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Ulcera por pressão

Por:   •  29/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  550 Visualizações

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Úlcera por pressão

A úlcera por pressão também é denominada úlcera de decúbito ou escara de decúbito. Aparece quando a pessoa acamada se locomove pouco ou não recebe proteção em áreas de atrito. A úlcera por pressão resulta da falta de nutrição dos tecidos, ocasionada pela irrigação sanguínea deficiente.

Quando a pressão aplicada á pele excede a pressão capilar normal, provoca lesão tecidual, com tendência a gangrena ou necrose dos tecidos. A lesão tende aumentar de tamanho se a região não for protegida e principalmente, se não for diminuída a pressão sobre a área com problema.

A pressão é o principal elemento das úlceras por pressão. Três fatores relacionados com pressão contribuem para o desenvolvimento de úlceras por pressão que são: intensidade da pressão, duração da pressão e tolerância do tecido.

Fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão são vários que predispõem um paciente á formação de úlcera por pressão, que são: comprometimento da mobilidade, comprometimento da percepção sensorial, alteração do nível de consciência, cisalhamento, fricção e umidade.

As classificações das úlceras por pressão apresentam quatro estágios.

Estágio I : Vermelhidão não branqueável de pele intacta, a pele intacta apresenta-se com eritema não branqueável em uma área localizada geralmente sobre uma eminência óssea. Também pode estar presente alteração de cor da pele, calor, edema, endurecimento ou dor. A pele com pigmento escuro pode ter branqueamento visível.

Estágio II: Perda de pele em espessura parcial ou bolha. Uma perda de derme em espessura parcial apresenta-se como úlcera aberta rosa com leito da ferida róseo- avermelhado sem esfacelo ou contusão. Pode apresentar-se como bolha aberta rota cheia de soro ou serossanguinolenta.

Estágio III: Perda de pele em espessura completa (gordura visível), uma úlcera em estágio III é uma perda de tecido em espessura completa. A gordura subcutânea pode ficar visível, mas o osso, tendão ou músculo não ficam expostos. Pode incluir escavação e formação de túnel.


Estágio IV: Perda de tecido em espessura completa (músculo osso visível), uma úlcera em estágio IV é uma perda de tecido em espessura completa com osso, tendão ou músculo exposto. Pode estar presente esfacelo ou escara, frequentemente inclui escavação e formação de túnel.

Ferida.

Ferida é uma ruptura da integridade e função de tecidos no corpo.

A cicatrização das feridas envolve processos fisiológicos integrados, as camadas de tecido envolvido e sua capacidade de regeneração determinam o mecanismo de reparo para qualquer ferida.

Existem  dois tipos de feridas, aquelas com perda de tecido e aquelas sem essa perda. A incisão cirúrgica limpa é um exemplo de ferida com pouca perda de tecido. Uma envolvendo perda de tecido como queimadura, uma úlcera por pressão ou laceração grave, essas feridas ficam abertas até que se encha de tecido cicatricial.

As quatro fases envolvidas no processo de cicatrização de uma ferida de espessura total são hemostasia, inflamatória, proliferativa e de remodelação ou remodelagem.

Hemostasia ocorre uma série de eventos destinados a controlar a perda de sangue, estabelecer o controle bacteriano e vedar o defeito quando há uma lesão. Durante a hemostasia, os vasos sanguíneos lesados sofrem constrição, e as plaquetas se reúnem para fazer cessar o sangramento. Os coágulos formam uma matriz de fibrina que, mais tarde proporciona uma estrutura para o reparo celular.

Fase inflamatória, na etapa inflamatória, o tecido lesado a os mastócitos secretam histamina, resultando em vasodilatação dos capilares em torno e exsudação de soro e leucócitos para os tecidos lesados. Isso resulta em eritema localizado, edema, calor, e latejamento. A reação inflamatória é benéfica e não há utilidade em tentar resfriar a área ou reduzir o edema, a menos que este ocorra dentro de um compartimento fechado.

Fase proliferativa, com o aparecimento de novos vasos sanguíneos á medida que avança a reconstrução, começa a fase proliferativa, que dura de 3 a 24 dias. As principais atividades, durante essa fase são o enchimento da ferida com tecido de granulação, contração da ferida e o recobrimento da superfície pela epitelização.

Remodelação, a maturação etapa final da cicatrização, algumas vezes ocorre por mais de 1 ano, dependendo da profundidade e da extensão da ferida. A cicatriz de colágenos continua a se reorganizar e a adquirir força por vários meses.

Complicações da cicatrização das feridas.

Hemorragia, a hemorragia um sangramento a partir do local de uma ferida, é normal durante o trauma e imediatamente após ele. Hemorragia que ocorre depois da hemostasia indica uma sutura cirúrgica que se soltou um coágulo desalojado, infecção ou erosão de um vaso sanguíneo por um corpo estranho.

Infecção, a infecção de feridas é a segunda infecção mais comumente associada aos cuidados de saúde, uma ferida está infectada se ocorrer drenagem de material purulento dela, mesmo que não faça cultura ou se tiver resultados negativos, achados de cultura positivos nem sempre indicam infecção porque muitas feridas contêm colônias de bactérias residentes não identificadas, as chances de infecção de ferida são maiores quando ela contém tecido morto ou necrótico, quando há corpos estranhos nela ou perto dela, e quando a irrigação e as defesas locais do tecido estiverem reduzidas. A infecção bacteriana das feridas inibe a cicatrização.

Deiscência, quando uma ferida deixa de se fechar apropriadamente, as camadas de pele e de tecido se separem. Isso ocorre mais comumente antes da formação de colágeno. Deiscência é a separação parcial ou total das camadas da ferida, um paciente com risco de má cicatrização de feridas tem risco de deiscência.

Evisceração, com a separação total das camadas da ferida, ocorre evisceração. A afecção é uma emergência que requer reparo cirúrgico, a presença de uma evisceração é emergência cirúrgica.

Fatores que influenciam a formação de úlceras por pressão e cicatrização de feridas.

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