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AVALIAÇÃO DO ESTILO DE VIDA DE UM GRUPO DE EMFERMEIROS À LUZ DO PENTÁCULO DE BEM ESTAR: UM ESTUDO DE CASO

Artigo: AVALIAÇÃO DO ESTILO DE VIDA DE UM GRUPO DE EMFERMEIROS À LUZ DO PENTÁCULO DE BEM ESTAR: UM ESTUDO DE CASO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/3/2015  •  5.581 Palavras (23 Páginas)  •  548 Visualizações

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RESUMO:

Estudo de natureza qualitativa e quantitativa com objetivo de identificar e analisar, a partir do Pentáculo do Bem Estar (PBE), o perfil do estilo de vida dos enfermeiros e de que maneira afeta a saúde do bem estar desse grupo profissional. Os dados foram coletados na base on line da Scielo e Google Acadêmico, usando os seguintes descritores: “Pentáculo do Bem estar”, “doenças ocupacionais do enfermeiro” e “Qualidade de Vida”. Os eixos avaliados no perfil do bem estar incluem: características nutricionais, nível de stress, atividade física habitual, relacionamentos sociais e comportamento preventivo. Espera-se que o resultado da avaliação do perfil de estilo de vida dos enfermeiros, viabilize uma discussão que possibilite intervenções individuais, grupais e institucionais, objetivando mudanças comportamentais e a promoção da saúde e, sobretudo no controle do estresse proveniente de sua atividade ocupacional.

Palavras-chave: Enfermeiro. Estilo de vida. Estresse. Qualidade de vida. Pentáculo do bem estar.

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ABSTRACT:

This article seeks to identify and analyze, from the Well-Being Pentacle (WBP), the lifestyle profile of nurses and how this affects the health of the welfare of this professional group. The axes evaluated in the welfare of the profile include: nutritional characteristics, stress level, physical activity, social relationships and preventive behavior. It is expected that the result of the evaluation of the life of nurse’s style profile, makes possible a discussion that enables individual, group and institutional interventions, aiming behavioral changes and the promotion of health and especially in the control of stress from their occupational activity.

Key-words: Lifestyle. Nurse. Quality Life. Stress. Well-being Pentacle.

1. INTRODUÇÃO:

O estilo de vida e os hábitos pessoais incidem diretamente na qualidade da saúde do ser humano, e assim o foi ao longo da história das sociedades humanas. Contudo, os tempos hodiernos, se por um lado ofertam inúmeras possibilidades de se obter um padrão razoável de qualidade de vida acessível à maioria da população mundial, por outro apresenta uma sociedade cujo padrão de consumo e de oferta impõe pesada carga profissional e social sobre os indivíduos com o objetivo de atender suas necessidades.

Cada vez mais a rotina agitada imposta por essa dinâmica tem influenciado negativamente a vida dos indivíduos, trazendo consigo uma carga emocional e física que abre as portas para entrada de um visitante nada agradável: o estresse, que afeta diretamente a qualidade de vida e o bem estar dos indivíduos. Nesse viés, nunca se buscou tanto uma boa qualidade de vida como forma de se manter um bom equilíbrio dos fatores estressores.

Segundo, NAHAS (2006) a qualidade de vida:

(...) é definida como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano, e envolvem entre outras coisas as condições de trabalho, remuneração, educação e lazer, dentre outros.

Dentre os parâmetros individuais, o estilo de vida é um dos importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades. Enquanto os parâmetros socioambientais se destacam, ainda se discute a qualidade de vida como sendo um propulsor da longevidade e promotor do bem estar (NAHAS et al, 2000; NAHAS, 2003).

O termo qualidade de vida tem sido amplamente estudado e possui amplas definições (GIMENES, 2013; OLIVEIRA, 2011), todavia a mais aceita continua sendo a definição da Organização Mundial de Saúde (THE WHOQOL GROUP, 2004): "a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações".

Os estudiosos tem enfaticamente afirmado que o estilo de vida impacta diretamente na saúde dos indivíduos e somente uma mudança comportamental voltada para ações preventivas tem valia, o quão doentes ou saudáveis serão, a médio e longo prazo. Destacam como fatores determinantes de qualidade de vida: estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, disposição, prazer e espiritualidade (BARBANTI et al, 2002; NAHAS, 2003).

Várias são as definições de qualidade de vida. Para a Organização das Nações Unidas (2004) são parâmetros para esta definição o IDH ( Índice de Desenvolvimento Humano),.que tem como paradigma educação, longevidade e renda, contudo apresenta uma abordagem multicultural pois permite comparações com diversas populações diferentes.

Nas últimas décadas, tem sido abundante a produção de modelos e medidas que tentam explicar e avaliar o bem estar, a qualidade e o estilo de vida, e outros aspectos de um conceito maior denominado saúde.

Para Nahas et al (2000), focar positivamente nos fatores citados, associando-os a hábitos saudáveis continuamente, é a questão balizar para uma boa qualidade de vida, premissa básica para o bem estar social. Já é comum, no âmbito organizacional, instituir medidas de rotina em busca do bem estar coletivo. Nesse ponto, aborda-se as consideráveis ações de incentivo ao descaso programado, durante a jornada de trabalho, e as inserções de sessões moderadas de atividades físicas antes e durante o trabalho, tais como os alongamentos, respiração muscular e em alguns casos as meditações. Essas ações têm contribuído significativamente para o bom humor organizacional, auxiliando as grandes organizações a proporcionar bem estar ao seu efetivo.

Assim, nunca se buscou tanto uma boa qualidade de vida como forma de se manter um bom equilíbrio dos fatores estressores. Neste sentido, mudanças comportamentais podem ser relevantes para a prevenção e controle das doenças associadas à inatividade física, alimentação inadequada e outros hábitos de vida errôneos.

Diante dessa realidade, o presente estudo visa avaliar o perfil do estilo de vida do enfermeiro dentro um grupo de amostras e a qualidade de vida daí resultante. Amostras estas representadas por profissionais atuantes em um Pronto Atendimento de um Hospital Público da Região Metropolitana de Belo Horizonte, tipo de instituição de saúde rico em acontecimentos inesperados: panes, incidentes, anomalias de funcionamento, incoerência organizacional e imprevistos, situações estas que confrontam os

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