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JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

Por:   •  21/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.496 Palavras (6 Páginas)  •  424 Visualizações

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Junção Neuromuscular

A JNM é uma pequena parte do conjunto denominado unidade motora. A JNM é a região de íntimo contato entre o terminal nervoso e a membrana da fibra muscular esquelética; é o local de ação das drogas bloqueadoras neuromusculares (BNM) (Figura 1).

Figura 1: Junção Neuromuscular

http://docslide.com.br/documents/aula-juncao-neuromuscular-e-contracao-muscular.html

Quando o neurônio motor mielinizado se aproxima da fibra muscular, perde sua bainha de mielina; divide-se em terminais filiformes que irão alojar-se em goteiras criadas em depressões na membrana de cada fibra muscular. Esta região da membrana muscular é denominada de placa motora e é constituída por membrana muscular diferenciada que responde a estímulos químicos - quimioexcitável. Nesta região estão os receptores colinérgicos nicotínicos juncionais. Na fibra normal estes receptores estão distribuídos na placa motora, mostrando a influência trófica da fibra nervosa sobre a fibra muscular. De modo geral, existe de uma até três JNM por fibra muscular, com exceção dos músculos oculares e alguns músculos do pescoço e da face. Este grupo de exceção tem grande número de JNM em cada fibra muscular, permitindo que esses músculos se contraiam e relaxem lentamente ou até que mantenham seu estado contrátil.

TERMINAL NERVOSO DA TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR A análise da transmissão sináptica por seu componente nervoso mostra que o axônio, além do sinal elétrico, carrega todo aparato bioquímico, representado pela acetilcolina, necessário para a transmissão no terminal nervoso. A acetilcolina é sintetizada no axônio a partir da ação da colina acetiltransferase sobre a colina e a acetilcoenzima A (Figura 2). A colina é resultante do metabolismo da acetilcolina pela colinesterase (50%), da dieta e parte sintetizada no fígado. A colina entra no axônio através de transporte ativo.

Tardelli, Maria angela. Transmissão neuromuscular: anatomia, fisiologia e bloqueio. Editora de Projetos Médicos, 2002.

Figura 2: Síntese e metabolismo de acetilcolina

http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?id=00004403&lng=pt&script=thes_chap

Depois da síntese de acetilcolina, esta não estará disponível como neurotransmissor enquanto não estiver incluída na vesícula sináptica. Cerca de 80% da acetilcolina sintetizada é estocada em vesículas, o restante permanece dissolvida no axoplasma. As vesículas ficam armazenadas nas formas disponível, estocagem e reserva. Cada vesícula tem um quantum estimado entre 2000 a 10000 moléculas de acetilcolina.

Tardelli, Maria angela.Transmissão neuromuscular: anatomia, fisiologia e bloqueio. Editora de Projetos Médicos, 2002.

LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA

Liberação espontânea: Na ausência de impulso nervoso ocorre vazamento da acetilcolina dissolvida no plasma, através da membrana da terminação nervosa. Durante o repouso, este vazamento constitui a principal perda do transmissor, mas durante a atividade, o vazamento não aumenta. Durante a atividade, o impulso nervoso provoca liberação de vesículas. Um segundo tipo de liberação espontânea, aproximadamente 2%, ocorre através de pacotes ou quanta de tamanho uniforme com uma freqüência de 2 por segundo. A liberação desses quanta de acetilcolina provoca uma pequena despolarização (0,5 milivolts) da placa motora (potencial miniatura de placa motora) cuja função ainda é desconhecida, talvez se relacione com a manutenção do trofismo muscular.

Liberação induzida pelo impulso nervoso: A acetilcolina, na forma de estocagem, converte-se rapidamente na forma disponível, sob influência da atividade do nervo motor. Um impulso nervoso causa a liberação de 200 a 400 quanta, o que representa 400000 a 4000000 moléculas de acetilcolina sendo liberadas na JNM. O potencial de ação nervoso é um ativador da liberação de acetilcolina, mas não é o liberador. Se o cálcio não estiver presente, nem a despolarização nem o fluxo de sódio produzirão liberação da acetilcolina. Portanto, o potencial de ação inicia para dentro do neurônio um fluxo de cálcio que tem como função a liberação de acetilcolina.

Tardelli, Maria angela. Transmissão neuromuscular: anatomia, fisiologia e bloqueio. Editora de Projetos Médicos, 2002.

PAPEL DO CÁLCIO

O número de quanta de acetilcolina liberado é influenciado pela concentração de cálcio ionizado no extracelular e pelo tempo de duração de seu fluxo para dentro da célula nervosa. Assim, a quantidade de vesículas de acetilcolina liberada é função do número total de íons cálcio. O fluxo de cálcio para dentro do neurônio se estabelece favorável ao seu gradiente eletroquímico e cessa no momento em que ocorre o fluxo tardio de potássio para fora do neurônio. Assim, a 4- aminopiridina aumenta o conteúdo de quanta liberado porque bloqueia o fluxo de potássio, o que acarreta em aumento do fluxo de cálcio para dentro do neurônio.

Quando o potencial de ação atinge o terminal nervoso, provoca alterações na forma de canais protéicos da membrana pré-sináptica, permitindo que o cálcio ligue-se à membrana e entre na célula nervosa através destes canais. Aceita-se que dois tipos de canais de cálcio estejam envolvidos: rápido e lento. O canal rápido representa o principal papel durante a despolarização, é denominado voltagem dependente, respondendo rapidamente à alteração de voltagem gerada pela entrada de sódio (potencial de ação). A atividade deste canal é bloqueada por cátions orgânicos divalentes como o magnésio. Esses canais não são afetados de modo significativo pelos bloqueadores de canais de cálcio como ocorre com os canais de cálcio do sistema cardiovascular.

O canal lento, que permite entrada adicional de cálcio, é ativado pelo aumento de AMP cíclico; é facilmente bloqueado por drogas bloqueadoras de canais de cálcio, tais como o verapamil, nifedipina e o diltiazem. Não sofre influência de íons inorgânicos. A adrenalina e as endorfinas acentuam a atividade desses canais lentos porque ativam a adenilciclase (enzima formadora de AMP cíclico), o que resulta em prolongamento do fluxo de cálcio no terminal nervoso. Inibidores da fosfodiesterase (aminofilina) acarretam aumento do AMPcíclico, o que determina aumento da entrada de cálcio conseqüentemente maior liberação de acetilcolina e antagonismo do bloqueio adespolarizante.

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