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Fisiologia Pos Colheita

Trabalho Universitário: Fisiologia Pos Colheita. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/11/2013  •  6.603 Palavras (27 Páginas)  •  3.339 Visualizações

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1 – INTRODUÇÃO

A fisiologia pós-colheita é um processo irreversível capaz de favorecer a decadência do fruto. Entretanto, o conhecimento desse processo constitui uma importante ferramenta para o controle das mudanças fisiológicas, com vista a obter um maior tempo de prateleira dos produtos in natura. Dessa forma, busca-se a obtenção de altos padrões de qualidade para satisfazer as exigências de mercado, tendo em vista, os consumidores estarem cada vez mais à procura da referida qualidade.

O manuseio pos-colheita de frutas e outras plantas de interesse comercial baseia-se no conhecimento dos mecanismos de controle da respiração e maturação, sendo que sempre ocorrem perdas fisiológicas devido à fatores pré e pós-colheita, e principalmente, ao estado de maturidade do produto. Mesmo apresentando muitas vezes sintomas semelhantes, as causas das perdas fisiológicas podem ser distintas, sendo que a magnitude de tais perdas varia entre os produtos e são influenciadas principalmente pelo ambiente de armazenamento. (LIMA & MENDONÇA, apud JOOSTE, 1997).

Atualmente, no manuseio dos frutos, que são práticas que vão desde o processo de colheita e armazenamento, até a distribuição e venda, atingem-se valores significativos de perdas quantitativas e qualitativas. Perdas de 3 a 6% de umidade, por exemplo, geralmente causam declínio na qualidade, embora certos produtos sejam comercializáveis a 10% de perda de umidade. Temperatura elevada no armazenamento é a principal causa dessa perda.

Entre as várias causas que originam estas perdas, estão os danos mecânicos, resultantes da abrasão, impacto, compressão e corte. Em conjunto, esses danos promovem alterações no padrão respiratório, na evolução do etileno, na síntese e degradação de pigmentos, na ativação de enzimas, na alteração da firmeza e no aumento da perda de água dos frutos (MORETTI, 2001). Outra causa importante de perda é a não-utilização de armazenamento refrigerado após a colheita (IBRAF, 1999).

Para Censi apud Kader (1992), após a colheita, o resfriamento rápido, ou pré-resfriamento, deve ser o primeiro passo a ser dado para a conservação de frutas in natura. Um atraso entre a colheita e o resfriamento provoca automaticamente uma deterioração prematura do produto e traz consigo a perda de qualidade dos mesmos.

Nesse sentido os produtos aqui apresentados assumem cada vez mais importância em diversos setores econômicos, tornando o conhecimento e controle de suas transformações pós-colheita, um processo de grande valia para o desenvolvimento de novos produtos ou aumentar o tempo de prateleira, conservando suas qualidades nutricionais e medicinais. Nesse sentido, o presente trabalho tem por finalidade realizar uma revisão bibliográfica sobre a fisiologia pós-colheita de frutas, olerícolas e plantas medicinais, ornamentais e forrageiras.

2. OBJETIVOS

GERAL: Tomar conhecimento das técnicas utilizadas por um produtor de plantas ornamentais do município de Biguaçu/SC, bem como aplicar os conhecimentos que foram adquiridos durante o curso de agronomia.

Específicos:

1 – Identificar as formas de elaboração de substrato utilizado pela empresa.

2 – Avaliar a qualidade do substrato utilizada pela empresa.

3 – Conhecer a metodologia utilizada na propagação de plantas.

4 – Realizar testes com plantas ornamentais, e sugerir melhorias à produção da empresa.

5 – Adquirir conhecimento prático na produção de plantas ornamentais.

3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 – FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA DE ESPÉCIES FRUTÍFERAS:

Segundo Walter (2010), o principal objetivo da utilização do conhecimento da fisiologia pós-colheita de espécies frutíferas é manter a qualidade nutritivas e sensoriais das frutas por um determinado período. De acordo com o mesmo autor, desde a antiguidade, por volta de 10.000 anos atrás, já havia uma “Preocupação com a preservação dos alimentos”.

Vale ressaltar que vários fatores de pré-colheita afetam a qualidade final do produto após a colheita, conforme, sendo eles, de acordo Chitarra (1990): práticas culturais como semeadura, pH do solo, plantio, espaçamento, irrigação, controle de plantas daninhas, adubação, fertirrigação, poda, controle fitossanitário, raleamento, fatores de clima-temperatura, umidade, radiação, precipitação, vento e aspectos de colheita.

Ainda segundo Walter (2000), as práticas pós-colheita devem obedecer ao modelo respiratório em que o fruto é classificado, sendo os mesmos classificados em:

• Climatericos

– Colheita de frutos verde-maduro ou pre-climaterio;

– Permite o controle do inicio da maturação;

– Reducao das perdas pos-colheita;

• Nao-climatericos

– Colheita de frutos maduros;

– Cuidados adicionais no manuseio;

Para Wachowicz & Carvalho (1995), durante a fase final do desenvolvimento do fruto, ou maturação, a respiração pode continuar sem alterações significativas, ou pode ocorrer, dependendo do fruto, um aumento dramático, denominado climatério. […] frutos climatérios , como o tomate, por exemplo, apresentam um aumento rápido e significativo da respiração durante a maturação, seguido por um aumento espetacular na produção de etileno.

