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Turbilhão e Tanque de Hubbard

Por:   •  23/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.704 Palavras (7 Páginas)  •  3.264 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO:

A hidroterapia começou a ser sistematicamente desenvolvida após a construção do primeiro tanque de Hubbard na década de 1920 (Gonçalves, 2013). Em 1928, o físico Water Blount descreveu o uso de um grande tanque com um remoinho onde estava incluso um motor para ativar os jatos d’agua (Cunha et al, 2001). O tanque de Hubbard foi utilizado inicialmente para realizar exercícios na água. Este auxiliava e assistia no desenvolvimento dos programas de exercícios na piscina (Cunha et al, 2001). 

  1. O QUE É?

O turbilhão e o tanque de Hubbard são formas de hidroterapia que utilizam a água de forma turbilhonada, a uma pressão e temperatura pré-estabelecida com finalidade terapêutica.

A impulsão na água é conseguida à base de pás ou hélices mecânicas, através da força de um motor ou por injeção sob pressão de ar comprimido. A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulada para mais ou para menos, causando um massageamento da região a ser tratada, e sendo associada à temperatura da água, trará os benefícios promovidos por esse recurso terapêutico.

Turbilhão: Tanque com água aquecida, que apresenta uma bomba rotativa, que produz bolhas que produz um efeito massageador (Boccolini, 1990). Trata-se de um tanque de imersão para os membros inferiores e superiores.

Tanque de Hubbard: Um grande tanque com um remoinho onde estava incluso um motor para ativar os jatos d’agua (Cunha et al, 2001). Trata-se de um tanque de imersão para o todo corpo.

  1. TIPOS E FORMA DE ADMINISTRACAO:

        Turbilhão: Existem dois tipos de turbilhão: Quente e frio (abordando as modalidades terapêuticas de termoterapia e crioterapia, respectivamente), mas estes também podem ser classificados de acordo com o membro a ser tratado: Turbilhão para membros superiores ou para membros inferiores.

        Turbilhão frio: O tanque apropriado deve ser preenchido com água fria ou gelo para a temperatura ficar de 10° a 15,5° C (Flocos de gelo atuam mais rápido do que em cubos para diminuir a temperatura da água). Deve-se certificar de que o gelo derreta completamente, pois os pedaços de gelo poderiam ferir o paciente caso um segmento do corpo estiver no tanque, devido ao turbilhonamento da água (PRENTICE, 2014).

        O tempo de administração pode variar, podendo ir de 5 a 20 minutos, dependendo do caso clinico.

        Turbilhão quente: A aplicação pode durar de 20 – 30 minutos e pode ser feita até duas vezes ao dia. A temperatura é variada de acordo com os membros. Os membros superiores utiliza temperatura de 37,8 – 40,6 °C e para os membros inferiores a temperatura é de 37,8 – 40,6 °C (OKAMOTO; PHILLIPS, 1990).

        Tanque de Hubbard: A aplicação pode durar de 20 – 30 minutos. A temperatura aplicada é de 36,7 – 37,2 °C para leve e 37,8 – 38,3 °C para um aquecimento vigoroso, a temperatura não deve exceder 38,9 – 39,4 °C (OKAMOTO; PHILLIPS, 1990).

  1. EFEITOS:

O uso simultâneo de calor e de frio é visto no tratamento do muscular, como por exemplo, na ação antiespasmódica, ambas as técnicas terapêuticas tem resultados. Embora a crioterapia se mostre mais eficaz (PRENTICE, 2014).

  • Efeito massageador:

        O estimulo mecânico da massagem sobre as fibras musculares, provoca a contratibilidade muscular (ajuda a impedir a atrofia), e quando associada ao aumento da temperatura do musculo, acelera as reações químicas endocelulares (restabelecimento da tonicidade, contratibilidade e da função neuromuscular proprioceptiva).

         Além de provocar também:

  • Aumento da extensibilidade dos tecidos;
  • Ampliação dos movimentos das articulações (e diminui o risco de contraturas);
  • Facilitação da atividade muscular;
  • Reduz o edema (pela facilitação da absorção de exsudatos);

  • Analgesia:

O frio também é utilizado para a redução da dor. Uma explicação do efeito analgésico é a de que o frio diminua a velocidade de condução nervosa, embora ele não a elimine inteiramente. Também é possível que o frio bombardeie as áreas de receptores de dor centrais com tantos impulsos de frio, que os impulsos de dor são perdidos por meio da teoria do controle do mecanismo da comporta da modulação de dor. (PRENTICE, 2014).

O calor também tem efeito analgésico, devido à estimulação das grandes fibras sensitivas por mecanorreceptores periféricos que deprime bastante a transmissão de sensações dolorosas (MATZICK, E.)

  • Diminuição do espasmo e espasticidade muscular:

Ocorre com a aplicação de frio ou de calor (o frio é mais eficaz).

O resfriamento local com gelo, embora mantendo a temperatura corporal para se prevenir tremor, resulta em redução significativa de espasmo muscular, maior do que aquela que ocorre com o uso de calor ou de frio independentemente. Esse efeito foi atribuído para a manutenção da temperatura do corpo, que diminui a atividade eferente, ao passo que o resfriamento local diminui a atividade aferente. Se a temperatura do núcleo do corpo não for mantida, o tremor reflexo resulta em tônus muscular aumentado, inibindo, dessa forma, o relaxamento. Ha redução substancial na frequência de potencial de ação (intensidade de estimulo necessária para disparar as fibras musculares) que dispara da unidade motora quando a temperatura muscular é reduzida. A atividade do fuso muscular é mais significativamente reduzida quando o musculo é resfriado, ao passo que a temperatura corporal normal é mantida (PRENTICE, 2014).

  • Metabolismo:

        No calor: devido à vasodilatação local, o fluxo sanguíneo também vai ser elevado, aumentando assim o metabolismo e os resíduos metabólicos. (PRENTICE, 2014). Existe um aumento da oferta de oxigênio, que também vai ajudar no aumento do metabolismo (MATZICK, E.).

        No frio: Primeiramente, ocorre uma vasoconstrição de arteríolas e capilares, diminuindo o fluxo sanguíneo, consequentemente, a diminuição do metabolismo também ocorre. (PRENTICE, 2014).

        Ocorre também a diminuição do consumo de oxigênio, diminuindo assim, o metabolismo (MATZICK, E.).

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