Anatomia e Fisiologia da Função Renal e Excreção de Urina

Anatomia e Fisiologia da Função Renal e Excreção de Urina

Dentre as principais funções do sistema renal, destacam-se a remoção de produtos finais do metabolismo e o controle de substancias iônicas como: sódio, potássio e hidrogênio, sendo estes os principais, porém não únicos.

A unidade funcional dos rins é o néfron, que pode ser dividido em partes funcionais, que diferem entre si: corpúsculo renal e túbulo renal. A primeira é formada pelos glomérulos, que se assemelha a uma rede de capilares; e a cápsula de Bowman, estas estruturas são responsáveis por filtrar líquidos. Já a segunda é composta de estruturas divididas em quatro segmentos: túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e tubo coletor, e à medida que o filtrado passa por estas estruturas é reabsorvido alguns nutrientes (p.ex. glicose, aminoácidos, água, e alguns íons) que são necessários para o organismo.

Depois deste processo, os produtos finais que não são reabsorvidos são eliminados em forma de urina; dentre estes produtos finais podemos destacar alguns como: uréia, acido úrico, creatinina, fosfatos, sulfatos e o excesso de ácidos.

O termo micção refere-se ao esvaziamento da bexiga urinária e da urina nela contida. Para isto acontecer é necessário que a urina seja transportada do rim para a bexiga. Isto acontece da seguinte maneira: a urina que é formada pelos rins é coletada e transportada até o ureter para a bexiga urinária, esse transporte é propiciado pelo peristaltismo, todo este transporte estima-se que ocorra em 30 segundos.

Quando a urina chega até a bexiga urinária, esta se enche; quando os valores de urina ultrapassam 400ml a pressão interna começa a aumentar levando ao reflexo de micção, que é causado por uma atividade nervosa involuntária e voluntária, quando o volume dentro da bexiga é maior que 200 a 400 ml as terminações neurais especializadas situadas na parede vesical chamadas de “receptores de estiramento” são excitados transmitindo impulsos nervosos pela via neural aferente até a medula espinhal desencadeando um reflexo inconsciente, o reflexo de micção.

O sinal é retransmitido a partir da extremidade inferior da medula por nervos parassimpáticos para a bexiga urinária e esfíncter interno da uretra, desta forma a parede vesical se contrai para aumentar, para mais, a pressão interna da bexiga, provocando o desejo de urinar, ao mesmo tempo em que relaxa-se o esfíncter interno, neste ponto, o único empecilho é o esfíncter uretral externo que ainda permanece contraído.

Com o desejo de urinar, e as condições fisiológicas adequadas, o esfíncter uretral externo só irá relaxar após encontrar hora e local favoráveis para que isto ocorra, se tornando então um movimento voluntário.

Por outras vezes, quando há o desejo de urinar sem que ocorra o reflexo de micção, isto acontece pela contração da parede abdominal, que comprime a parede abdominal contra a bexiga excitando os receptores de estiramento, desencadeando o reflexo de micção.

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