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A CURIOSIDADE MATOU O GATO

Por:   •  31/10/2021  •  Relatório de pesquisa  •  3.273 Palavras (14 Páginas)  •  178 Visualizações

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                                      PROBLEMA 2: A CURIOSIDADE MATOU O GATO!

1º.SOBRE OS ANTICORPOS:

  1. O QUE SÃO? São proteínas circulantes produzidas em resposta aos antígenos. São diversificados e específicos, constituindo os principais mediadores da Imunidade Adquirida Humoral (Linfócito B). Os anticorpos, as Moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MPCH’s) e os Receptores de Antígenos das Células T (TCR) são as três classes moleculares presentes na imunidade adquirida, reconhecendo os antígenos. Dessas três, são os anticorpos que ligam a maior variedade de estruturas antigênicas; mostram a maior habilidade para discriminar diversos antígenos e também são eles os que apresentam a maior força de ligação com os antígenos.  Os anticorpos podem existir de duas formas: ligados à membrana dos Linfócitos B, nesse caso funcionam como Receptores para Antígenos; e também na forma de Anticorpos Secretados na circulação, nos tecidos e nas mucosas, que por sua vez se conectam à antígenos, neutralizam suas toxinas e evitando a disseminação desses patógenos.
  • 1º) ANTICORPOS CONECTADOS À MEMBRANA DA CÉLULA B NAIVE/VIRGEM: o reconhecimento do antígeno pelos anticorpos ligados à membrana das células B Naive (virgens) vai ativar esses Linfócitos           iniciando a Resposta Humoral. Os anticorpos são produzidos pelas Células B. Na fase efetora da Imunidade Humoral, os anticorpos secretados pelas Células B se ligam aos antígenos, para eliminá-los. A eliminação do antígeno requer a interação do anticorpo com o Sistema Imunológico, por meio do Sistema Complemento, Células Fagocitárias e Eosinofílicas.  As funções efetoras dos anticorpos resultam na: neutralização do antígeno/ toxinas do antígeno; ativação do Sistema Complemento; opsonização dos patógenos pra auxiliar na fagocitose; Citotoxicidade Celular Dependente do Anticorpo (ADCC), que consiste na marcação do microrganismo para ser destruído pelas células do sistema imunológico inato; e hipersensibilidade imediata, na qual os anticorpos chamam os mastócitos. [pic 1]

[pic 2]

  • 2º) ANTICORPOS CIRCULANTES: a maior parte inicial dos anticorpos é encontrado nos órgãos e tecidos linfoides, como baço, linfonodos, medula óssea e MALT’s. Formas secretadas dos anticorpos se encontram no plasma sanguíneo, mas também, nas secreções mucosas e líquidos intersticial (matriz extracelular) dos tecidos. Os anticorpos secretados, normalmente, se ligam a outros tipos celulares efetores, como as Células Natural-Killer (NK), Fagpocitos Mononucleares (Macrófagos) e os Mastócitos, que apresentam receptores específicos para ligar moléculas de anticorpos. Quando o plasma ou o sangue formam um coágulo, os anticorpos permanecem no líquido residual, o Soro. O Soro que contém uma quantidade significativa de anticorpos é denominada Anti-Soro. Um homem adulto saudável, produz aproximadamente, 2 a 3 gramas de anticorpos diariamente. Quase dois terços dessa produção é chamado de Imunoglobulina A (IgA), produzidos pelas células B nas paredes do trato gastrointestinal e respiratório. Os anticorpos que entram na circulação possuem uma meia vida limitada. O anticorpo chamado Imunoglobulina G (IgG), é encontrado principalmente no soro.
  1. ESTRUTURA DOS ANTICORPOS: as proteínas do plasma ou do soro são separadas por sua solubilidade em: ALBUMINAS e GLOBULINAS, e podem ainda ser subdividas pela sua migração num campo elétrico (Eletroforese). A maioria dos anticorpos é encontrada num terceiro grupo, mais rápido, chamado IMUNOGLOBULINAS. Todas as moléculas de anticorpo apresentam as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam uma grande variedade no que tange ao local de ligação do antígeno. Esses ocais são responsáveis pela capacidade de se ligar a diversos antígenos (especificidade). Um anticorpo é composto por duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Tanto as cadeias leves quanto as pesadas tem uma unidade chamada DOMINÍO DA Ig, o qual é constituído por unidade homólogas com 110 aa, que se dobram em formato globular. Tanto as cadeias leves quanto as pesadas apresentam em sua extremidade uma região chamada Aminoterminal Variável (V)           reconhecimento do antígeno. A outra região é a região Carboxiterminal (C)           responsável pela função efetora dos anticorpos. Além disso, as cadeias pesadas existem em duas formas que diferem nas terminações carboxiterminais: uma forma das cadeias pesadas ancora os anticorpos ligados à membrana nas membranas plasmáticas dos linfócitos B, e a outra é encontrada somente nos anticorpos secretados.[pic 3][pic 4]

           [pic 5][pic 6]

  • CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES VARIÁVEIS (V): grande parte das diferenças entre sequências e variabilidade entre os diferentes anticorpos se dá pela presença de Regiões Hipervariáveis, que ficam pareadas entre as cadeias leve e pesada. Na molécula de anticorpo, as três regiões hipervariáveis do domínio V da cadeia leve e as três regiões hipervariáveis do domínio V da cadeia pesada se aproximam e são mantidas juntas para criar uma superfície de ligação ao antígeno. Essa junção é denominada Região Determinante da Complementariedade (CDR). As diferenças na sequência entre as CDRs de diferentes moléculas de anticorpo contribuem para superfícies distintas de interação e, dessa maneira, para as especificidades dos anticorpos individuais.
  • CARACTERÍSTICA DAS REGIÕES CONSTANTES (C) E SUA RELAÇÃO COM AS FUNÇÕES EFETORAS: com base nas diferenças entre as cadeias pesadas, as imunoglobulinas são subdividas em classes isótipos, como: IgA, IgD, IgE, IgG, IgM, que ainda são divididos em subclasses. Os diversos isótopos e subtipos de anticorpos existentes desempenham funções efetoras diferentes. A maior parte das funções efetoras dos anticorpos é mediada pela ligação das regiões Constantes (C) da cadeia pesada a receptores em várias células, como fagócitos, células NK e mastócitos, e a proteínas do plasma, como as proteínas do Sistema Complemento. As moléculas de anticorpos são flexíveis, o que possibilita uma ampla rede de ligação aos antígenos. Essa flexibilidade é conferida pela Região da Dobradiça, localizada entre a cadeia leve 1 e a cadeia pesada 2. [pic 7]

 [pic 8]

  1. QUAIS AS CLASSES DE ANTICORPOS, SUAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES?

 [pic 9]

  • IgM: é a terceira imunoglobulina mais presente no soro. É a primeira imunoglobulina produzida pelo feto. É a primeira classe de imunoglobulina produzida pelo Linfócito B Naive. Assim como a IgG, é uma boa fixadora da proteína complemento, auxiliando na lise do microrganismo. É uma boa alutinadora, ou seja, agrega microrganismo para serem eliminados pelo corpo. 
  • IgG: é a imunoglobulina mais versátil, pois realiza muitas funções de outras imunoglobulinas. É a principal componente do soro (75%). São responsáveis pela fixação das Proteínas do Sistema Complemento. Liga-se a células: macófagos, Linfócitos, Polimorfo Nucleares (PN’s). A IgG é importante no mecanismo da opsonização, ou seja, auxilia na fagocitose.
  • IgA: é a segunda mais comum no soro. É a principal classe de imunoglobulinas em secreções (suor, saliva, lágrimas, colostro e muco), por isso é importante na imunidade local, logo constitui uma barreira inata. Não fixa complemento. Pode se ligar à algumas células, como Polimorfos Nucleares.
  • IgD: seu papel no soro ainda é duvidoso. É encontrada na superfície dos Linfócitos D, funcionando como um receptor de antígenos. Ela se liga às proteínas Complemento.
  • IgE: é a proteína sérica menos comum no soro, uma vez que se liga à receptores Fc em basófilos e Mastócitos. Está envolvida em reações alérgicas. Aumenta consideravelmente em resposta à doenças parasitarias. Não se fixa às proteínas do complemento. 
  1. QUAIS CLASSES DE ANTICORPOS PASSAM AO EMBRIÃO?         A IgG é a única classe de imunoglobulinas que atravessa a placenta. A transferência é mediada pelo receptor da região Fc do IgG nas células placentárias. Nem todas as subclasses da Imunoglobulina G atravessam bem; a IgG2 não atravessa. A IgG materna também está presente no leite materno.
  2. COMO OCORRE A TROCA DE CLASSE DE ANTICORPOS? A etapa de diferenciação caracteriza-se por alterações significativas na morfologia dos LB e também pela troca da Região Constante da cadeia pesada de IgM ou IgD para IgG, IgA ou IgE, processo conhecido como mudança de classe. Esta etapa envolve eventos moleculares complexos como rearranjo ao nível do DNA genômico e splicing alternativo ao nível do RNA mensageiro. Neste processo as porções variáveis das cadeias pesada e leve permanecem as mesmas e consequentemente a especificidade antigênica do anticorpo não é alterada, mas a resposta imune se torna mais diversificada, uma vez que as diferentes classes de Ig apresentam diferentes características funcionais. O sinal gerado pela interação CD40/CD40L parece atuar de forma global no início do processo de mudança de classe. Pacientes com um tipo de deficiência de imunoglobulinas ligada ao X apresentam baixa expressão de CD40L em LT ativados, consequentemente os LB apresentam um defeito no processo de mudança de classe de imunoglobulinas com aumento nos níveis séricos de IgM mas não de IgG, IgA ou IgE, tornando o paciente mais susceptível a infecções piogênicas e ao desenvolvimento de doenças autoimunes e linfoma

2º.SOBRE OS VÍRUS:

2.1) CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS: os vírus são microrganismos celulares obrigatórios que se replicam dentro das células, frequentemente usando os ácidos nucleicos e a “maquinaria” de síntese de proteínas do hospedeiro. Os vírus tipicamente infectam uma grande variedade de populações celulares utilizando as moléculas normais de superfície celular como receptores para entrarem nas células. Depois de entrar nas células, os vírus podem causar lesão tecidual e doença por uma série de mecanismos. A replicação viral interfere na síntese de proteína e função de células normais e leva à lesão e à morte da célula infectada. Este resultado é um tipo de efeito citopático do vírus e a infecção é dita lítica porque a célula infectada é lisada. Respostas imunes inatas e adaptativas contra os vírus têm como objetivo bloquear a infecção e eliminar as células infectadas. A infecção é prevenida por interferons do tipo I como parte da imunidade inata e os anticorpos neutralizantes contribuem para a imunidade adaptativa. Uma vez que a infecção é estabelecida, as células infectadas são eliminadas pelas células NK na resposta inata e pelos CTL na resposta adaptativa.

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