O conhecimento sobre o padrão de desenvolvimento e a fisiologia dos frutos permite a manipulação e armazenagem de maneira adequada, aumentando o período de conservação e a manutenção da qualidade.

Os atributos de qualidade relacionados a frutas, principalmente, classificam se quanto a aparência: tamanho, forma, cor, defeitos.Quanto a Textura: firmeza, suculência, fragilidade. Quanto ao Flavor: doçura, acidez, adstringência, amargor, aroma. E quanto ao aspecto Nutritivo: carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas, minerais, água. Já no aspecto da Segurança: resíduos, micotoxinas, microorganimos (WALTER, 2010)[grifo nosso]

Para Amarantes et al (2009), cada fruto climatério descreve uma curva diferente em relação a espécie e a temperatura, ou seja, uma curva mais ou menos acentuada de respiração de um fruto, através da produção de CO2 em relação ao tempo de armazenamento. Pode ser observado a subida climatérica, o pico climatérico e a senescência, como mostra o gráfico abaixo.

Fonte: Amarantes, ET al (2009)

Maturação de frutas

Para Amarante (2009), a maturação tem início antes do final do crescimento e envolve diferentes alterações fisiológicas e bioquímicas nos diferentes vegetais. Nos frutos, o amadurecimento corresponde ao período final da maturação e vai até o início da senescência. A atividade metabólica de um tecido vegetal pode ser medida pela taxa respiratória do vegetal, ou seja, quando ele absorve oxigênio ou quando ele elimina o dióxido de carbono. O conhecimento da taxa respiratória é importante para avaliação da vida de prateleira dessa matéria-prima.

De acordo com Walter, 2010 os frutos apresentam as seguintes transformações durante a maturação:

• Abscisão;

• Alteração na permeabilidade dos tecidos;

• Alteração na taxa respiratória (para satisfazer as novas necessidades energéticas e Reflete a deterioração dos sistemas de controle da senescência)

• Alterações na produção de etileno (Para induzir o inicio da maturação e seu excesso de produção de etileno com a senescência)

• Alterações na composição dos carboidratos (Degradação do amido em açúcar,

aumento na concentração de Sólidos Solúveis Totais e Alterações nos ácidos orgânicos

• Produção de compostos voláteis.

A escolha do momento da colheita de um fruto é um dos fatores que mais influencia na vida útil e na qualidade final do fruto. Quando colhidos imaturos são mais sujeitos a enrugamento e apresentam qualidade inferior quando amadurecem. Já frutos colhidos muito maduros podem apresentar textura mole e sabor insípido. Por outro lado frutas colhidas muito cedo ou muito tarde são mais suscetíveis a desordens fisiológicas. O desenvolvimento de frutos pode ser dividido em três estágios principais: Crescimento; Maturação e Senescência. Amarante (2009)

De acordo com Gomes (1996), a colheita de hortaliças e frutas deve ser feita quando as plantas atingem o máximo de qualidade organolépticas (sabor, cor, aroma e textura) e nutritivas, que varia com a espécie e variedade cultivada, época de plantio, clima, tipo de solo, práticas culturais, etc...

A fim de conhecer o momento certo de colheita, Gomes (1996), lembra que é preciso conhecer cada espécie cultivada e seu estágio ideal de maturação, pois as características de boa qualidade de cada hortaliça ou fruta e sua vida de prateleira (tempo de conservação pós-colheita) estão relacionadas com a época de colheita.

Segundo Amarante et al (2009), um dos Fatores Utilizados para retardar os efeitos fisiológicos pós-colheita é o uso de temperaturas mais baixas, que reduzem a taxa respiratória. Contudo abaixo de 10°C podem levar o vegetal a processos fermentativos, com produção de compostos como álcool etílico e acetaldeído. Walter (2010) complementa que esta tolerância varia entre as espécies de frutas e hortaliças. A suscetibilidade a injúria (danos pelo frio) no limite mínimo de temperatura varia bastante. A banana sofre injúria pelo frio em temperaturas inferiores a 11°C, enquanto cultivares de maçã e pêra podem suportar armazenamento a 0°C por longos períodos. O congelamento da água pode provocar rompimento da parede celular, acarretando danos à célula.

3.2 – FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA DE OLERÍCOLAS:

O Termo Horticultura apareceu no século “século XVII” e vem do latim “Hortus” que significa Jardim e “ Colere” , do verbo Cultivar. Trabalha com um grande número de espécies, dentre as quais cita-se:

• Olerícolas (hortaliças – de folha e de frutos, raízes e tubérculos);

• Frutíferas (tropicais, sub-trop. temperadas)

• Ornamentais (cortes, vasos, jardins...)

• Medicinais e Condimentares

Para Lana, et al (1996), A produção comercial das hortaliças é uma especialização da horticultura, chamada olericultura e o objetivo da fisiologia pós-colheita nas olerícolas é a retirada dos produtos do campo ou da planta, com o mínimo de danos possíveis. Para tanto, são necessários observar:

- Níveis adequados de maturidade;

- Mínimo de danos ou perdas;

- Maior rapidez possível;

- Custo mínimo.

