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Hidroxicloroquina Revisão Bibliográfica Simples

Por:   •  30/11/2021  •  Bibliografia  •  521 Palavras (3 Páginas)  •  95 Visualizações

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Gabriel Eduardo Winter

Hidroxicloroquina/Cloroquina: Mecanismo de ação

Hidroxicloroquina é um medicamento usado para prevenir e tratar ataques agudos de malária. Também é usado no tratamento de lúpus eritematoso ou lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide em pacientes cujos sintomas não diminuíram com outros tratamentos. No início da pandemia o medicamento foi sugerido como um possível método de prevenção ou tratamento do COVID-19, dada a evidencia de inibição in-vitro do SARS-CoV-2, gerando muita controvérsia. Após estudos, constatou-se não haver nenhum benefício no uso de cloroquina para prevenção ou tratamento da doença.

A cloroquina inibe a ação da polimerase da hemoglobina nos trofozoítos da malária, impedindo a conversão da hemoglobina em hemazoína. A hemoglobina é tóxica para as espécies de Plasmodium. Foi demonstrado que se acumula nos lisossomos do parasita da malária, aumentando o pH do vacúolo. Essa atividade interfere na capacidade do parasita de proteger a hemoglobina, impedindo o crescimento e a replicação normais do parasita. Também pode interferir na ação da hemoglobina polimerase parasitária, permitindo o acúmulo do produto tóxico beta-hematina (ACFB – Informativo, 2020). Assim se tornando uma droga antimalárica.

O acúmulo de hidroxicloroquina nos lisossomos humanos também aumenta o pH do vacúolo, que inibe o processamento de antígenos, impede as cadeias alfa e beta do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) classe II de dimerizar, inibe a apresentação de antígenos da célula e reduz a resposta inflamatória. O pH elevado nas vesículas pode alterar a reciclagem de complexos MHC, de modo que apenas os complexos de alta afinidade sejam apresentados na superfície da célula. Os peptídeos próprios se ligam a complexos de MHC com baixa afinidade e, portanto, serão menos prováveis de serem apresentados a células T autoimunes (ACFB – Informativo, 2020). Assim podendo ser uma droga antirreumática, mas normalmente só é utilizada após outros procedimentos não surgirem efeitos positivos.

Quanto ao COVID-19, sabe-se que a cloroquina difunde-se passivamente através das membranas celulares e nos lisossomos, onde fica protonada, e não pode sair. Aumenta o pH endossômico e impede a glicosilação da ACE2 (Enzima Conversora da Angiotensina 2), o receptor que o SARS-CoV-2 tem como alvo para a entrada celular (ACFB – Informativo, 2020). Mas isso acaba não tendo potencial o bastante para lidar com o vírus em baixas dosagens.

Em altas dosagens é onde o medicamento acaba causando seus efeitos adversos por conta de sua toxicidade. Pacientes com sobredosagem podem apresentar dor de cabeça, sonolência, distúrbios visuais, náusea, vômito, colapso cardiovascular, choque, convulsões, parada respiratória, parada cardíaca e hipocalemia. Após vários estudos e revisões, não é possível constatar eficácia do medicamento contra o corona-vírus.

Referências:

HYDROXYCHLOROQUINE. Medlineplus, 2020. Disponível em: <https://medlineplus.gov/druginfo/meds/a601240.html>. Acesso em: 10 de mar. de 2021.

APRIL, Jorge. Hydroxychloroquine in the prevention of COVID-19 mortality. The Lancet, 2020. Disponível em: <https://www.thelancet.com/journals/lanrhe/article/PIIS2665-9913(20)30390-8/>. Acesso em: 10 de mar. de 2021.

RI, Fox. Mechanism of action of hydroxychloroquine as an antirheumatic drug. Pubmed, 1993. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8278823/>. Acesso em: 11 de mar. de 2021.

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