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APS ANTICORPOS HUMANOS

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Por:   •  14/5/2013  •  5.042 Palavras (21 Páginas)  •  1.366 Visualizações

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Normalmente, nosso organismo está exposto a bactérias, vírus, fungos e parasitas, que ocorrem sobretudo na pele, na boca, nas vias respiratórias, no tubo intestinal, nas mucosas dos olhos e até mesmo nas vias urinárias. Muitos desses agentes são capazes de produzir doença grave, se invadirem os tecidos mais profundos. Além disso, podemos ficar intermitentemente expostos a outras bactérias e vírus altamente infecciosos, além dos normalmente presentes em nosso organismo, causando doenças letais, como pneumonia, infecções estreptocócicas e febre tifóide.

Felizmente, nosso organismo possui um sistema especial para combater os diferentes agentes infecciosos e tóxicos. Esse sistema é formado pelos leucócitos (glóbulos brancos) e por células teciduais originalmente derivadas dos leucócitos. Essas células atuam em conjunto, de duas maneiras distintas, para impedir a instalação de doença: (1) pela destruição efetiva dos agentes invasores pelo processo da fagocitose e (2) pela formação de anticorpos e linfócitos sensibilizados que, isoladamente ou em conjunto, podem destruir o agente invasor.

Anticorpos são glicoproteínas plasmáticas circulantes, do tipo das gamaglobulinas, denominadas também de imunoglobulinas (Ig). Cada uma interage especificamente com determinado antígeno (epítopo) responsável por estimular sua formação. São secretados pelos plasmócitos resultantes da proliferação e diferenciação do linfócito B.

O anticorpo possui uma função importante de se combinar especificamente com o epítopo que ele reconhece, provocando o aparecimento de sinais químicos indicando aos outros componentes do sistema imunitário, que há um invasor no organismo. Alguns anticorpos possuem a capacidade de aglutinar células e precipitar antígenos solúveis. Esta aglutinação facilita a fagocitose do micro-organismo e a precipitação de moléculas estranhas que são agressivas, podem torná-las inócuas.

Existem cinco classes de imunoglobulinas com função de anticorpos, são elas: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Estas se diferenciam pelas suas propriedades biológicas, localizações funcionais e capacidade de lidar com os diversos antígenos. A seguir abordaremos a função dos anticorpos

INTRODUÇÃO

O corpo humano tem a capacidade de resistir a quase todos os tipos de organismos ou toxinas que tendem a lesar seus tecidos e órgãos. Essa capacidade é denominada imunidade. Grande parte da imunidade se deve ao sistema imune especial formador de anticorpos e linfócitos ativados que atacam e destroem os microrganismos ou toxinas específicas. Esse tipo de imunidade é conhecido como imunidade adquirida. Outra parte da imunidade resulta mais de processos gerais do que de processos dirigidos para organismos patogênicos específicos. Trata-se da denominada imunidade inata. A imunidade inata abrange:

1. A fagocitose de bactérias e outros agentes invasores por leucócitos e células do sistema de macrófagos teciduais

2. Destruição de microrganismos deglutidos pelas secreções ácidas do estômago e pelas enzimas digestivas.

3. Resistência da pele à invasão por microrganismos.

4. Presença no sangue de certos compostos químicos que se fixam aos microrganismos estranhos ou às toxinas, destruindo-os. Alguns desses compostos incluem (1) a lisozima, um polissacarídio mucolítico que ataca bactérias e provoca sua dissolução; (2) polipeptidios básicos, que reagem com certos tipos de bactérias Gram-positivas, inativando-as; (3) o complexo do complemento, formado por cerca de 20 proteínas que podem ser ativadas de várias maneiras para destruir as bactérias; e (4) linfócitos citotóxicos naturais, capazes de reconhecer e destruir células estranhas, células tumorais e até mesmo algumas células infectadas.

Essa imunidade inata torna o organismo humano resistente a diversas doenças, como algumas infecções virais paralíticas de animais, cólera porcina, peste do gado bovino e cinomose — doença virótica que mata grande percentagem dos cães acometidos. Por outro lado, os animais inferiores são resistentes ou totalmente imunes a muitas doenças humanas, como poliomielite, caxumba, cólera humana, sarampo e sífilis, todas muito destrutivas ou até mesmo letais para o ser humano.

Além de sua imunidade inata, o corpo humano também tem a capacidade de desenvolver imunidade específica extremamente poderosa contra agentes invasores, como bactérias, vírus e toxinas letais e, até mesmo, contra tecidos estranhos de outros animais. Trata-se da denominada imunidade adquirida.

A imunidade adquirida quase sempre pode conferir grau extremo de proteção. Por exemplo, certas toxinas, como a toxina paralítica botulínica ou a toxina tetânica, podem ter sua ação anulada em doses de até 100.000 vezes a quantidade que seria letal sem imunidade. Esta é a razão da suma importância do processo conhecido como "vacinação" para a proteção dos seres humanos contra doenças e toxinas.

O organismo possui dois tipos básicos e estreitamente associados de imunidade adquirida. Em um deles, o organismo forma anticorpos circulantes, que são moléculas de globulina capazes de atacar o agente invasor. Esse tipo de imunidade é denominado imunidade humoral ou imunidade das células B. O segundo tipo de imunidade adquirida é obtido através da formação de grande número de linfócitos ativados, produzidos especificamente para destruir o agente estranho. Esse tipo de imunidade é denominado imunidade celular ou imunidade das células T. Tanto os anticorpos quanto os linfócitos ativados são formados no tecido linfóide. Em primeiro lugar, consideraremos o desencadeamento, pelos antígenos, do processo imune.

Antígenos

Como a imunidade adquirida não ocorre até que haja uma primeira invasão por algum microrganismo ou toxina estranha, é evidente que o organismo deve dispor de algum mecanismo para reconhecer a invasão inicial. Cada toxina ou tipo de microrganismo contém quase sempre um ou mais compostos químicos específicos na sua estrutura que difere de todos os outros compostos. Em geral, trata-se de proteínas ou grandes polissacarídios, sendo eles que desencadeiam a imunidade adquirida. Essas substâncias são chamadas antígenos.

Para que uma substância seja antigênica, ela deve em geral possuir peso molecular elevado, da ordem de 8.000 ou mais. Além disso, o processo da antigenicidade depende habitualmente de grupos moleculares que se repetem de maneira regular, denominados epitopos, sobre a superfície da molécula principal, o que explica por que as proteínas e

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