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A Aula Abdome Agudo – 08/02/2019

Por:   •  2/6/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  267 Visualizações

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Aula Abdome Agudo – 08/02/2019

Conceito:

  • Diagnóstico Sindrômico → Dor abdominal principal sintoma independente do tipo;
  • Dor abdominal que não passa com remédios em casa
  • Dor → Leva o doente ao serviço de emergência
  • Deve ser atendido rapidamente
  • Tratamento clínico ou cirúrgico
  • Se não tratado → deterioração do estado geral

** Abdômen Agudo NÃO é traumático**

Existem dores abdominais que não são A.A como: geca, uremia aguda, herpes zoster...

Existem cinco tipos de A.A são eles:

  • Inflamatório
  • Obstrutivo
  • Perfurativo
  • Vascular
  • Hemorrágico

  • Inflamatório: Apendicite, pancreatite, diverticulite, colecistite e colangite.

  • Apendicite é o mais comum.
  • A apendicite aguda (AA) é a principal causa de abdome agudo cirúrgico em todo o mundo, com uma prevalência de aproximadamente 7% na população.
  • Pico de incidência entre 10-14 anos no sexo feminino e entre 15-19 anos no sexo masculino.
  • Dor de até três dias
  • 100% cirúrgica, porém nem sempre de emergência. O paciente está com apendicite bem no começo se faz a drenagem na região e antibioticoterapia e depois marca a cirurgia.
  • O apêndice é uma estrutura visceral de fundo cego e sua função é produzir um muco que ajuda um pouco na lubrificação das fezes. Quando as fezes estão passando pelo ceco pode-se cair um fecalito no apêndice e obstrui-ló causando inflamação, ele produz o muco, porém está totalmente obstruído causando a congestão. Gera isquemia, perfuração e necrose. Sua remoção não causa impacto.
  • A fase supurativa da apendicite trata-se do rompimento do apêndice? Não
  • Apendicite Aguda possui quatro fases:
  • Fase 1: Edematosa / inflamatória
  • Obstrução da luz → Muco não consegue drenar → distensão visceral (congestão venosa e linfática)
  • O apêndice na maioria das vezes está localizado a direita, mas às vezes pode estar voltado para trás ou para esquerda.
  • Dor indefinida
  • Fase 2: Purulenta/Supurativa
  • Processo inflamatório mucosa → serosa
  • Nessa fase o paciente pode apresentar febre
  • Produção de secreção/ fibrina/ pus
  • Dor localizada na fossa ilíaca direita
  • Fase 3: Isquêmica/ necrótica/ gangrenosa
  • Processo inflamatório → edema  → limitar oxigenação → isquemia (distal pata proximal)
  • Dor intensa na fossa ilíaca direita
  • Fase 4: Perfurativa
  • Ruptura do apêndice → grande contaminação
  • Pode precisar de um dreno na cavidade
  • Dor intensa na fossa ilíaca direita
  • O paciente pode apresentar peritonite
  • Sinais e Sintomas:
  • Inapetência / Anorexia/ Hiporexia / Náusea
  • Dor Epigástrica (fraca a moderada)
  • Dor Fossa Ilíaca Direita
  • Náuseas e vômitos
  • Febre Tardia
  • Sinais de peritonite – DB Positivo
  • Exame Físico:
  • Sinal de Blumberg: compressão e descompressão no ponto de McBurney. O paciente sente mais dor na descompressão.
  • Sinal de Rovsing: compressão na fossa esquerda para realizar a mobilização do gás ceco para o lado direito.
  • Exames: Físico
  • HMG → Leucocitose discreta (desvio esquerda, quando o paciente tem alguma inflamação ele tem uma tendência em aumentar os leucócitos, porém esses leucócitos significa que ele aumentou a partir da onde ele é produzido, ou seja, na medula óssea e depois que eles ‘’nascem’’, eles amadurecem e cai na corrente sanguínea. Porém quando temos uma inflamação eles não tem tempo para amadurecer então vão para a corrente sanguínea ainda imaturos).
  • USG
  •  TC
  • Tratamento Cirúrgico: Apendicectomia
  • Antibiótico controle da peritonite
  • Dreno na cavidade
  • Obstrutivo:
  • Causa: bridas/aderências, TU cólon e íleo biliar.
  • 2º tipo mais comum
  • Há alguma obstrução intestinal
  • Local de ocorrência: intestino delgado – brida / intestino grosso – tumores
  • Fatores de risco: cirurgia prévia (quando acontece uma cicatrização exacerbada da serosa).
  • Sinais e Sintomas: dor tipo cólica / náusea e vômito / parada de eliminação de gases e fezes.
  • Exame Físico:
  • Deve-se auscultar sempre os RHA, pois no começo vão estar exacerbados já que o intestino vai tentar vencer essa obstrução e depois o intestino passa por uma fase de fadiga diminuindo os RHA.
  •  Distensão abdominal
  • Percussão com som timpânico (acúmulo de gases)

 

  • Classificação: é classificado pela posição anatômica

  • Alta: acima da válvula ileocecal (delgado)