[...] frutas e hortaliças intactas, deterioram-se após a colheita devido a alterações fisiológicas. Entretanto, as lesões provocadas durante o processamento promovem descompartimentalização celular e possibilitam o contato de enzimas e substratos, que originam modificações bioquímicas, como escurecimento, formação de odores desagradáveis e perda da textura original. (DOMINGUES, 2004)

Dois problemas básicos dificultam a extensão da vida de prateleira [das olerícolas]. Primeiro, os tecidos vegetais estão vivos, respirando e muitas reações químicas estão acontecendo, e segundo, a proliferação de microrganismos que precisa ser retardada. [grifo nosso] (DOMINGUES, 2004).

De acordo com Domingues (2004), a respiração vegetal consiste na oxidação de açúcares e ácidos orgânicos para obtenção de energia, que produz como resíduos dióxido de carbono (CO2) e água. Ainda segundo o mesmo autor, as principais manifestações fisiológicas, provenientes da ruptura dos tecidos vegetais são o aumento na velocidade de respiração, e, em alguns casos, a produção de etileno, composto volátil de dois carbonos, que é produzido endogenamente, talvez, por todas as plantas.

O etileno estimula a síntese de enzimas envolvidas com a maturação das frutas e pode causar a perda de firmeza das mesmas, provavelmente, devido à ativação de enzimas que hidrolisam a parede celular. Também está relacionado com o incremento da descoloração da cor verde de vegetais folhosos, talvez devido ao aumento da atividade da clorofilase. (DOMINGUES, 2004)

Para Awad (1993), a fruta [assim como a hortaliça] é uma estrutura viva, composta de células metabolicamente ativas, recebendo da planta a que está ligada, água, nutrientes, hormônios e outros compostos. Entretanto, a maioria pode amadurecer na planta ou fora dela. Quando separada da planta após atingir a maturidade fisiológica, a fruta depende de suas próprias reservas para se manter metabolicamente ativa, conservar sua integridade e até mesmo para reparar possíveis anos a sua estrutura.

Wachowicz & Carvalho (1995), informam sobre a ocorrência de uma complexa série de ajustamentos metabólicos após a colheita de culturas olerícolas, a qual é influenciada pelo deslocamento de suprimento de nutriente, minerais e hormônios da planta mãe para o órgão que foi colhido.

Maturação, amadurecimento e senescência

De acordo com Wachowicz & Carvalho (1995), em olerícolas de frutos, como o tomate, por exemplo, a fase da maturação corresponde ao crescimento pleno do fruto com qualidade comestível. Nesta fase ocorrem tanto mudanças químicas como desenvolvimento das sementes, alterações da taxa respiratória, produção de etileno, como físicas incluindo mudança de cor e textura. Já o amadurecimento corresponde ao período final da maturação, onde as mudanças químicas são mais evidentes.

A senescencia é o período subsequente ao amadurecimento, durante o qual o crescimento cessou e os procesos bioquímicos de envelhecimento substituem as trocas químicas do amadurecimento. Nesta fase, a capacidade de síntese do vegetal é muito limitada, tendo as transformações tendência para a degradação, o que conduz à perecibilidade do vegetal. (WACHOWICZ & CARVALHO, 1995)

Wachowicz & Carvalho,(1995), afirmam que muitas das mudanças físico-químicas pós-colheita das olerícolas estão relacionadas com o metabolismo oxidativo, incluindo a respiração. [...] A respiração torna-se o principal processo fisiológico em órgãos destacados. A oxidação bioquímica está intimamente ligada à mudança de qualidade das culturas, desordens fisiológicas, período de armazenamento, maturidade, manuseio, e muitos tratamentos pós colheita.

A maturidade fisiológica ocorre quanto a fruta, ao ser colhida, evolui naturalmente para a maturação, tornando-a adequada para o consumo humano, com suas características típicas de sabor, cor, textura, declínio da acidez e desaparecimento da adstringência segundo cada tipo e variedade. (AWAD,1993)

[...] na maioria das vezes a colheita é um processo traumático, conduzindo à formação de ferida no produto. Após a colheita, o produto perecível é geralmente manuseado de forma rudimentar, os quais sofrem geralmente injúrias físicas e deteriorações. (LANA et al ,1996)

A colheita, quando é realizada adequadamente, evita danos e perdas na pós-colheita. A determinação do ponto ótimo de colheita é fator decisivo para a comercialização. Por isto, deve ser levado em consideração o tipo e o destino do produto, ou seja, a distância entre o local de produção e o local de consumo ou de entrega, se o produto é para consumo interno ou para exportação, ou ainda se é para consumo imediato, para armazenamento ou para processamento. (Gomes, 1996)

As condições ideais para colheita devem ocorrer seguindo as seguintes condições: Em primeiro lugar a colheita deve ocorrer nas horas mais frescas do dia; deve-se evitar colher o produto molhado (chuva ou orvalho); e ainda dever manter o produto colhido em local sombreado. Vale ressaltar que para o mercado local a colheita ocorre preferencialmente no início da manhã. Já para outros mercados a colheita ocorre à tarde para que o transporte ocorra durante a noite.

