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A COLHEITA DE ESPERMOGRAMA

Por:   •  24/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.215 Palavras (13 Páginas)  •  301 Visualizações

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1. COLHEITA DE ESPERMOGRAMA

A amostra deve ser coletada após um período mínimo de 2 dias e máximo de 5 dias de abstinência sexual, pois se coletado após abstinência prolongada, tendem a ter maior volume e diminuição da mortalidade.

Alguns autores sugerem jejum alimentar de 12 horas, pois as taxas de glicemia influenciarão os níveis de frutose espermática.O fluído espermático contém elevada concentração de frutose, metabolizada pelos espermatozóides para obter energia necessária para que sejam propulsionados pelos flagelos através do trato reprodutivo feminino. Na ausência da frutose, o espermatozóide não apresenta mortalidade na análise do sêmen.

Para análise microbiológica (pesquisa de microrganismos e/ou culturas), é importante que o paciente urine antes, lave as mãos e o pênis antes da coleta, para evitar contaminação.

Duas amostras devem ser coletadas para uma avaliação inicial. O intervalo entre as duas coletas não deve ser menor que 7 dias ou maior de 3 semanas. Se os resultados forem significativamente diferentes, amostras adicionais devem ser analisadas, no entanto, esses resultados podem variar consideravelmente.

Idealmente a amostra deveria ser coletada numa sala particular perto do laboratório. Se isso não for possível, ela deve ser entregue ao laboratório dentro de 1 hora. Quando a mortalidade do espermatozóide é baixa, o intervalo entre a coleta e a análise deve ser o menor possível já que a mortalidade declina com o tempo.

A amostra deve ser obtida por masturbação e ejaculada num frasco adequado de vidro ou plástico estéril e de "boca larga". O recipiente não pode apresentar efeitos tóxicos sobre os espermatozóides.

Caso a masturbação não seja possível, preservativos especiais podem ser utilizados, entretanto preservativos de látex comuns não podem ser utilizados porque interferem na viabilidade dos espermatozóides. Coito interrompido também não é aceitável como um método de coleta, pois a primeira porção do ejaculado, que normalmente contém a maior concentração de espermatozóides pode ser perdido.

2. COLHEITA DE PARASITOLÓGICO

2.1 Fezes Emitidas Espontaneamente

A detecção e a identificação dos parasitos intestinais estão em relação direta com a qualidade da amostra entregue ao laboratório. Na colheita dos espécimes fecais, vários fatores devem ser considerados: tipo do recipiente, volume, idade da amostra, medicamentos e compostos químicos, que podem interferir na realização do exame. O paciente deve receber instruções impressas para facilitar a colheita das fezes. Cada amostra deverá apresentar no mínimo as seguintes informações: nome do paciente, número de identificação, nome do médico, data e horário da colheita, a qual deverá ser acompanhada de uma requisição médica, indicando o procedimento laboratorial a ser seguido. O recipiente deve ser limpo e seco, com boca larga, com capacidade aproximada de 100 ml, para que possa receber uma amostra significativa e que tenha vedação hermética, para impedir o derrame, permitindo a preservação da umidade. A amostra seca na superfície e nas bordas deverá ser rejeitada. As fezes devem ser colhidas diretamente no frasco, ou em urinol, ou, ainda, em jornal ou em papel limpo e transferidas diretamente para o recipiente. O pote deve estar livre de antissépticos, de agentes germicidas, gotas de óleo e de urina para evitar a destrui¬ção das formas vegetativas. As fezes excretadas no solo não devem ser usadas, pois larvas de vida livre e outros contaminantes provenientes do solo podem confundir o diagnóstico. Fezes obtidas de vasos sanitários (latrinas) não podem ser aproveitadas, não somente devido ao risco de contaminação, mas porque a água e a urina podem destruir as formas trofozoíticas.

Para permitir um exame macro e microscópico satisfatório todo o bolo fecal deve ser enviado ao laboratório; caso este procedimento não possa ser cumprido, uma quantidade mínima de 20 a 30 g pode ser empregada na análise. Esta conduta não somente abastece o laboratório com suficiente material para a realização de várias técnicas, como permite ao técnico selecionar uma porção específica para o exame. As fezes pastosas ou mucosas são indicadas para a preparação de esfregaços corados e as porções formadas são empregadas nas técnicas de concentração. Os espécimes fecais nunca devem ser incubados (37ºC) ou congelados antes do exame. Para a pesquisa de oocistos de Cyclospora cayetanensis, a amostra pode ser congelada para a realização de técnicas de detecção de ácidos nucléicos.

Certos medicamentos e produtos químicos podem tornar a amostra insatisfatória para a análise ou para a pesquisa dos protozoários intestinais. Entre estes, citam-se os antidiarreicos, os antibióticos, os antiácidos, derivados de bismuto e do bário, a vaseli¬na e os óleos minerais. A pesquisa parasitológica deve ser realizada antes de o paciente ser submetido a um exame radiológico, com a administração do contraste sulfato de bário. As amostras excretadas que contenham bário ou bismuto são inaceitáveis para o exame, visto que partículas desses produtos podem interferir no exame pelo excesso de substâncias cristalinas, as quais podem destruir os trofozoítos em virtude de sua ação abrasiva. A colheita deve ser retardada por um período de sete a dez dias.

Os antibióticos, como tetraciclina, afetam a flora intestinal normal e frequentemente causam diminuição ou ausência temporária dos organismos nas fezes, visto que os parasitos se alimentam de bactérias intestinais. Um diagnóstico seguro não é possível de ser realizado concomitantemente com a administração de antibióticos, portanto, a colheita das fezes deve ser retardada por duas a três semanas.

O número de amostras necessárias para a identificação de parasitos intestinais varia de acordo com a qualidade do espécime, com os procedimentos de diagnóstico que serão realizados e com a gravidade da infecção.

Os recipientes com amostras fecais, recebidos de pacientes com o vírus da imu¬nodeficiência humana (HIV) e sua sequela, a síndrome da imunodeficiência adqui¬rida (AIDS), deverão ser protegidos por um invólucro de plástico e identificados com etiqueta vermelha ou HIV positivo.

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2.2 Amostras Múltiplas

A possibilidade de encontrar organismos aumenta pelo exame de amostras múl¬tiplas, em razão:

a) da intermitência da passagem de certos parasitos a partir

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