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Avaliação da vestimenta utilizada como equipamento de proteção individual pelos aplicadores de malationa no controle da dengue em São Paulo

Por:   •  24/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  784 Palavras (4 Páginas)  •  183 Visualizações

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FICHAMENTO 1

LEME, Thais Salomão; PAPINI, Solange; VIEIRA, Eliane; LUCHINI, Luiz Carlos. Avaliação da vestimenta utilizada como equipamento de proteção individual pelos aplicadores de malationa no controle da dengue em São Paulo, Brasil. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública, v.30, n.3, mar, 2014, p.567-576.

OBJETIVO:

- Avaliar a capacidade de retenção do ingrediente ativo malationa na vestimenta do EPI utilizado para o controle da dengue.

JUSTIFICATIVA:

Devem-se haver constantes informações sobre o uso e manutenção dos EPIs. As quais deverão ser adequadas a realidade dos trabalhadores. Estudos realizados pelos autores evidenciaram alguns pontos importantes para fundamentação do estudo, os quais demonstraram: a contaminação por agrotóxicos em viticultura onde os trabalhadores foram contaminados pelo uso incorreto do EPI; exposição dérmica de trabalhadores rurais mesmo com a utilização de EPI e também a real remoção dos insumos tóxicos do EPI por meio da lavagem uma vez que estudos evidenciaram que a lavagem não remove totalmente os agrotóxicos e pode ser uma fonte de contaminação. O uso de EPI nas atividades com agrotóxicos é indispensável desde a preparação da calda até a lavagem dos equipamentos e maquinários utilizados durante a atividade, entretanto, o EPI não evita totalmente a exposição do trabalhador, outro fator importante é que a utilização incorreta também pode se tornar um risco para a saúde dos trabalhadores. Sendo necessária a avaliação da capacidade de retenção do ingrediente ativo no EPI durante a aplicação do malation para verificar se o composto está migrando para a pele e é uma medida de prevenção que deve ser realizada visando evitar danos à saúde do trabalhador.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo observacional. Foram acompanhadas nebulizações para o controle do Aedes aegypti realizadas pelas equipes da Vigilância em Saúde Ambiental da Supervisão de Vigilância em Saúde de Campo Limpo (SUVIS Campo Limpo), Município de São Paulo, Brasil. Não houve interferência na rotina realizado pelos Agentes. Participaram do estudos dois funcionários: um “aplicador” que carreava o equipamento nebulizador e fazia a aplicação do inseticida e um “apoio (ao aplicador)” para ajudar no caso de algum incidente, estando sujeitos às mesmas condições de aplicação. Também houve a participação de outros funcionários, ”batedores”, responsáveis por avisar e orientar a população que se encontrava nas edificações sobre o procedimento a ser realizado. Tempo de coleta de dados duraram três semanas.

Foram utilizados EPIs reutilizáveis e descartáveis. Para avaliação da presença do malationa, utilizaram absorventes higiênicos femininos colocados entre a roupa do aplicador e a vestimenta do EPI. Também foram colocados absorventes na parte externa da vestimenta de EPI, sendo estes são sobrepostos aos absorventes internos, totalizando um total de 239 absorventes internos e externos. Em cada dia eram analisados 7 absorventes internos e 7 externos.

PRINCIPAIS RESULTADOS

Os resultados demonstram que não houve a retenção do inseticida pela vestimenta de EPI, independente da marca a vestimenta do EPI. A passagem de malationa foi observada nos absorventes higiênicos femininos internos antes de a roupa ser submetida à primeira lavagem. A porcentagem de absorventes higiênicos femininos colocados sob a vestimenta do EPI (absorventes internos) que apresentaram malationa variou de 27% a 80% dependendo do local que estava posicionado sendo que a maior porcentagem encontrada estava sob a touca (80% das amostras contaminadas com malationa). Foi detectado malationa nos absorventes internos à vestimenta em concentrações até 44,59µg.cm. Observou-se que o EPI descartável rasgou durante a aplicação e a touca não foi suficiente para proteger a cabeça do funcionário, deixando assim a região cervical posterior (pescoço), uma parte do rosto e a testa expostas à calda durante a nebulização (Figura 4). A capacidade de retenção do ingrediente ativo na vestimenta desses EPI foi de 91,34 %, não diferente do observado para o EPI reutilizável.

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