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Tipos de radiação

Tese: Tipos de radiação. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2013  •  Tese  •  5.027 Palavras (21 Páginas)  •  334 Visualizações

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Introdução

A transmissão de energia através do espaço é chamada radiação. Este processo de transmissão do calor não depende da presença de um meio material, podendo ocorrer através do vácuo. A energia solar, por exemplo, chega até nós dessa forma.

A energia transmitida deste modo é denominada energia radiante e apresenta-se na forma de ondas eletromagnéticas, assim como as ondas de rádio, as microondas, a luz visível, a radiação ultravioleta (UV), os raios X e os raios gama. Essas formas de energia radiante estão classificadas por ordem de comprimento de onda (ou de frequência) constituindo o espectro eletromagnético.

A transferência de calor por radiação geralmente envolve a faixa do espectro conhecida por infravermelho (IV). Qualquer objeto libera energia radiante. Objetos a uma maior temperatura liberam mais energia radiante que objetos a uma menor temperatura.

As qualidades físicas de um objeto determinam a capacidade do mesmo absorver ou refletir radiação. Via de regra, superfícies rugosas e, ou, opacos são bons absorvedores de calor radiante, sendo, portanto, facilmente aquecidos por radiação. Superfícies lisas e polidas são usualmente bons refletores de modo que não permanecem eficientemente aquecidas. Objetos que são bons absorvedores, freqüentemente são bons emissores. Objetos que são bons refletores, freqüentemente são pobres emissores. Da mesma forma objetos de cor escura absorvem melhor a energia radiante do que objetos de cor clara.

A radiação nada mais é que ondas eletromagnéticas ou partículas (subatômicas) que se movem a certa velocidade, que levam certa energia e que podem obter carga elétrica e magnética.

1. Tipos de radiação

Radiação ionizante

É a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas. É denominada quando produz íons, radicais e elétrons livres na matéria que sofreu a interação. Ela ocorre quando a radiação possui energia alta, o considerável para romper as ligações químicas ou ionizar os átomos após as colisões. Raios-X, por exemplo.

Pode danificar nossas células e afetar o material genético (DNA), causando doenças graves (por exemplo: câncer), levando até a morte. A radiação eletromagnética ultravioleta (excluindo a faixa inicial da radiação ultravioleta) ou mais energética é ionizante. Partículas como os elétrons e os prótons que possuam altas energias também são ionizantes. São exemplos de radiação ionizante as partículas alfa, partículas beta (elétrons e protons), os raios gama, raios-x e neutrons.

Radiações não ionizantes

São as radiações de frequência igual ou menor que a da luz (abaixo, portanto, de ~8x1014Hz (luz violeta)). Geralmente a faixa de frequência mais baixa do UV (UV-A ou UV próximo) também é considerada não ionizante ainda que ela e até mesmo a luz pode ionizar alguns átomos. É denominada quando não possui energia suficiente para gerar uma ionização e, na interação com o material biológico é absorvida e conduz a excitação eletrônica (EX: Microondas).

Elas não alteram o átomo mas ainda assim, algumas, podem causar problemas de saúde. Está demonstrado, por exemplo, que as microondas podem causar, além de queimaduras, danos ao sistema reprodutor. Existem também estudos sobre danos causados pelas radiações dos monitores de computador CRT (Cathode Ray Tube, Tubo de Raios Catódicos) por radiações emitidas além da radiação X, celulares, radiofreqüências, e até da rede de distribuição de 60Hz. Todavia, essas "comprovações" ainda estão no campo teórico, por exemplo, no estudo de influência das radiações emitidas pelos monitores de vídeo do tipo Tubo de Raios Catódicos (CRT), foram investigados apenas 10 indivíduos e estudados apenas um dos processos do ciclo celular, o mitótico, e deste que se divide em duas fases (mitose e citocinese), foram estudados apenas uma das quatro etapas da mitose, a metáfase. Além, o resultados demonstraram uma variação de apenas 2,6% de anomalias na fase analisada em ralação ao grupo de controle, isto é, irrelevante para considerar visto que no pequeno grupo analisado, muitos indivíduos podem ser já portadores de doenças genéticas. Ou seja, todos os estudos nesse campo ainda são superficiais e teóricos.

1.1. Acidente de Goiânia

Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia,gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas. A fonte, com radioatividade de 50.9 TBq(1375 Ci) continha cloreto de césio, composto químico de alta solubilidade. O 137Cs, isótopo radioativo artificial doCésio tem comportamento, no ambiente, semelhante ao do potássio e outros metais alcalinos, podendo ser concentradoem animais e plantas. Sua meia vida física é de 33 anos.

Com a violação do equipamento, foram espalhados no meio ambiente vários fragmentos de 137Cs, na forma de pó azulbrilhante, provocando a contaminação de diversos locais, especificamente naqueles onde houve manipulação domaterial e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia. Por conter chumbo, material de valor financeiro, a fonte foi vendida para um depósito de ferro-velho, cujo dono a repassou a outros dois depósitos, além de distribuir os fragmentos do material radioativo a parentes e amigos que por sua vez os levaram para suas casas.

As pessoas que tiveram contato com o material radioativo – contato direto na pele (contaminação externa), inalação, ingestão, absorção por penetração através de lesões da pele (contaminação interna) e irradiação -apresentaram, desde os primeiros dias, náuseas, vômitos, diarréia, tonturas e lesões do tipo queimadura na pele. Algumas delas buscaram assistência médica em hospitais locais até que a esposa do dono do depósito de ferro-velho, suspeitando que aquele material tivesse relação com o mal-estar que se abateu sobre sua família, levou a peça para a Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde, onde finalmente o material foi identificado como radioativo. Devido às características do acidente de Goiânia, as vias potenciais de exposição da população à radiação foram: inalação de material ressuspenso, ingestão de frutas, verduras

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