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Farmacologia: Coeficiente de Partição Óleo-Água

Por:   •  15/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  855 Palavras (4 Páginas)  •  2.637 Visualizações

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1 – Conceitue Coeficiente de Partição Oléo-Água e determine como esta medida pode afetar a permeabilidade de um fármaco na membrana plasmática da célula

R: Coeficiente de Partição Oléo-Água: É uma forma de cálculo de medida de afinidade relativa de uma molécula por fases aquosas e lipídicas na ausência de ionização, ou seja, é uma medida da lipofilicidade que faz referência a capacidade na dissolução em lipídios (óleos vegetais, gorduras, etc) de um composto químico. Já hidrossolubilidade refere-se à habilidade de dissolução de uma substância em meio aquoso. Quanto a permeabilidade, o fármaco que tiver a maior concentração lipofílica, espera-se que tenha uma maior facilidade de atravessar a membrana plasmática.  Porém, para que a absorção seja feita o mesmo deverá estar dissolvido em algum fluido corpóreo, assim deverá ser também hidrossolúvel.

2 – A maioria dos fármacos são ácidos fracos ou bases fracas, ou seja, possuem a capacidade de se ionizar. Com base nesta afirmação, explique a Figura abaixo:

[pic 1]

R: O Ácido fraco que está em pH igual ao seu pKa, as suas concentrações das fórmulas moleculares não-ionizadas e ionizadas estão em equilíbrio. Quando o mesmo ácido se apresenta em pH maior que seu pKa, ocorre um deslocamento do equilíbrio aumentando a proporção de moléculas ionizadas (hidrossolúvel). Então um fármaco com pKa = 4,4 em um pH = 7,4 vai ter um deslocamento em seu equilíbrio fazendo com que haja um aumento da fórmula ionizada. Já quando ácido se apresenta em pH menor que seu pKa ocorre um deslocamento do equilíbrio aumentando a proporção molecular não-ionizadas (lipossolúvel). Portanto, um fármaco com pKa = 4,4 em um pH = 1,4 vai ter um deslocamento em seu equilíbrio fazendo com que haja um aumento da fórmula não-ionizada. Logo podemos observar que no plasma os fármacos são apresentados em sua maioria de forma ionizada (mais hidrossolúvel). Entretanto, no meio estomacal – suco gástrico, o fármaco apresenta-se de forma não-ionizada (mais lipossolúvel).

3 - Defina Volume Real e Volume Aparente de um fármaco no organismo e determine os fatores (dependentes da droga e dependentes do paciente) que podem promover a variação do Volume Aparente

R: Volume Real: caracteriza-se pela concentração total do fármaco em todo o líquido do organismo. Portanto, é a concentração do volume total do fármaco no organismo.

Volume Aparente: caracteriza-se pelo volume da droga (fármaco) associado a concentração nos tecidos em que o total administrado teria de ser diluído para produzir a concentração no plasma sanguíneo. Portanto, este volume corresponde a concentração que chega no tecido.

Quanto a variação do volume aparente pode ocorrer por conta do fármaco ou do paciente.  Tudo influencia, se o fármaco faz ligação com proteínas plasmáticas, se ele é lipossolúvel ou hidrossolúvel, se tem polarização e ionização.  Já no caso do paciente, é levado em conta o histórico médico do mesmo, por exemplo, se há alguma doença crônica, se tem algum patógeno (fisiopatologia) e os dado, como, o peso, o tamanho, a idade, fatores genéticos e outros.

4. Destaque a importância das enzimas pertencentes ao Complexo Citocromo P450 no processo de biotransformação de um fármaco e determine como a função destas enzimas pode ser afetada pelos inibidores e indutores enzimáticos.

R: É um sistema enzimático super especializado e que inclui proteínas plasmáticas chamadas Citocromos P450, que tem como principal objetivo converter os compostos insolúveis (fármacos, outras moléculas) em substância hidrossolúveis, a fim de facilitar a excreção do fármaco por via urinária.  

A importância das enzimas do Citocromo P450 se dá porque são enzimas envolvidas na primeira fase do processo de biotransformação dos fármacos, realizando oxidação dos mesmos, exercendo modificação nos compostos, viabilizando sua excreção. Essas mesmas enzimas podem ser inibidas ou induzidas por vários fármacos. Acontecendo assim influência entre fármacos, podendo aumentar a toxicidade pela concentração de fármaco na membrana plasmática prolongando o efeito dos fármacos ou reduzindo o efeito do outro fármaco que ocorre pela competição do mesmo sítio. Essa forma é a inibitória. Já a indutória, se dá pelo aumento dessa enzima levando a uma maior metabolização, diminuindo a concentração de fármaco na membrana plasmática. Logo, na indução tem a diminuição da biodisponibilidade (armazenamento do fármaco na membrana plasmática) e na inibição tem um aumento de biodisponibilidade.

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