  • Obstrução alta → náusea e vomito (inicialmente) →parada de eliminação como fezes (tardio) → alcalose metabólica, pois o paciente está vomitando ácido clorídrico (hiperêmese)
  • Baixa: abaixo da válvula ileocecal (intestino grosso), paciente primeiro para de evacuar e depois começa com náusea e vômito.
  • Simples: não há sofrimento de alça, nem peritonite; mais comum em brida;
  • Obstrução em alça fechada: a válvula ileocecal vai controlar a passagem do fluxo fecal do intestino delgado para o grosso, garante que o fluxo seja unidirecional. Se temos uma obstrução o fluxo de fezes não retorna por conta da válvula competente com isso o paciente pode ter uma peritonite grave por ruptura de alça. Tem pacientes que possuem a válvula ileocecal incompetentes, ou seja, o fluxo de fezes bate na válvula e consegue voltar para todo intestino, mas ele fica protegido contra a peritonite e com a volta das fezes ele está suscetível a ter vômito fecalóide.
  • Complicada: há peritonite, pois houve processo isquêmico;

Complicações: peritonite / obstrução em alça fechada risco de ruptura ceco

  • Tratamento:
  • Cirúrgico→ peritonite, tumores
  • Clínico → bridas com sonda nasogástrica calibrosa

  • Perfurativo: 
  • Causas: úlcera perfurada (estômago ou duodeno), divertículo perfurado e corpo estranho.
  • NUNCA SERÁ TRAUMÁTICO
  • Características da dor: Forte, súbita, intensa, difusa e rápida
  • Peritonite: Perfuração Estômago (sulco gástrico cavidade) / Perfuração Intestino (fezes na cavidade).
  • Sinais e Sintomas:
  • DB + em TODO abdome
  •  Extrema DOR → Posição fetal
  •  Sensibilizar RX
  •  RX pneumoperitônio (gases no peritônio) → timpanismo percussão hepática
  •  Perda da macicez hepática
  • Tratamento:
  • Cirúrgico (lesão) – Laparotomia exploradora
  •  Medicamentoso (inibidor bomba de próton + erradicação HPylori)
  • Vascular: 
  • Causas: isquêmico, embolia da artéria mesentérica superior.
  • Isquemia não oclusiva (vasoconstrição, pacientes em UTI tomando nora)
  • Trombose da artéria mesentérica superior
  • Trombose da veia mesentérica superior
  • Fatores de risco: idosos, cardiopatas, diabéticos, arteriopatas;
  • Característica da dor: intensa pela estrutura visceral ressecada pela isquemia
  • Tipo mais grave de AA
  • Ocorre em indivíduos com co-morbidades: dislipidemia, Taquicardia, Hipotensão, Taquipneico, Sudoreico.
  •  Sangue retido na saída ânus por conta do ressecamento de mucosa
  •  Leucocitose intensa com desvio a esquerda
  • Classificação de risco vermelha
  • Síndrome do intestino curto pela isquemia das alças intestinais
  •  Exame Físico: Pouco específico
  •  Sangramento Anal discreto
  •  Arteriografia diagnóstica e terapêutica
  •  Laparotomia para ressecção das alças em necrose
  • Hemorrágico: Sangue livre na cavidade abdominal
  • Origem do sangue: Gravidez Ectópica Rota / Tubária; Aneurismas viscerais Tumores Fígado Cisto de ovário roto;
  • Sinais e Sintomas:
  •  Sangramento intenso
  •  Palidez cutânea
  •  Hipotensão
  •  Sinais de Choque hipovolêmico
  •  Dor abdominal Intensa e difusa
  • É O TIPO DE AA ONDE O PACIENTE CHOCA RAPIDAMENTE
  • Tratamento: protocolo de choque
  • Tratamento do choque hipovolêmico:
  •  Volume com cristalóides, hemotransfusão, etc...
  •  Diagnóstico:USG Abdomen / Beta HCG
  •  Tratamento do A.A.: Laparotomia exploradora → Salpingooforectomia
  • Hemorragia Digestiva
  • Sangramento luz tubo digestivo
  • Vômitos com sangue
  • Evacuação com sangue
  • Ângulo de Treitz: ângulo na porção final do duodeno,
  • Hematese: sempre será hemorragia digestiva alta, sangramento antes do ângulo de Treitz que pode ser do duodeno, esôfago ou estômago.
  • Melena: fezes com sangue digerido, podendo ser ou não HDA, normalmente é HDB sem ter necessariamente hematese
  • Enterorragia: fezes com sangue vivo, normalmente é HDB;
  • Hematoquezia: sangramento próximo do orifício anal, como hemorróidas; apenas HDB
  • Hemorragia Digestiva Baixa: jejuno, íleo e cólon
  • HDA: mais frequente 80%
  •  Causa: Úlcera Péptica (gástrica e duodenal)
  • HDB:
  •  Causa: Doença Diverticular, doenças inflamatórias intestinais e TU colo-retal
  • Tratamento:
  •  Pronto Socorro → Garantir Via Aérea
  •  AVP Calibroso
  •  GRAU DO CHOQUE HEMORRÁGICO
  •  Grau 1 e Grau 2: cristalóide
  •  Grau 3 (taqui + hipot)
  •  Cristalóide + hemoconcentrado
  •  Grau 4 (perda sg > 40% + FC140 + FR40)
  •  Cristalóide + hemoconcentrado O-
  • SNG com o objetivo de drenar e lavar a cavidade
  • Endoscopia digestiva alta
  • Colonoscopia para HDA e HDB

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