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Atps Neuroanatomia

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Por:   •  6/4/2014  •  4.290 Palavras (18 Páginas)  •  796 Visualizações

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A estrutura do sistema nervoso central compreende o encéfalo e a medula espinal, contém a substâncias cinzentas e brancas e é recoberto por ossos e meninges. O encéfalo divide-se em cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O cérebro é formado pelo telencéfalo e pelo diencéfalo, já o tronco encefálico divide-se em mesencéfalo, ponte e bulbo.

O encéfalo, e sua miríade de vias conectivas constituem o sistema nervoso, o sistema nervoso juntamente com o sistema endócrino regula as funções dos outros sistemas do corpo.

A função do sistema nervoso central pode ser classificada em três níveis principais. São eles o nível de medula espinhal, o nível cerebral inferior e o nível cerebral superior ou cortical. O nível de medula espinhal está relacionado apenas com a transmissão de impulsos do centro para a periferia e desta para o centro, mas também com a realização de reflexos motores em resposta a um determinado estímulo.

O nível cerebral inferior está relacionado com a grande maioria das atividades subconscientes.

O nível cerebral superior armazena a grande maioria da nossa memória e é o responsável pelos complexos processos mentais que envolvem o pensamento. Costuma-se dizer que é o córtex que abre o mundo para a nossa mente. É importante ressaltar que o córtex não funciona por si, dependendo, por exemplo, do estímulo da formação reticular para a manutenção do estado de vigília.

Quantos as sinapses elas podem ser classificadas em químicas e elétricas. Quase todas as sinapses utilizadas pelo sistema nervoso central no ser humano são sinapses químicas. Nas sinapses químicas o neurônio secreta uma substância conhecida neurotransmissor, o qual age sobre proteínas receptoras na membrana do próximo neurônio para excitar o neurônio, inibi-lo ou modificar sua sensibilidade de algum outro modo. Entre os neurotransmissores mais conhecidos temos a acetilcolina, noradrenalina, serotonina, histamina, ácido gama-aminobutírico (GABA) e glutamato.

As sinapses elétricas são conhecidas por apresentarem canais elétricos que transmitem a eletricidade diretamente de uma célula à outra. Ao contrário das sinapses elétricas, as sinapses químicas conduzem o estímulo em sentido único. O neurônio que secreta o transmissor é chamado de neurônio pré-sináptico enquanto o neurônio sobre o qual age o transmissor é chamado de neurônio pós-sináptico.

O neurônio pré-sináptico possui terminações pré-sinápticas que possuem em seu interior duas estruturaras importantes: as vesículas de transmissor e as mitocôndrias. A terminação pré-sináptica está separada do soma neuronal pós-sináptica, o qual possui proteínas receptoras, através da fenda sináptica.

Quando a onda de despolarização que caracteriza o impulso chega à terminação pré-sináptica, está faz com que as vesículas transmissoras liberem o neurotransmissor na fenda sináptica, o qual irá agir sobre as proteínas receptoras do neurônio pós-sináptico alterando a permeabilidade da membrana, o que leva a excitação ou inibição do neurônio pós-sináptico dependendo da característica do receptor.

Nas proximidades da membrana pré-sináptica diferentemente das outras regiões da membrana do neurônio pré-sináptico, encontra-se uma grande quantidade de íons cálcio no meio extracelular. A chegada da onda de despolarização faz com que grande quantidade de íons cálcio passe para o interior da célula nessa região, e a quantidade de íons cálcio que para o meio intracelular nesse momento está diretamente relacionada com a quantidade de neurotransmissor a ser liberado.

A substância transmissora age sobre o neurônio pós-sináptico de duas maneiras diferentes: através de um componente de fixação do neurônio pós-sináptico que se projeta na fenda sináptica e se liga ao neurotransmissor da terminação pré-sináptica, ou através de um componente ionóforo que pode ser um canal iônico ou um ativador do tipo segundo mensageiro.

Há vários tipos de sistema de segundos mensageiros, entre os quais a utilização de um grupo de proteínas denominados proteínas G, a ativação de monofosfato cíclico de adenosina (AMP), ativação de monofosfato cíclico de guanosina (GMP), ativação de uma ou mais enzimas celulares e a ativação da transcrição gênica.

Depois que uma substância promissora é liberada numa sinapse, essa substância deve ser removida. Isso ocorre por exemplo por meio de uma enzima específica.

Com relação ao efeito da excitação sináptica sobre a membrana pós sináptica, deve ser considerado o conceito de potencial pós-sináptico excitatório PPSE.

A liberação de um neurotransmissor aumenta a permeabilidade da membrana aos íons sódio. A entrada desses íons na membrana pós-sináptica diminui a negatividade das cargas no interior do neurônio pós-sináptico. Esse aumento de cargas positivas no interior do neurônio pós-sináptico e conseqüente diminuição da negatividade denomina-se potencial pós sináptico excitatório.

Quando o PPSE sobe suficientemente, atinge um ponto no qual este inicia um potencial de ação no neurônio. Esse ponto é conhecido como limiar da excitabilidade. Esse potencial de ação começa no seguimento inicial do axônio que abandona o soma neuronal, devido ao fato que o soma possui poucos canais de sódio voltagem dependentes enquanto o axônio possui quantidades maior desses canais.

Assim, PPSE pode formar o potencial de ação no axônio com muito mais facilidade que no soma. As sinapses inibitórias sobre a membrana pós-sináptica trouxeram o conceito de potencial pós-sináptico inibitório ou PPSI.

Se, por um lado, as sinapses excitatórias abrem os canais de sódio, por outro as sinapses inibitórias abrem os canais de cloreto. A entrada de íons cloreto e saída de íons potássio produzem uma hiperpolarização da menbrana pós-sináptica o que torna mais difícil ainda de ser atingido o limiar de excitação. Na mesma ausência de uma sinapse inibitória os íons cloretos encontram-se em maior quantidade no exterior devido a quantidade de cargas negativas no interior das células.

Existe um outro tipo de inibição conhecido como inibição pré-sináptica, onde cargas negativas cancelam as cargas positivas no próprio terminal pré-sináptico. Na maioria dos casos as substâncias inibitórias liberada é o GABA.

A formação de um potencial de ação depende de alguns fatores, como a somação espacial, ou seja, a quantidade diária estimulada, a somação temporal, desde que os estímulos ocorram em intervalos de tempo suficientemente rápidos e a facilitação dos neurônios, no caso daqueles que se encontram próximos do limiar de disparo.

O estado excitatório de um neurônio é definido

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