A colheita mecânica, diferente da colheita manual, é mais indicada para produtos destinados à agroindústria, ou para raízes e tubérculos (cenoura e batata). Dentre as vantagens, cita-se: rapidez potencial, com maior rendimento; melhores condições de trabalho para os colhedores e redução de mão de obra. Entretanto apresentam desvantagens e limitações como: as máquinas raramente realizam uma colheita seletiva; Tendem a danificar os produtos; Processo dispendioso;

O estágio de maturação no qual o fruto ou hortaliça é colhido é decisivo para sua vida de prateleira e para seu potencial de armazenamento. Os índices de maturidade podem ser utilizados para o estabelecimento da época de colheita. Os métodos (índices) mais utilizados para determinar a época de colheita, são, de acordo com Lana et al (1996):

1. Método de observação prática

2. Métodos físicos:

- Soma ou unidade de calor

- Determinação da textura

3. Métodos químicos e físico-químicos

-Teste de amido

-Determinação de SIA

-Determinação de sólidos solúveis (SS)

-Acidez titulável (AT) – SS/AT

-Curvas de maturação.

5. CUIDADOS GERAIS NO MANUSEIO DO PRODUTO OLERÍCOLAS:

Situações que devem ser evitadas durante a colheita e manuseio dos produtos:

- Utilizar caixas de madeira c/ pregos salientes e lascas;

- Colocar quantidade excessiva de produtos nas caixas, tendo em vista empilhamento;

- Apertar o produto c/ unhas compridas ou anéis;

- Deixar cair ou jogar os produtos nas caixas;

- Jogar, deixar cair ou manipular as caixas sem cuidado;

Manuseio de frutos e hortaliças destinados à comercialização in natura:

- Os frutos devem ser colhidos manualmente em baldes ou sacos e depois transferidos para cxs maiores;

- Os baldes (plástico ou metálico) são usados para frutos macios;

- Os sacos são usados para frutos mais resistentes à compressão;

- As hortaliças têm origens diversas (frutos, folhas, inflorescências, etc) e devem ser colhidas conforme suas especificações;

- As hortaliças devem ser selecionadas na maturidade desejada, de acordo com o mercado de destino.

CONTAMINAÇÃO de produtos pode ocorrer nas situações:

- O produto colhido é colocado diretamente no chão;

- Utilização de cxs contaminadas com terra, resíduos vegetais e produtos em decomposição;

- O produto entra em contato com óleo, gasolina, etc, substâncias químicas diferentes das utilizadas no tratamento pós-colheita.

PRÉ-RESFRIAMENTO

Operação de resfriamento de frutas e hortaliças, que consta uma rápida transferência de calor do produto para o meio de resfriamento – água, ar, ou gelo até alcançarem temperaturas próximas das recomendadas para transporte ou armazenamento aumentar a vida pós-colheita.

Objetivos:

- Desacelerar a respiração do produto;

- Reduzir a perda de água;

- Reduzir a suscetibilidade ao ataque de microrganismos;

- Diminuir a carga de frio para os sistemas de transporte e armazenamento.

Tempo de Resfriamento

Meio-Tempo de Resfriamento (MTR): “tempo necessário para que a diferença de to entre o produto e o meio resfriante seja reduzido pela metade”

O MTR é utilizado para selecionar o método de resfriamento mais adequado. Outros fatores que influenciam: perecibilidade do produto; condições ambientais; método de embalagem e rapidez da comercialização. (LANA et al, 1996).

3.3 – FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA DE PLANTAS FORRAGEIRAS:

Forrageira ou planta forrageira são as plantas, geralmente, gramíneas e leguminosas usadas como fonte de alimento para os as animais. Esse alimento pode ser disponibilizado por meio do simples plantio da forrageira como ocorre em um pasto ou a planta pode ser produzida e posteriormente colhido, para só então servirem de alimentos aos animais (feno). (SALEMI, 2010)

A fisiologia das plantas forrageiras após uma desfolha tem duas fases distintas. A primeira é um período transitório, durante o qual as reservas orgânicas previamente armazenadas são usadas para a rápida reposição dos tecidos perdidos na desfolha. A segunda fase envolve o reajustamento da atividade fisiológica, quando os estoques de reservas são progressivamente restaurados. (SALEMI, 2010)

Dois são os princípios básicos para a conservação do material ensilado, paralisação da respiração, pela ausência de ar e inibição de fermentação pelo abaixamento do pH; as bactérias atuam sobre os carboidratos solúveis (açúcares),transformando-os em ácidos, principalmente ácidos lático e acético que baixam o Ph impedindo que as bactérias indesejáveis continuem a fermentação, pois, estas não resistem à acidez elevada (pH baixo). (FILHO, 2008)

A título de exemplo, o milheto é uma planta forrageira bastante utilizada na região tropical. Ela possui alta palatabilidade, digestibilidade e valor nutricional para os animais. Em outras palavras, ela possui gosto agradável para o gado, é de fácil digestão e possui alto conteúdo de nutrientes interessantes para o animal a ser alimentado para ganhar peso, ou melhor, massa expressa em quilogramas ou arrobas por exemplo. (SALEMI, 2010).

