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Emfermagem

Por:   •  25/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.382 Palavras (10 Páginas)  •  438 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Os Papilomavírus Humano são vírus da família Papillomaviridae. Eles infectam células epiteliais e têm a capacidade de causar lesões na pele ou mucosas. Causam diversos tipos de lesões como a verruga comum e a verruga genital ou condiloma, popularmente conhecida como “crista de galo”. Elas têm crescimento limitado e com freqüência regridem espontaneamente. É um vírus icosaédrico, não envelopado e com ácido nucléico constituído de DNA de dupla fita, circular. São pequenos e possuem, no seu genoma, molécula dupla de DNA, circular. O diâmetro do capsídeo é de 55 nm. Seu DNA possui 7900 pares de bases e seu peso molecular é de 5,2 x 106 Dalton 1,2 (D). (PEREYRA, 2003)

As vias de transmissão do HPV podem ser sexual, não sexual (familiar ou nosocomial por fômites) ou materno – fetal, podendo ser gestacional, intra e periparto. Entre elas, a via sexual representa a grande maioria dos casos. Com relação à via não - sexual, é provável que o HPV, assim como as verrugas cutâneas, possa ser transmitido por “fômites” (toalhas, roupas íntimas etc.) e, também, pelo instrumental ginecológico, quando não esterilizado adequadamente. (PEREYRA, 2003)

Embora não se saiba por quanto tempo o vírus resista fora do organismo, considera-se que a transmissão por “fômites” seja viável por um curto período de tempo. Mulheres e crianças sem atividade sexual comprovada também poderão desenvolver a infecção. (OKADA, 2000)

A colpocitologia oncótica é o exame de rotina para detectar alterações celulares provocadas pelo HPV. O diagnóstico nesse caso caracteriza-se pela presença de coilocitose, disceracitose e anomalias nucleares. Os coilócitos são células típicas de infecção por HPV, considerados atualmente como verdadeiros marcadores. Suas características são resultantes do estudo citopatológico do vírus sobre a célula epitelial (PASSOS, 2005).

Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo uterino é o terceiro tipo de neoplasia maligna mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente, 230 mil delas por ano.  Sua incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos comparado com os mais desenvolvidos, tornando-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos, com aumento do risco rapidamente até atingir seu pico, em geral, na faixa de 45 a 49 anos (INCA, 2010a).

No Brasil, no ano de 2010, foram esperados 18.680 casos novos de câncer cervical uterino, com um risco estimado de 19 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse câncer ocupa a segunda posição mais frequente na região Nordeste (18/100.000) (INCA, 2010b). Para cada 100.000 mulheres, no Piauí, foram esperadas em torno de 22 casos (350 no total) no ano de 2010, enquanto para a capital, Teresina, esperaram-se cerca de 27 casos (110 no total) (INCA, 2010c).

  1. Problema

Partindo desse pressuposto, apresenta-se como problema de pesquisa: Porque é cada vez maior a incidência de papilomavírus nas mulheres em Teresina-PI?

  1. Objetivo

Com base nesse questionamento, constitui o objeto geral de estudo: Verificar a incidência do papilomavíruis humano presente nos exames de colpocitologia oncótica no laboratório Raul Bacelar; e como objetivos específicos: verificar a faixa etária de maior incidência do papilomavírus e identificar se a incidência esta relacionada com o nível de escolaridade.

  1. Justificativa

O tema incidência do papilomavírus humano nos exames de colpocitologia oncótica do laboratório Raul Bacelar é considerado de fácil abordagem teórica e pratica que implica dizer que há uma facilidade de exposição do assunto, com grande acessibilidade e manuseio a dados referentes aos exames, casos, formas de transmissão e prevenção.

Ao se pesquisar sobre o tema abordado nota-se uma facilidade de acesso a publicações que o expliquem, tornando-o de fácil compreensão tanto para os componentes do grupo, quanto para aqueles que, de alguma forma, estão inclusos na pesquisa proposta no projeto.

O projeto foi feito com o intuito de concorrer a uma bolsa de iniciação cientifica para o PIBIC CNPq.

  1. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O Papilomavírus - HPV

As taxas de aquisição de infecção por papilomavírus humano (HPV) são elevadas, principalmente em adultos jovens sexualmente ativos (LIAW, 1999). A estimativa de prevalência das infecções entre mulheres no mundo varia de 2% a 44% devido a diferenças nas faixas etárias das populações estudadas, pelo comportamento sexual diversificado entre as populações e pela sensibilidade dos métodos diagnósticos utilizados para a detecção da infecção por HPV (FRANCO, 1999).

Os papilomavírus são classificados como HPV de baixo risco (subtipos -6, -11, -26, -42, -43, -44, -54, -70, -73) ou os de alto risco (subtipos -16, -18, -31, -33, -35, -39, -45, -51, -52, -56, -58, -59, -66, -68), de acordo com o seu potencial oncogênico.

O HPV-16 é um dos tipos de alto risco mais comum entre mulheres, e também o subtipo mais frequente entre os casos de câncer cervical, contágios entre 24,3% em mulheres com idade media de 16 anos e 23,7% em mulheres com 25 anos (MOLANO, 2003). O subtipo HPV-18, também classificado como de alto risco, apresenta taxas de prevalência de 7,3% em mulheres com idade ao redor de 16 anos e 7,2% em mulheres com idade ao redor de 25 anos.

2.2 Transmissão

 A transmissão do HPV ocorre geralmente através do contato sexual ou por meio de fragmentos de tecido infectado que penetram através de soluções de continuidade (DE PALO, 1993). É necessário trauma no epitélio para indução da infecção pelo HPV. Os sítios mais comuns para o desenvolvimento da infecção são nas áreas sujeitas à abrasão durante o ato sexual, como por exemplo, o intróito posterior, nas mulheres, e o prepúcio, nos homens (STONE, 1989).

A infecção pelo HPV no trato genital inferior é dividida em três tipos (DE PALO, 1993).

a) Infecção clínica: É a forma que pode ser evidenciada a olhos nus, nas regiões perianal e genitália externa. Aparece o condiloma acuminado ou condiloma exofítico. O aspecto macroscópico da lesão é o de pequenas formações múltiplas, em forma de crista, coberta de epitélio hiper e paraceratótico. Localizam-se em áreas úmidas, especialmente nas expostas ao atrito sexual.

b) Infecção sub clínica: É vista ao colposcópico após aplicação de ácido acético a 5%, no canal vaginal e colo uterino. Caracteriza-se pela presença do condiloma plano. Essa lesão pode se manifestar em associação com displasia, sendo mais freqüente a displasia leve. É a forma mais freqüente no colo uterino.

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