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Vilanova Artigas

Artigo: Vilanova Artigas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2014  •  741 Palavras (3 Páginas)  •  628 Visualizações

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João Batista Vilanova Artigas foi um arquiteto brasileiro de grande importância. Nasceu em Curitiba-PR, em junho de 1915.

Artigas expressou as primeiras manifestações modernistas na arquitetura de Curitiba, deixando significativas obras na capital paranaense, porém seu nome é fortemente associado à Escola Paulista, movimento arquitetônico em São Paulo, onde é considerado o principal nome da história da arquitetura. Vilanova Artigas é reconhecido tanto por suas obras, quanto pela grande influência em relação a formação de uma geração de arquitetos.

Em Curitiba, suas obras iniciaram nos anos de 1940, com grande influência de Frank Lloyd Wright. Posteriormente, assumiu a influência de Le Corbusier, que se percebe claramente na residência de João Luiz Bettega, localizada na Rua da Paz, que hoje é denominada Casa Vilanova Artigas. Esta casa polemizou a gerou muitas criticas e discussões na população, mas representa grande expressão para a arquitetura brasileira.

Graduou-se engenheiro-arquiteto na Escola Politécnica da USP, apresentando em sua formação estreita ligação e convivência com os artistas populares de São Paulo do grupo Santa Helena.

Juntamente com a atividade de arquiteto, Vilanova Artigas dedicou grande parte de sua vida ao magistério. Iniciou na Escola Politécnica de São Paulo, e mais tarde, no curso de Arquitetura da USP. Com a implantação do curso de arquitetura na UFPR, em 1962, Artigas recusou o convite para integrar o corpo docente da universidade. Porém, a partir disto, iniciou uma série de palestras, que gerou grande influencia para a geração de alunos de arquitetura.

Artigas elaborou quase 700 projetos em sua carreira, que teve também reconhecimento internacional, a partir de seu contato com os profissionais de outros países.

Segundo a União Internacional dos Arquitetos, Vilanova Artigas é o arquiteto mais premiado do Brasil.

Faleceu em São Paulo, em 12 de janeiro de 1985, e mesmo após seu falecimento, continuou sendo um dos mais respeitados entre os arquitetos brasileiros.

Contexto Histórico/Politíco

Em 1952, Vilanova Artigas publica o polêmico “Caminhos da arquitetura moderna”, em que contesta de forma dura e agressiva, os dois maiores expoentes da arquitetura moderna: F. L. Wright e Le Corbusier. O autor afirma que o seu objetivo é demonstrar que a obra dos arquitetos exprime ideologicamente o pensamento da classe dominante.

Um ano antes, Artigas já havia deferido ataques a Le Corbusier, criticando a sua pretensa posição de intelectual livre a apolítico, que inventou o “modular”, acreditando que pudesse superar os dois sistemas de medidas existentes, e assim, unificar e incrementar a produção.

Vilanova Artigas ingressa no Partido Comunista em 1945, onde começa a desenvolver uma intensa atividade política, paralelamente às atividades de escritório. A partir de 1949, integra o conselho de redação da revista Fundamentos, periódico dominado por intelectuais ligados ao PC. O alvo da crítica do arquiteto é a crença moderna de que a arquitetura pode oferecer soluções para o antagonismo de classes, sem comprometer-se com a realidade embaraçosa das paixões políticas.

O ataque aos dois maiores protagonistas da arquitetura moderna mundial, mesmo considerando a alta temperatura do ambiente político da época, requeria um dose significativa de ousadia e coragem, e pode ser encarado como uma espécie de ajuste de contas, à luz dos debates suscitados pela convivência no Partido Comunista, que recolocam a questão da função social do arquiteto. Tal empenho reflexivo, agora devidamente relativizado pela descrição das circunstâncias históricas envolvidas, é o que em larga medida o salva do mero discurso sectário, intempestivamente deflagrado no calor das discussões.

Arquitetura como forma crítica da realidade parece ser o fundamento do projeto de Artigas. O materialismo histórico é a base teórica para operar essa leitura crítica do mundo, questionar as premissas ideológicas do movimento moderno, desconfiar da crença otimista na construção do novo ambiente do homem exclusivamente pela exemplaridade da forma estética. Se a arquitetura moderna aspira a uma real participação no processo de construção social da realidade, ela necessita assumir com consciência um sentido político. Caso contrário, corre o risco de ser cooptada por aqueles contra os quais justamente investe. Pela primeira vez no contexto de nossa modernidade arquitetônica, um arquiteto local reivindica a urgência do compromisso necessário entre Arte e Política.

Cronologia de suas principais obras:

Em São Paulo:

1946 - Edifício Louveira, no bairro de Higienópolis

1960 - Estádio do Morumbi

1961 - Garagem de barcos do Santa Paula Iate Club

1962 -1969 - Edifício-sede da FAU-USP, na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo

1966 - "Casinha", no bairro de Campo Belo

Em Guarulhos:

1968 - 1972 - Conjunto habitacional Zezinho Magalhães Prado (popularmente conhecido como Parque CECAP)

Em Itanhaém:

1959 - Escola de Itanhaém

Em Londrina:

1950 - Estação Rodoviária

1950 - Casa da Criança

Em Curitiba:

Hospital São Lucas

Residência Bettega

Residência Niclevicz

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