente durante a década de 1980) e de compreender o deslocamento da questão ambiental até então circunscrita a alguns espaços (universidades, entidades ambientalistas, associações de denúncia da degradação ambiental) para o cotidiano da população, mediante os meios de comunicação, os movimentos sociais e discussões de caráter político. ( CHAVES & FARIAS , 2005 ).

A problemática ambiental transformou-se num dos mais sérios desafios que a humanidade tem de enfrentar em curto prazo. A consciência ecológica não nasce no vazio. Ela emerge, antes de tudo, de uma realidade: a poluição, a fome, as desigualdades sociais, a interferência do sistema econômico no sistema ecológico, a deterioração da qualidade de vida, a degradação do meio ambiente, a ocupação desordenada do espaço ambiental. Também, a consciência ecológica, emerge, igualmente, no contexto de uma nova consciência ética.( CHAVES & FARIAS ,2005).

A humanidade é parte da natureza e depende dela para sua sobrevivência, mas a civilização, ou o conjunto de caracteres próprios da vida social, política, econômica e cultural da humanidade, proporciona a ela o poder de intervir alterando a natureza em escala sempre crescente, para melhor ou para pior. Segundo VIOLA (1987), entre os efeitos negativos desta intervenção humana encontram-se: ameaça à vida biológica nos oceanos, lagos e rios, devido à poluição de suas águas; envenenamento da atmosfera com vapores prejudiciais; destruição do solo através de uso indevido provocando erosões, inundações e alterações do clima.

No estado atual da questão ambiental, mostra-se ainda útil retomar o problema do que se entende por Educação Ambiental e como ela vem sendo desenvolvida nas escolas. Não se tem tanta certeza de que seja tão unânime a importância dada, pela escola, à Educação Ambiental. Perguntando-se de outra forma: por que a temática ambiental seria um valor para a educação? Qual seria este lugar da temática ambiental na educação? (CARVALHO,1989 & FRACALANZA, 1992)

A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que diz respeito a um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o envolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano. (JACOBBI, 2000 & LUZZI, 1999).

Nesse sentido, a produção

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