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Vírus Ebola No Brasil

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Por:   •  25/3/2015  •  2.689 Palavras (11 Páginas)  •  488 Visualizações

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Ministério da Saúde esclarece sobre o vírus Ebola

Redação do GD

O Ministério da Saúde lançou Nota Técnica com esclarecimentos sobre o vírus Ebola, forma de transmissão, cuidados, prevenção e orientações para ações de vigilância e serviços de saúde de referência, além de divulgar ocorrências de casos.

Febre Hemorrágica Do Ebola

O vírus Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos. Existem cinco espécies de vírus Ebola (Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyoebolavirus, Restonebolavirus e Tai Forest ebolavirus), sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos diagnosticados.

No atual momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem a chamado a atenção para a persistência de um surto em países da região ocidental da África, que acomete Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria. Este é o mais extenso e duradouro surto da doença pelo vírus Ebola já identificado no mundo, com uma letalidade de 68%. Pelas características da transmissão do vírus Ebola, é considerada improvável uma disseminação para outros continentes.

Entretanto, pode ocorrer a detecção em qualquer país do mundo, de casos em viajantes provenientes de países com transmissão. Nessa situação, se o passageiro apresentar os sintomas durante a viagem, a equipe de bordo aplica as normas internacionais vigentes, visando à proteção dos outros passageiros, e informa às autoridades sanitárias no aeroporto ou porto de destino para a remoção e transporte do paciente ai hospital de referencia, em condições adequadas.

No caso do viajante realizar a viagem durante o período de incubação e só apresentar os sintomas depois da chegada ao país de destino, o serviço de saúde que for procurado deverá notificar imediatamente o caso para a Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde ou à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Protocolo de Vigilância e Manejo de Casos Suspeito de Doença pelo Vírus Ebola (DVE)

Definições

Caso Suspeito: Indivíduos procedentes, nos últimos 21 dias, de país com transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria – OMS) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinas purpúricos e hematúria.

Caso Confirmado: Caso suspeito com resultado laboratorial conclusivo para Ebola realizado em Laboratório de Referência.

Contactante: Indivíduo que teve contato com sangue, fluido ou secreção de caso suspeito ou: Dormir na mesma casa; Contato físico direto com casos suspeitos; Contato físico direto com corpo de casos suspeitos que foram a óbito (funeral); Contato com tecidos, sangue ou outros fluidos corporais durante a doença; Contato com roupa ou roupa de cama de casos suspeitos; Ter sido amamentado por casos suspeitos (bebês).

Caso Provável: caso suspeito de viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países e que apresentem histórico de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas com suspeita da doença ou contato com animais doentes ou mortos.

Definição E Notificação 

O ebola é uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria Nº 1.271, de 6 de junho de 2014.

Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das Secretarias municipais, Estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde por um dos seguintes meios: telefone 0800.644.6645, preferencialmente; e-mail notifica@saude.gov.br ou formulário eletrônico no site da SVS.

Endereço eletrônico: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6742.

Período De Incubação

O período de incubação pode variar de 1 a 21 dias.

Transmissão

Não há transmissão durante o período de incubação. A transmissão só ocorre após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou do contato com superfícies e objetos contaminados.

Procedimentos Para Diagnóstico laboratorial

a) Coleta

A coleta da amostra deve ser realizada de modo asséptico. O responsável pela colheita deve estar protegido com Equipamentos de Proteção Individual (EPI) especificados anteriormente. Os materiais usados para a coleta e transporte, incluindo os EPI devem ser incinerados

b) Tipo de amostra

Deverá ser colhido 10 ml de sangue, sendo uma alíquota para diagnóstico confirmatório de DVE e outra para exames complementares. Não é necessário, na fase aguda, separar o soro do sangue, procedimento que pode aumentar significativamente o risco de infecção acidental. É obrigatório o uso de sistema de coleta de sangue à vácuo com tubos plásticos secos estéreis selados.

Nos casos de óbitos em que não se tenha obtido o sangue, fragmentos de vísceras deverão ser colhidos, adotando-se os mesmos cuidados de proteção. A necropsia só deve ser realizada em locais com condições adequadas de biossegurança, com a utilização dos EPI preconizados. Recomenda-se colher um fragmento de fígado de 1 cm3. Onde não existem condições adequadas para a necropsia, deve-se utilizar a colheita por agulha de biopsia.

c) Transporte de amostra

O material biológico (sangue ou tecidos) deve ser transportado em gelo seco, em caixas triplas destinadas a substâncias infecciosas Categoria A UN/2814, para o Laboratório de Referência – Instituto Evandro Chagas (IEC). 

O transporte do material desde a Unidade de Saúde até o Laboratório de Referência (IEC) é de responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

O isolamento viral deverá ser realizado somente em

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