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Atps Bioquimica Med Vet

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Por:   •  2/4/2014  •  420 Palavras (2 Páginas)  •  590 Visualizações

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ATPS

Bovino –

O pH ruminal é fisiologicamente mantido em torno da neutralidade. A posição anatômica do rúmen propicia que tampões salivares tenham fluxo constante para o órgão. Um ambiente ruminal neutro foi importante evolutivamente para propiciar diversidade microbiana, dando ao ruminante a capacidade de fermentar praticamente todo tipo de substrato ingerido. Um ambiente muito ácido ou muito básico seria mais seletivo, provavelmente resultando em um menor número de populações microbianas anaeróbicas capazes de manter populações competitivas no fluído ruminal.

A mensuração do pH ruminal é um método auxiliar no diagnóstico da acidose ruminal em rebanhos leiteiros (Garret et al., 1999). A justificativa para esta prática é a sabida correlação negativa entre a concentração de AGV no fluído e o pH (Pereira & Armentano, 2000). Baixo pH, per se, é um fator na patogênese da acidose ruminal. Baixo pH pode causar distúrbio no transporte de eletrólitos podendo causar vesiculação e necrose das células da parede ruminal (Gaebel et al., 1989). Baixo pH também pode aumentar o estímulo aos receptores vagais da mucosa, capazes de inibir a motilidade do rúmen (Cottrell & Gregory, 1991; Crichlow & Leek, 1986), provavelmente por aumentar a velocidade de absorção dos AGV (Dijkstra et al, 1993).

Em ruminantes com alto nível de consumo de dietas de alta fermentabilidade o pH ruminal é mais ácido que o fisiologicamente observado em animais com baixo aporte energético. Reduzir a produção diária de AGV não é um caminho lógico para evitar a queda no pH, pois isto causaria queda no fluxo de nutrientes para o animal. Em ruminantes modernos com alto desempenho não se pode exigir que parâmetros descrevendo a fermentação ruminal sejam similares àqueles observados em ruminantes com baixa ingestão de energia. Dietas de alta fermentabilidade tendem a reduzir tanto o pH ruminal quanto a relação entre ácido acético e ácido propiônico. Uma amplitude normal de variação ao longo de 24 horas no pH ruminal de vacas leiteiras de alta produção vai de 5,5 a 7, enquanto a relação entre moles de acetato e moles de propionato fica ao redor de 2,5/1 (Pereira & Armentano, 2000). Maior pH e menor concentração de AGV são observados antes da primeira alimentação da manhã enquanto o momento de mínimo pH e máxima concentração de AGV normalmente ocorre de 10 a 12 horas após a primeira alimentação. Entretanto, o manejo alimentar, principalmente a freqüência diária de alimentação concentrada em sistemas que adotam o fornecimento de concentrados separadamente da forragem, pode afetar a variação circadiana na concentração de AGV e no pH do rúmen (Figura 1).

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