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Motivos que levam jogadores a abandonarem a carreira de futebol

Por:   •  19/3/2017  •  Ensaio  •  1.420 Palavras (6 Páginas)  •  423 Visualizações

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MOTIVOS QUE LEVAM ATLETAS A ABANDONAREM A CARREIRA PROFISSIONAL DE FUTEBOL

Lucas Mateus Santos Nascimento
Bacharelando em Educação Física, ASCES/UNITA.

RESUMO
O objetivo básico desse estudo, é reconhecer os altos obstáculos que impedem os atletas amadores de futebol a se tornarem jogadores profissionais. Os principais fatores são; a necessidade de um empresário, para que o atleta possa ser ajudado e direcionado corretamente nas suas escolhas durante a carreira. A grande carência financeira, a ausência de apoio e pressão familiar, oque dificulta bastante o desempenho e a vontade de seguir a diante. E acima de tudo, a falta de “sorte” é outro fator que predominam os atletas fracassados. Para ter sucesso no futebol, ou em qualquer outra modalidade esportiva o talento não é o fator primordial. O esporte quando se torna uma área de trabalho, exige-se muito do atleta, fisicamente e principalmente psicologicamente. Pois para se tornar e se destacar entre os demais profissionais, é preciso ser diferenciado, e para isso se exige muita dedicação ao trabalho.

PALAVRAS-CHAVES: Futebol, Sonho, Desistência, Obstaculos

INTRODUÇÃO
     
Hoje se considera o futebol como uma cultura mundial, atingindo diferentes povos através o planeta, trazendo alegria e momentos de harmonia para aqueles que apreciam e disfrutam do esporte.

Segundo, Lever (1983), eterno na preferência e vive na alma do povo. Por ser considerado o esporte mais popular em nosso país, o futebol desperta diferentes sentimentos naqueles que o acompanham e interfere direta e indiretamente na vida de todo povo brasileiro.

        O futebol leva uma mistura de culturas de diferentes lugares por onde passa, desde seu inicio em 1850 na Inglaterra, essa modalidade esportiva só cresce consecutivamente de geração em geração. No Brasil, indiscutivelmente, o futebol faz parte da vida dos brasileiros. Todo jovem brasileiro, que gosta do futebol. Um dia sonha em se tornar um atleta profissional. Pois, poucos sabem que para atingir o patamar do futebol, não basta somente se ter o talento, várias outras qualidades precisam ser desenvolvidas, e ser colocadas em pratica. O futebol é a modalidade esportiva que mais atrai jovens amadores do mundo todo, pelo fato de ser reconhecido mundialmente, e principalmente pela vida que esse esporte propõe aos atletas que nela atuam, como uma vida de mordomia, reconhecimento e respeito. No entanto, para se chegar ao mais alto nível, é necessária muita dedicação, esforço e disciplina. Pois o futebol não é uma profissão fácil, além dos profissionais se dedicarem a maioria do tempo, ao trabalho se aperfeiçoando cada vez mais. Pouco tempo se possui para disfrutar dos benefícios que o futebol os propõe. No entanto, para poder chegar até o auge, o atleta envolvido precisa passar por vários obstáculos.

Segundo, Negrão (1994, p. 59) entende-se que o trabalho do jogador é caracterizado pelo consumo de seus serviços que é alcançado no ato de sua atuação. Para a autora, a produção do trabalho do jogador de futebol equipara-se a de um ator circense.

DESENVOLVIMENTO
     
O futebol brasileiro é uma referência esportiva para o mundo todo, hoje em dia o numero de jovens adolescentes que sonham em se tornar um atleta profissional é grande. Pois esses jovens enxergam no futebol um meio de saída de vários aspectos, de uma mudança de vida totalmente diferente. Na favela, por exemplo, onde as condições de vida são precárias, e não se possui muitos recursos esportivos e onde a criminalidade domina a região, são locais que sofrem com a indigência, e dessa forma o jovem não tem motivos de mudança, e desenvolve esse sentimento de ser uma classe social inferior. No entanto eles observam no futebol uma vida, de sucesso e dinheiro. Em que a fama possa os tirar do abismo. Porem o grande responsável que passa essa ideia de ilusão para esses sonhadores de futebol é a mídia. Esse meio de informação que explora e é bastante influente, que demonstra somente o lado positivo da profissão esportiva.

Segundo Amaral, Thiengo e Oliveira (2007, p. 1), esse desejo também é influenciado pela “[...] mídia esportiva, que enfatiza principalmente o lado 'positivo' da profissão, destacando o sucesso de alguns dos nossos principais jogadores”. Segundo os mesmos autores, esse fato “[...] faz com que muitos jovens, seduzidos por uma vida social de status e independência financeira e incentivados por seus pais, visualizem a carreira de jogador de futebol profissional como uma das mais promissoras”

      Porem, não é destacado o caminho de sacrifício que é preciso se fazer para chegar até o auge do futebol, ou seja, o outro lado da profissão. Para poder ingressar num clube de futebol, os atletas devem primeiramente sair precariamente do lar familiar. Devem se privar de certos fatores, deixar de ter uma vida como todos adolescentes. Se dedicar em dobro nos treinamentos do seu clube para poder desenvolver suas qualidades. E isso tudo, sem a certeza de ter sucesso futuramente. Jovens adolescentes que na maioria dos casos deixam os estudos de lado para poder seguir essa carreira esportiva, sem intuito do que pode acontecer e sem o conhecimento aprofundado da situação. Entretanto, posteriormente na fase adulta desses atletas que tentaram de todas as forças se tornar profissionais, a frustração prevalece, pois ao não conseguir atingir o objetivo desejado, o individuo se encontra desamparado na sua situação adulta, sem possuir qualquer diploma e sem ter se ter algum conhecimento em outra área de trabalho, a não ser o futebol.

Segundo, Pires (1994), a alienação é uma das responsáveis por um período de transição conturbado. Em seu estudo, dentre os 32 ex-jogadores entrevistados, nenhum vivenciou atividades culturais, artísticas e políticas, dedicando-se exclusivamente à carreira. Assim, após a fase de transição/encerramento, por não terem estudado e por terem se dedicado exclusivamente ao futebol, ex-jogadores ficam desempregados e sem perspectivas de adaptações em outros ofícios. Neste estudo também foi constatado que apenas quatro dos entrevistados ganharam o suficiente para se manterem de maneira autônoma. Porém, dois deles, pela falta de experiência, perderam quase todo o capital investido.

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