Ao conjunto de operações necessárias à confecção da silagem, chamamos de ensilagem (corte, transporte, picagem, carregamento, compactação e vedação). Enquanto que silagem é a forragem verde e suculenta armazenada, na ausência de ar em depósito próprio chamado silo, no qual é conservada mediante fermentação. (FILHO, 2008)

Segundo Júnior et al (2009), os principais atributos desejáveis na planta forrageira, são:

•Produção de forragem (material verde ou material seco);

•Valor nutritivo (composição química e digestibilidade) e aceitação pelo animal (palatabilidade);

•Persistência;

•Facilidade de propagação e estabelecimento

•Resistente à pragas e doenças.

Umas das práticas indispensáveis para produção de uma boa silagem é picar a forragem em pedaços pequenos de 2 a 3 cm. Neste caso, facilita a compactação, eliminado maior quantidade de ar e as bactérias tem maior contato com os elementos constituintes da forragem ensilada, melhorando a fermentação e conservação do produto. (MING, 2009)

A facilidade de secagem é influenciada pela relação caule-folha, serosidade das folhas, teor de umidade ao tempo de corte, número e abertura dos estômatos. Em geral, forrageiras mais folhosas são mais fáceis de serem fenadas. No entanto, quando não é possível a utilização destas, a solução para uma rápida secagem consiste no uso de segadeira condicionadora. (FILHO, 2008)

De acordo com Santos (2009), o objetivo da fenação, como todo processo de conservação é preservar o alimento com o mínimo possível de perdas e, consiste, basicamente, num conjunto de operações no qual se remove a umidade da forrageira de 80% para 15 a 20%.

A Primeira Etapa consiste no corte da planta e em seguida cortada e espalhada no campo para secar (planta ainda está viva). Nesta etapa ocorre Redução rápida para 65% de umidade, estômatos permanecem abertos. Já na segunda Etapa, ocorre Fechamento dos estômatos, Perda de água ocorrerá via cutícula. Na Terceira Etapa, quando planta atinge 45% de umidade, o Metabolismo da planta é bastante reduzido e as Folhas tornam-se mais quebradiças, mesmo que no Caule permanece com teor de umidade mais elevado. (SANTOS, 2009)[grifo nosso]

A ensilagem consiste em uma conservação microbiológica baseada na cinética da fermentação, ou seja, é processo fermentativo, onde o objetivo é evitar a oxidação (respiração), a qual ocorre em duas fases distintas. Uma fase aeróbica e outra anaeróbica. (SANTOS, 2009)

Sob a massa de forragem predomina a ação de bactérias () estritamente aeróbica Bactérias Aeróbicas = Enterobactérias (Coliformes). Solo é muito rico em Coliformes, desta forma, deve-se evitar o máximo possível da contaminação de silagem com solo.

Na primeira Fase (Aeróbica) Ocorre aumento da temperatura (de 25° para 45°C). Enquanto houver Oxigênio residual, haverá aumento da temperatura. Deve ser procedida como Boa compactação, procedimento este de fundamental importância para eliminar o Oxigênio residual o que se consegue reduzir perdas (em MS) da ordem de 30 a 40% para aproximadamente 10%

Paralelamente à queda de temperatura, o pH da massa ensilada vai sendo reduzido

Na Fase 2 (Anaeróbica) a temperatura ainda é elevada (35°C). Com a queda da temperatura,entram em ação bactérias anaeróbicas: Clostridium Clostridium: não suportam temperaturas elevadas nem baixo pH. Caso haja presença de umidade na massa ensilada, ao invés da predominância da ação de Bactérias Homoláticas, capazes de reduzir significativamente o pH (massa estabilizada) temos a ação (seleção) de: Bactérias Heteroláticas: transformam glicose em diferentes compostos: etanol + ácido acético + ácido lático. Por este motivo, em silagens com alta umidade encontramos cheiro de “vinagre” e “álcool” muito acentuados

Para termos uma silagem de qualidade, deve 1- ensilar rapidamente o material (exposto ao O2 sem compactação = perdas – ação de Enterobactérias)

2- compactar adequadamente para reduzir a presença de O2. Ao realizarmos a compactação estamos trabalhando na seleção das batérias

Com a Eliminando O2 Ocorre redução mais rapida da temperatura e diminui a ação de bactérias indesejáveis: Clostridium Com a redução da temperatuara e pH, entram em ação bactérias Homoláticas e Heteroláticas

Se o material foi colhido com adequado teor de umidade, a atuação de Bactérias Heteroláticas é menos acentuada que a de Homoláticas, com rápida queda de pH, e este sendo reduzido implica em material estável e conservado pois nenhum microorganismo consegue sobreviver neste meio

Tudo e Santos ET al, 2009

3.4 – FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA DE ESPÉCIES MEDICINAIS, CONDIMENTARES E AROMÁTICAS:

O Brasil é o sexto consumidor de medicamentos no mundo, com um mercado que envolve cerca de 16 bilhões de dólares anuais. Dentre os medicamentos, os que incluem plantas medicinais representam cerca de 500 milhões de dólares anuais. Esses medicamentos à base de vegetais têm se constituído em alternativas concretas de mais de 80% da população para doenças e/ou sintomas que afetam a saúde, e tem sido um mercado crescente. (MING, 2009)

Ainda segundo Ming (2009), a maior parte das plantas medicinais nativas utilizadas é proveniente do processo de extrativismo, e por conta da extração não sustentável, algumas espécies correm sério risco de extinção. As espécies exóticas utilizadas, em sua maioria, são importadas. Para atender a essa crescente demanda, a área de produção da matéria prima vegetal tem tido um crescimento bastante grande.

