Tratamento e Prevenção Hipertensão

TRATAMENTO E PREVENÇÃO HIPERTENSÃO

Diante das informações acima prestadas sobre a hipertensão, é preciso conhecer as formas de tratamento e controle da doença.

O tratamento da hipertensão não visa à prevenção de sintomas, pois esses estão ligados aos níveis de pressão arterial, mas sim à prevenção das doenças primordiais no sistema cardiovascular e possíveis lesões nos órgãos alvos do sistema. A prevenção dos eventos cardiovasculares começa com o principal fator que é a redução da pressão arterial, entretanto isso não significa que tenha o mesmo efeito na diminuição dos eventos primários. (FUCHS, 2002)

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Além de fármacos anti-hipertensivos são usados de maneira associada medidas não-farmacológicas isoladas. Assim, os agentes anti-hipertensivos que forem utilizados devem provocar a redução de eventos no sistema cardiovascular fatais e não-fatais  e dos níveis tensionais. (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAUDE, 2006)

Há diversos aspectos importantes na escolha do anti-hipertensivo, por isso faz-se necessário uma explicação detalhada aos pacientes de uma possível ocorrência de efeitos adversos, além do tempo necessário para que o efeito dos medicamentos seja obtido e a possibilidade de modificações na terapêutica estabelecida. (ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, 2010)

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FONTE: Arq. Bras. Cardiol. vol.95 no.1 supl.1 São Paulo  2010

Diuréticos

O mecanismo de ação dos diuréticos se relaciona inicialmente aos seus efeitos diuréticos e natriuréticos com a diminuição do volume extracelular. (ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, 2010)

Inibidores adrenérgicos

Atuam estimulando os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no sistema nervoso central, reduzindo o tônus simpático, como fazem a alfametildopa, a clonidina e o guanabenzo e/ou os inibidores dos receptores imidazolidínicos, como moxonidina e a rilmenidina. (ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, 2010)

Antagonistas do cálcio

Em especial, são indicados para pessoas de raça negra, idosos, pois produzem dilatação dos vasos sanguíneos através de um mecanismo diferente. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

Betabloqueadores

Eles bloqueiam os efeitos do sistema nervoso simpático, por ser o sistema que pode responde mais rápido ao estresse, fazendo com que a pressão arterial eleve-se. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

Inibidores da ECA

Reduzem a pressão arterial através da dilatação das artérias. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

Bloqueadores do receptor da angiotensina II

Têm função de reduzir a pressão arterial de forma mais direta e com menos efeitos colaterais, por meio de um mecanismo semelhante ao mecanismo dos inibidores da enzima conversora da angiotensina. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

Simpatolítico de ação central

Atualmente tem o uso mais indicado em grávidas. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

Vasodilatadores diretos

Em combinação com outros anti-hipertensivos, dilatam os vasos sanguíneos com outro mecanismo. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

Diazóxido / nitroprussionato, nitroglicerina / labetalol (via intravenosa)

Em casos de redução rápida da pressão arterial, são utilizados em emergências hipertensivas como a hipertensão arterial maligna. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO)

A maioria dos medicamentos usados no controle da hipertensão podem ser obtidos na rede básica do SUS e em rede credenciada da Farmácia Popular de forma gratuita. (REV SAÚDE PÚBLICA, 2016)

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        Fonte: Rev Saúde Pública 2016

De maneira geral, a indicação e o uso de medicamentos foram aumentados, o que deve ser considerado positivo, especialmente por se tratar de uma condição clínica assintomática. Todavia, um passo importante no cuidado da hipertensão se faz com uma avaliação precisa da adaptação e do seguimento correto do tratamento, pois alguns fatos como a compreensão inadequada da natureza da hipertensão, a ocorrência de efeitos colaterais, o esquecimento ou razões ligadas aos serviços de saúde levam o paciente a interrupção do tratamento. (REV SAÚDE PÚBLICA, 2016)

TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO

Para sucesso do tratamento de hipertensos, as medidas não farmacológicas são os primeiros passos que devem ser ajustados a rotina seguidos do tratamento farmacológico para que haja eficiência e melhores resultados. (RODRIGUES, 2013)

O tratamento não medicamentoso é formado por medidas que possuem importância tanto na eficácia do controle quanto da prevenção da doença. Como por exemplo controle do peso, padrão alimentar adequado, diminuição do consumo do sal, cessação do hábito de fumar, redução do consumo de álcool e a prática de exercícios físicos.

Com relação ao tratamento não-medicamentoso, devemos considerar:

1. Controle do Peso

A manutenção do peso corporal normal tem relação direta na prevenção da HA, e todos os indivíduos com excesso devem ser incentivados a perder peso. Uma perda de peso de 10% é capaz de provocar uma redução da pressão arterial em 8 a 12 mmHg. (REV BRAS HIPERTENS VOL.17(2):93-97, 2010.)

Assim, as metas a serem alcançadas são o índice de massa corporal (IMC) menor que 25 kg/m2 e a circunferência abdominal < 102 cm para os homens e < 88 para as mulheres. (ARQ. BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, 2010)

1. Estilo alimentar

A adoção de hábitos alimentares saudáveis tem um papel importante no controle da hipertensão tendo como base frutas, verduras e legumes, cereais integrais, leguminosas, leite e derivados desnatados, redução de gorduras saturadas, trans, colesterol e redução de teores sódicos. (CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006)

1. Teor de sódio na alimentação

Segundo a SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, o  sódio encontrado na corrente sanguínea mantém a quantidade ideal de água fora das células. Sendo assim, a manutenção da PA  ideal também é uma função do sódio, desde que não ultrapasse o consumo de 2 gramas de sódio e nem seja inferior a quantidade de 500mg diariamente. Com o consumo de excessivo de sódio, aumentamos o volume de sangue e, consequentemente, a força deste sangue sobre os vasos sanguíneos que o transportam, aumentando a pressão arterial.