Cannabis

2. ORIGEM

Originária da Ásia Central, seus primeiros registros históricos são de mais de 200 anos a.C. na China, onde no segundo milênio foi empregada com fins terapêuticos, descrita como analgésico. Nas Américas foi introduzida através dos espanhóis no século XVI, onde o habito de fumar ou ingerir as folhas e sementes é antigo, e também estava vinculado a pratica religiosas de muitos povos.

Na segunda metade do século XIX, foi descobertas o primeiro uso recreativo da cannabis. No final desse século começou a fazer parte de vários medicamentos por laboratórios farmacêuticos dos Estados Unidos da América (EUA), onde era indicado como analgésico, antiespasmódico, dilatador brônquios e outros.

Nos anos 60 era considerado como “droga da moda” na contestação hippie junto com a LSD, a maconha é fumada até hoje, principalmente na faixa jovem nas classes media e alta.

No Brasil a origem da maconha veio através dos escravos africanos trazidos para cá, sendo utilizada inicialmente por índios e negros. Onde era muito consumido pelos negros, o que talvez justificasse a associação de seu nome à marginalidade, mostrando que as origens dessa crença são mais culturais do que farmacológicas.

3. TIPOS

A cannabis é dividida em três tipos, Sativa, Indica e Ruderalis. Onde a diferença entre elas se distingue através do crescimento, as características de suas sementes e a diversidade da estrutura de suas fibras. Embora todas as três espécies possuem canabinóides seus grupos se estabelecem de formas diferentes.

3.1. Cannabis sativa

Cultivada em várias regiões do mundo, por volta de 2800 a.C foram registrados o uso dessa planta na China, desde essa época ela é utilizada em diversas formas, inclusive na medicina oriental.

As fibras do caule dela são fortes e tem grande durabilidade, podendo ser utilizada na fabricação de papel, cordas, tecidos e até fios para a confecção de roupas. De suas sementes pode-se extrair um óleo que pode ser utilizado na produção de sabão, tintas e até mesmo óleo comestível.

Ela em seu estado natural pode ser produzidas duas drogas ilícitas com substância psicoativa de ação perturbadora do sistema nervoso central.

3.2. Cannabis indica

É uma espécie considerada do gênero cannabis, de suas folhas largas a Índia, Afeganistão, Bangladesh e Paquistão são normalmente cultivadas na produção de haxixe. Alguns usuários demonstram mais de um sentimento “chapado” e menos de um “alto” comparado com a Cannabis sativa.

A Cannabis indica alta é muitas vezes vista como um “corpo zumbido” e tem algumas propriedades benéficas, tais como o alivio da dor, eficácia no tratamento de insônia e um ansiolítico, ao contrario da sativa que dá uma sensação de “desligamento” e embriaguez mental, e até mesmo alucinações.

3.3. Cannabis ruderalis

Originaria da Ásia Central, floresce mais cedo que a indica e a sativa, não cresce muito em relação à altura, mas suporta climas mais rigorosos do que as outras espécies.

A Cannabis ruderalis produz flores de acordo com a sua idade e não em resposta à variação do fotopériodo.

4. DIFERENÇAS

A Cannabis indica pode ter uma relação de canabidiol/Tetraidrocanabinol (CBD/THC) de quatro a cinco vezes maiores que a Cannabis sativa. Os efeitos da sativa é bastante conhecido por suas altas cerebral, portanto utilizada durante o dia como maconha medicinal, enquanto os efeitos da indica são conhecidos por seus resultados sedativos e, portanto, é mais utilizada preferencialmente durante à noite como medicamento.

Ao contrário de Cannabis Indica e Cannabis Sativa, ruderalis não tem as propriedades psicoativas potentes e, por essa razão fundamental Ruderalis tem sido largamente ignorado.

5. UTILIZAÇÃO

5.1 MEDICINAL

Além de usar a cannabis no fumo, ela também pode ser utilizado em diversas áreas da medicina, onde foram encontrados relatos sobre efeitos nos seguintes aspectos: dor, náuseas, apetite, músculos e movimentos, epilepsia, glaucoma e efeitos adversos. Abaixo, os resultados encontrados:

5.1.1 O papel da maconha na dor

Pesquisas feitas em animais e em homens indicam que a maconha pode produzir um efeito analgésico importante. As pessoas que poderiam ser beneficiados como os usos dessa droga seriam aqueles em uso quimioterapia, em pós-operatório, com trauma raquimedular, com neuropatia periférica, em fase pós-infarto cerebral, com AIDS, ou a qualquer condição clinica relacionado a um quadro de importante de dor crônica.

5.1.2 Quimioterapia induzindo náuseas e vômitos

Muitos oncologistas e pacientes defendem o uso da maconha, como agente antiemético. Mas comparado a outros agentes, a maconha tem um efeito menor que as demais drogas existentes. Com isso seus efeitos podem ser aumentados quando associados com outros antiemético. Dessa maneira, o uso da cannabis na quimioterapia pode ser eficiente em pacientes com náuseas e vômitos não controlados com outros medicamentos.

5.1.3 Desnutrição e estimulação do apetite

Pode ser importante no tratamento da desnutrição e na perda do apetite em com AIDS ou câncer. Mas outros medicamentos são mais efetivos do que a maconha, portanto, os autores recomendam pesquisas mais aprofundadas para avaliar a ação da maconha nesses pacientes.

5.1.4 Espasmo Muscular

A maconha afeta o movimento, ela pode ajudar no controle do espasmo muscular (encontrado na esclerose múltipla ou no traumatismoraquimedular). Mas as pesquisas que avaliaram essa capacidade da maconha estão sendo analisadas com cuidado, uma vez que, outros sintomas associados a estas doenças, como a ansiedade, podem aumentar os espasmos, e nesse caso, a maconha poderia ter sua ação diminuindo a ansiedade e não controlando oespasmo propriamente dito.

5.1.5 Movimentos desordenados

Estudos em animais demonstram que o uso da maconha pode estimular os movimentos em doses baixas

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