Uma vez colhida, a planta medicinal pode perder qualidade nas etapas seguintes do processamento o que torna os processos de secagem e armazenamento fundamentais para a qualidade final do produto (MARTINS et al., 2003). A secagem, se não realizada adequadamente, pode possibilitar a degradação de componentes químicos importantes, permitir a infestação e crescimento de microorganismos e assim comprometer o teor dos princípios ativos. A armazenagem incorreta pode levar à perda de material, seja por motivos de ordem física ou biológica (MARTINAZO, 2006).

De acordo com Wachowicz & Carvalho apud Scheffer, (1995), todo esforço despendido no cultivo das plantas medicinais pode ser posto a perder quando não damos a devida atenção às etapas de colheita, beneficiamento e armazenagem. O valor comercial das mesmas é determinado pela sua qualidade e depende de:

a) Colheita no estágio de maior teor de princípios ativos;

b) Correto manuseio durante e após a colheita;

c) Beneficiamento adequado;

d) Armazenagem apropriada.

Segundo Marchese & Figueira apud Dixon (2001), as plantas produzem uma grande variedade de compostos químicos, os quais são divididos em dois grupos, metabólitos [ou compostos] primários e secundários. O metabolismo primário é considerado como uma serie de processos envolvidos na manutenção fundamental da sobrevivência e do desenvolvimento, enquanto o metabolismo secundário consiste num sistema com importante função para a sobrevivência e competição no ambiente. [grifo nosso]

Os componentes que diferenciam as plantas com estas características de outras, conferindo-lhe valor terapêutico e aromático, são os seus princípios activos. Entre estes são importantes:

- Alcalóides: Compostos tóxicos que atuam sobre o sistema nervoso central. Podem ter ação terapêutica muito variada, como seja a do ópio que é usado como narcótico, a do quinino que tem ação sobre as febres, a da giesta como regulador cardíaco, a do chá como diurético. O teor de alcalóides nas plantas aumenta até à floração, diminuindo rapidamente após esta.

- Glucosíados: Apenas em casos pontuais têm propopriedades medicinais próximas dos alcalóide; têm presença importante no ruibarbo e na dedaleira.

- Óleos essenciais: Aparecem em muitas plantas com um aroma característico, geralmente agradável, que se pode obter por destilação.

- Taninos: Com propriedades anti-diarreicas, são facilmente oxidáveis.

- Princípios amargos: De origem diversa, geralmente glucosaídica, têm sabor amargo estimulando a secreção de sucos gástricos, criando condições para melhoria do apetite.

- Mucilagens: Hidrocarbonados que aumentam de volume por hidratação, são utilizados como laxantes, lubrificantes ou anti-inflamatórios.

O teor de princípios ativos numa determinada planta depende de vários fatores e a determinação do momento ideal de colheita depende da análise de três elementos interligados, sendo que em conjunto os dois primeiros determinam a quantidade de compostos secundários que podem ser obtidos, enquanto que o terceiro determina sua qualidade. Os mencionados fatores são:

1) A curva da evolução da biomassa;

2) A curva da evolução de compostos secundários;

3) A variação na composição das substancias secundárias ao longo das diferentes fases de desenvolvimento da planta.

(WACHOWICZ & CARVALHO, apud SCHEFFER 1995)

Seguindo as recomendações de Marchese & Figueira (2005), existem algumas regras gerais que indicam a melhor época em função da parte da planta:

a) raízes, rizomas, tubérculos e bulbos devem ser colhidos durante o inverno, após o período de máximo acúmulo, quando entram em repouso;

b) cascas devem ser colhidas nas estações de maior umidade, quando a retirada das mesmas é facilitada, reduzindo riscos de danos permanentes as plantas;

c) folhas em geral são colhidas no início da floração. Algumas espécies permitem vários cortes. Colheitas no final do período seco permitem uma boa regeneração durante o período chuvoso;

d) flores e sumidades floridas devem ser colhidas antes da formação das sementes, porém devem estar completamente abertas, o que facilita a secagem;

e) frutos devem ser colhidos pouco antes da maturação.

De acordo com Wachowicz & Carvalho, apud Scheffer (1995), para garantir a boa qualidade do produto, o mais importante é a orientação adequada da mão-de-obra que irá fazer o colheita. A colheita deve ser feita com tempo seco e após a evaporação do orvalho. Não se recomenda, portanto, colheita logo após um período prolongado de chuva, pois o teor de princípios ativos pode diminuir em função do aumento do teor de umidade da planta. Além disso, essa umidade dificulta a secagem e aumenta a possibilidade de aparecimento de fungos no produto.

Quanto ao beneficiamento Wachowicz & Carvalho, apud Scheffer (1995),recomendam que as primeiras operações , visando a conservação da plnanta e seus principios ativos deverão ser executados ainda na propriedade, sendo estas chamadas de processamento primário, que se distingui do processamento industrial subsequente. As mais frequentes operações são secagem e a extração de óleos essenciais.

