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Fitoterapia Da Maconha (cannabis Sativa)

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Por:   •  21/4/2014  •  2.499 Palavras (10 Páginas)  •  2.316 Visualizações

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1. Introdução

Uma planta que apresenta grande potencial terapêutico, apesar de suas propriedades psicotrópicas, é a Cannabis sativa L. Esta planta vem sendo utilizada, há séculos, pela humanidade para diversos fins, tais como, alimentação, rituais religiosos e práticas medicinais.

O primeiro relato medicinal da planta Cannabis foi atribuído aos chineses, que descreveram os potenciais terapêuticos desta planta no Pen-Ts’ao Ching (considerada a primeira farmacopéia conhecida do mundo) há 2000 anos atrás. Os assírios, cerca de 300 anos atrás, consideravam a Cannabis como o principal medicamento de sua farmacopéia e a chamavam de acordo com seu uso: qunnabu, quando a planta era utilizada em rituais religiosos; azallu, um termo medicinal assim como hemp; gan-zi-gunnu, o qual significava “a droga que extrai a mente” (HONÓRIO, 2005).

Antes da Era Cristã, a cannabis foi utilizada na Ásia como medicamento, com grande importância na Índia. A introdução da cannabis na Medicina Ocidental ocorreu em meados do século XIX, atingindo o clímax na última década deste século, com a disponibilidade e o uso de extratos e tinturas da cannabis. Nas primeiras décadas do século XX, o uso médico da cannabis no Ocidente diminuiu significativamente, em grande parte pela dificuldade na obtenção de resultados consistentes de amostras da planta com diferentes potências. A identificação da estrutura química de componentes da cannabis e a possibilidade de se obter seus constituintes puros foram relacionadas a um aumento significativo no interesse científico pela planta, desde 1965. (ZUARDI 2006).

Este interesse foi renovado nos anos 90, com a descrição dos receptores de canabinóides e a identificação de um sistema canabinóide endógeno no cérebro. Usos terapêuticos. Um novo e mais consistente ciclo de uso dos derivados de cannabis como medicamento começa, já que a sua eficácia e segurança no tratamento começam a estar cientificamente provados

A cannabis é obtida do cânhamo, nome este mais genérico; existem vários outros nomes para designar a planta. No Oriente Médio e na África do Norte o extrato da resina das flores é chamado haxixe, e produz efeitos mais intensos que os outros derivados e corresponde ao charas do Extremo Oriente. Também recebe o nome de diamba, marijuana, grass, pot, tea, reefer, Mary Jane, weed.

O cânhamo comum é uma planta herbácea anual, de cerca de 2 a 3 metros de altura, do qual a Cannabis sativa é a sua espécie. Planta dioica, cujo principio ativo está presente em todas as folhas, mas é especialmente encontrado de forma concentrada nos extremos da inflorescência das plantas femininas, onde é exsudada uma resina dez vezes mais potente que a das folhas com a qual se produz o haxixe e charas.

O uso medicinal da Cannabis hoje é permitido em alguns estados americanos e em países como Holanda e Bélgica, para aliviar sintomas relacionados ao tratamento de câncer, AIDS, esclerose múltipla e síndrome de Tourette (que causa movimentos involuntários). Muitos oncologistas e pacientes defendem o uso da Cannabis, ou do Δ9-THC (seu principal componente psicoativo), como agente antiemético mas, quando comparada com outros agentes terapêuticos, a Cannabis tem um efeito menor do que os fármacos já existentes (HONÓRIO, 2005).

Contudo, seus efeitos podem ser aumentados quando associados com outros antieméticos. Desta maneira, o uso da Cannabis na quimioterapia pode ser eficiente em pacientes que apresentam náuseas e vômitos, sintomas que não são controlados com outros medicamentos.

2. Propriedade Químicas

O principio ativo da Cannabis é o 1-Δ-tetra-hidrocanabinol responsável pela maioria dos efeitos psicológicos e físicos (somáticos), característicos da maconha; também conhecido como 1-ΔTHC e pode ser isolado da planta natural. Hoje consegue-se sintetizar alguns elementos como canabinóides, ou seja que produzem efeitos semelhantes ao THC natural. Estes elementos são compostos viscosos, não cristalinos e insolúveis em água.

Os canabinoides sintéticos possuem ação mais intensa que o THC natural, podendo ser encontrados sob a forma semi-líquida ou em comprimidos.

Os compostos não se dissolvem em água e não se cristalizam; por isso, não se conseguiu uma identificação química absoluta ante de 1965 e sua síntese total antes de 1967. O teor de tetrahidrocanabiol da planta varia segundo os tipos da erva, o sexo (maior concentração no feminino, com maior quantidade de flores), o solo, a temperatura, o índice pluviométrico.

A maior parte da maconha existente na América em geral, é silvestre ou produzida ilegalmente à partir de sementes de variedade diversas. Nos EUA é comum a variedade que produz mais fibras que resina, tendo um teor relativamente mais baixo de THC (inferior a 0,2%) que aquelas originárias em outros países que apresentam teores superiores a 1%, enquanto que o haxixe apresenta aproximadamente 8%.

Canabidiol é outro composto abundante na Cannabis sativa, que constituem cerca de 40% das substâncias ativas da planta. Os efeitos farmacológicos da CANABIDIOL são diferentes e muitas vezes oposto ao de Δ9-THC.

O número de publicações sobre Canabidiol aumentou consideravelmente nos últimos anos e apoiar a visão que essa substancia possua uma vasta gama de possíveis efeitos terapêuticos.

Entre essas possibilidades, os ansiolíticos e antipsicóticos. Efeitos ansiolíticos Canabidiol são aparentemente semelhantes dos medicamentos aprovados para tratar ansiedade, embora suas doses eficazes não foram claramente estabelecidas e os mecanismos subjacentes a estes efeitos não são totalmente compreendidos ( SCHIER et al 2012).

3. Propriedades Terapêuticas:

3.1 Homeopatia

Atividade médica baseada em Hipócrates “Similia similibus curentur”, ou seja, semelhante cura semelhante, interpretando as doenças como um mero distúrbio do veículo vital, tratando-as por meio de medicamentos capazes de produzirem um quadro semelhante de sinais e sintomas característicos da doença em questão. A cura viria devido à energia curativa liberada desse medicamento através de técnica farmacêutica, dinamização, energia esta que provoca no organismo uma reação natural de cura por meio de atividade hiperfísica.

O uso da cannabis na homeopatia segue os mesmos princípios e é indicada (depois de preparada ou dinamizada), segundo o quadro clínico que determina, pois, em homeopatia, a escolha do medicamento se faz segundo a identificação

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