O processo de secagem é muito importante para as espécies medicinais, aromáticas e condimentares pois reduz a ação das enzimas pela desidratação, permitindo a conservação das plantas, mantendo suas qualidades física e química por mais tempo (Blanco, 2008 apud Corrêa Jr. et al., 1991; Hertwig, 1991)

Para carvalho et al apud (MARTINAZO, 2006; (POUTARAUD; GIRARDIN, 2005), entre as causas de má qualidade da matéria-prima destaca-se a contaminação biológica (fungos, bactérias) e física (solo, partículas estranhas), associada à falta de práticas agrícolas seguras, ao processo de secagem, longo edescontínuo, na maioria das vezes, transporte e embalagens inadequadas.

Segundo o mesmo autor, além desses problemas, os teores variáveis do princípio ativo se confundem com a falsificação por meio da mistura com outros órgãos das plantas e mesmo com outras espécies. Portanto, muitos elementos contribuem para a qualidade: pureza da matéria-prima (sem adulteração), baixo nível de contaminação com bactérias, fungos, pesticidas, ausência de radioatividade e de metais pesados e concentração adequada de compostos ativos.

Os processos metabólicos não cessam quando as partes colhidas são separadas da planta; continuam levando a processos de deterioração biológicos como atividade bacteriana, transformações de enzimas auto-oxidação, escurecimentos não enzimáticos, anão ser que o conteúdo de água seja reduzido significativamente. Por esse motivo a secagem do material colhido deve ser iniciada o mais rápido possível, a fim de preservar as substancias ativas e as características organolépticas (cor, sabor, aroma). (WACHOWICZ & CARVALHO, apud SCHEFFER, 1995)

Com relação a colheita de uma maneira geral, deve-se observar as condições climáticas mais favoráveis como: não colher com chuva, solo molhado, ou elevada umidade relativa do ar, pois o processo de secagem e a qualidade do material podem ser prejudicados. Após a colheita deve-se separar todo material estranho como insetos, partes de outras plantas, além de partes da própria planta deterioradas por pragas ou doenças, sendo o material de interesse colocado no local de secagem. (Marchese & Figueira (2005)

Segundo Marchese & Figueira (2005), a secagem é a eliminação da água de um produto por evaporação, com transferência de calor e massa. É necessário o fornecimento de calor para retirar a umidade do produto e um agente que absorve o vapor d’água formado na superfície do produto. O resultado é a separação entre a parte líquida (em geral água) e a parte sólida.

A conservação pós-colheita por meio da secagem baseia-se no fato de que os microrganismos, as enzimas e todo o mecanismo metabólico necessitam de certa quantidade de água para executarem suas atividades. Com a redução da água disponível, conseqüentemente serão reduzidas a atividade de água e a velocidade das reações químicas no produto, bem como o desenvolvimento de microrganismos (CARVALHO et al, 2010, apud CHRISTENSEN; KAUFMANN 1974; citado por MARTINAZO, 2006).

Para Carvalho et al apud MARTINS et al, 2003), uma vez colhida, a planta medicinal pode perder qualidade nas etapas seguintes do processamento o que torna os processos de secagem e armazenamento fundamentais para a qualidade final do produto. A secagem, se não realizada adequadamente, pode possibilitar a degradação de componentes químicos importantes, permitir a infestação e crescimento de microorganismos e assim comprometer o teor dos princípios ativos. A armazenagem incorreta pode levar à perda de material, seja por motivos de ordem física ou biológica (CARVALHO et al apud MARTINAZO, 2006).

A conservação pós-colheita por meio da secagem baseia-se no fato de que os microrganismos, as enzimas e todo o mecanismo metabólico necessitam

de água para executarem suas atividades. Com a redução da água disponível, conseqüentemente serão reduzidas a atividade de água e a velocidade das reações químicas no produto, bem como o desenvolvimento de microrganismos (CARVALHO et al, apud CHRISTENSEN; KAUFMANN 1974; citado por MARTINAZO, 2006).

Segundo Carvalho ( 2010), a qualidade é máxima quando todas as etapas do processo de produção, desde a obtenção de material propagativo de qualidade, a colheita do órgão de interesse, sem sintomas de pragas e doenças ou outros contaminantes, colhido no estádio de desenvolvimento com maior teor de princípio ativo, no período do dia mais indicado, até as etapas de pós- colheita, como seleção e limpeza, secagem para reduzir a umidade aos níveis mínimos recomendados, embalagem e armazenamento, realizados com cuidado e a segurança necessários.

3.5 - FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA DE ESPÉCIES ORNAMENTAIS:

A floricultura está presente no mundo todo e abrange o cultivo de flores de

corte, englobando desde as flores tropicais até as de clima temperado, movimentando simultaneamente grandes indústrias de insumos agrícolas, além de uma série de serviços paralelos. (Lima et al, 2008).

A floricultura é a área agrícola que trata da produção de flores e plantas ornamentais de modo empresarial e competitiva para que a atividade possa se manter no mercado. Para isso o proprietário não só necessita de conhecimento mercadológico, mas sim de conhecimentos técnicos e das tecnologias aplicáveis ao processo produtivo que desenvolve (PICKSCIUS apud KAMPF, 2000).

A produção de plantas ornamentais requer conhecimento de peculiaridades sobre os métodos de propagação de cada espécie, porém na fase de produção da muda ou da plântula as condições ambientais, temperatura do ar em torno de 20ºC, umidade relativa alta, baixa insolação e alto controle fitossanitário são muito semelhantes para diferentes espécies. Para manter o ambiente nestas condições se faz necessário a construção de um viveiro, o que permitirá a produção de inúmeras espécies no mesmo local (PICKSCIUS apud KAMPF, 2000).

Segundo Almeida (2001), as flores apresentam certos comportamentos após a colheita, dentre os quais destacam-se:

• Complexo multi órgão;

• Taxa de respiração elevada;

• Razão superfície/volume muito elevada;

• Susceptibilidade a danos mecânicos;

• Desenvolvimento do botão após a colheita;

• Tropismos (gravitropismo e fototropismo)

Para que todo o processo de formação da qualidade das flores de corte se complete com sucesso, muitos cuidados são necessários, tais como: a escolha adequada de espécies e variedades, material de propagação de ótima qualidade, estruturas adequadas de cultivo (controle de clima, automação, fertilizantes, manejo de pragas e doenças, ambiente de trabalho adequado), bem como conhecimento das técnicas de produção e pós-colheita e um sistema eficiente para a comercialização (LIMA et al 2008, apud MOTOS, 2000).

Segundo Zanella (2006), em relação ao horário, a colheita deve ser efetuada em horários com temperaturas mais amenas, início da manha ou final da tarde, para evitar exposição ao calor excessivo após o corte que pode causar desidratação das hastes e murcha das flores.

Os objetivos das práticas de pós-colheita são a manutenção da qualidade, aumento da durabilidade e redução de perdas das flores após a colheita. Os principais procedimentos pós-colheita são: hidratação, classificação, embalagem e resfriamento. (ZANELLA, 2006).

Padrões de qualidade levam em conta aspectos externos, da qualidade como a estrutura floral (forma, comprimento); o número de flores e botões; a ausência de resíduos químicos, de pragas e doenças e de defeitos aparentes; e como internos, a longevidade em condições de interior; a resistência contra condições de estresse durante transporte e comercialização; a suscetibilidade ao resfriamento e etileno; ausência de defeitos escondidos e estabilidade da cor em

condições de interior ((LIMA et al 2008, apud NOORDEGRAAF, 1994).

Flores cortadas constituem um produto altamente perecível, de tal maneira que após a colheita as hastes devem ser transportadas o mais rápido possível do campo para o local de beneficiamento para evitar desidratação. No galpão de beneficiamento são realizadas operações de seleção, resfriamento, limpeza, condicionamento, embalagem, entre outras. (LIMA et al 2008, apud TAGLIACOZZO & CASTRO, 2002)

A vida pós-colheita de flores de corte varia grandemente, por exemplo, em antúrio de 8 a 69 dias (PAULL et al., 1992) e diferentes espécies de helicônia de 7 a 21 dias (POWELL, 1989). A longevidade das flores é determinada por vários fatores pré e pós-colheita e está relacionada, também, com as características genéticas e anatômicas de cada espécie e entre cultivares (LIMA et al 2008 apud NOWAK & RUDNICKI, 1990).

Como fatores pré-colheita, podemos citar o estado de maturação, sombreamento da cultura e cultivar e como fatores pós-colheita, a temperatura de armazenamento e a umidade relativa, intensidade luminosa, entre outros. As principais causas de deterioração pós-colheita envolvem a exaustão das reservas, principalmente de carboidratos pela respiração, ocorrência de bactérias e fungos, produção de etileno e perda excessiva de água (LIMA et al 2008 apud NOWAK et al., 1991). É altamente desejável a inibição desses processos deteriorantes.

Já para Wachowicz & Carvalho (1995),varios fatores anteriores à colheita, principalmente climáticos(ambientais) e genéticos, afetam diretamente diretamente a qualidade final das plnatas. Dentre os quais intensidade luminosa, temperatura, e condições de umidade. Entretanto, a agua se constitui uma necessidade primordial das flores colhidas.

Ainda segundo os mesmos autores, quanto à época de colheita, as flores de corte variam conforme a espécie, sendo influenciada, além das condições ambientais, por estação do ano, distancia do mercado e preferencia específica do consumidor. Devem ser cortadas antes de seu desenvolvimento pleno, pois assim a total abertura e manutenção da qualidade estão asseguradas.

A utilização de práticas adequadas de cultivo e uso de reguladores de crescimento frequentemente podem melhorar a qualidade da flor, por meio de regulação do período de florescimento, inibição do alongamento da haste floral, e muitas vezes influenciando no tamaño da flor e coloração da folhagem. (WACHOWICZ & CARVALHO, 1995)

4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Medicinais

Carvalho,(2010) em seus esudos relata que Muitos estudos e pesquisas necessitam ser feitos em relação aodesenvolvimento e teste de metodologias eficientes e viáveis de limpeza das plantas medicinais. Foram encontrados muito poucos trabalhos.

5 - CONCLUSÕES

A ação do etileno nas condições deste trabalho revelou-se pouco nítida para os integrantes da equipe. Apesar deste resultado, concluiu-se que houve uma leve modificação na cor do tomate, principalmente na região polar inferior e, a banana modificou sua cor ficando mais escurecida. Assim sendo, o trabalho foi proveitoso para os alunos, devido o conhecimento adquirido, sendo necessário em trabalhos futuros, serem analisadas outras variáveis nos procedimentos aqui descritos.

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