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Catarata

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Por:   •  4/3/2015  •  1.511 Palavras (7 Páginas)  •  275 Visualizações

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Catarata

O nosso tema é a respeito de uma doença que provoca o embaçamento do cristalino do globo ocular denominada catarata. Mas antes vamos explicar um pouco sobre a anatomia e fisiologia do olho.

O olho é formado por três camadas. A primeira é constituída pela córnea e pela esclera. A córnea é a membrana transparente mais superficial e a esclera é a chamada “parte branca” do olho. A segunda é a coróide, que externamente constitui a íris, referente à estrutura colorida e, dentro dela, há a pupila, correspondente à abertura por onde penetram os raios luminosos. A terceira camada é a retina, que é a mais interna onde forma-se a imagem, que é transmitida ao cérebro por meio do nervo ótico para ser interpretada.

Em relação ao conteúdo do olho, existe uma lente transparente que o divide em dois compartimentos preenchidos por dois líquidos: a câmara anterior, preenchida pelo humor aquoso, e a posterior, pelo humor vítreo. E essa lente, estrutura essencial para a acuidade visual responsável pela reflexão da luz na retina, denomina-se cristalino. A catarata atinge essa estrutura, modificando a sua transparência e tornando-a opaca, interferindo total ou parcialmente na absorção da luz que chega a retina, sem, no entanto, ocasionar dor. Portanto, o principal sintoma dessa doença é a existência de uma visão nublada, que piora com o passar do tempo e pode ocasionar até a cegueira. Visivelmente, ela é identificada pela pupila (abertura para o cristalino) esbranquiçada, devido ao cristalino estar localizado logo atrás dela.

Muitos a confundem com uma membrana que cresce sobre a córnea e que é retirada através de uma "raspagem"; a isso se dá o nome de Pterígio.

A catarata pode ser classificada, quanto à idade de início, em congênita e senil.

A congênita e as de desenvolvimento infanto-juvenil atingem recém-nascidos e crianças até 10 anos de idade e são provocadas principalmente por infecção intra-uterina (como, por exemplo, a rubéola), defeitos de cromossoma e consequentes síndromes (como a Síndrome de Down), alterações no metabolismo (como a diabetes) e por outros tipos de doenças. Quanto maior for a precocidade do diagnóstico, menores serão as chances de complicações posteriores. As bilaterais, quando totais, se não operadas até os três meses de vida, em geral acarretam nistagmo (referente a movimentos oculares oscilatórios, rítmicos e involuntários, geralmente de um lado para o outro) e ambliopia (quando um dos olhos assume a preferência e enxerga bem e o outro, menos participativo, deixa de desenvolver a capacidade visual plena). As monoculares, além da ambliopia, favorecem o aparecimento do déficit fusional (na interpretação da imagem pelo cérebro) e do estrabismo (desalinhamento do olho) entre 6 meses e 2 anos de idade. Um teste importante a ser feito pelo pediatra, para o diagnóstico, é a avaliação do reflexo vermelho através da pupila com um oftalmoscópio a uma distância de 25 cm, focalizando-se a opacidade que aparece escura ao exame.

A catarata senil é a de ocorrência mais comum, que geralmente é adquirida pelas pessoas acima de sessenta anos. Ela é ocasionada principalmente pelo envelhecimento natural das células do cristalino, embora existam outras origens: hereditariedade, trauma (lesão física ou por intensa radiação solar ultravioleta), uso de drogas (como esteróides), metabólicas, medicamentos e infecções oculares. O diagnóstico é feito quando a pessoa não consegue enxergar com clareza e isto começa a afetar as suas atividades diárias e é confirmado por meio de um exame oftalmológico completo. Primeiramente o paciente faz o exame em um aparelho chamado lâmpada de fenda onde o médico já detecta a opacificação do cristalino. Depois faz o teste da acuidade visual e o exame de fundo de olho. Se trocando as lentes dos óculos, ele consegue uma visão razoável, pode-se adiar a cirurgia e controlando clinicamente, ou seja, fazendo exames oftalmológicos periódicos. Em seguida, avaliando-se individualmente cada paciente, podem ser necessários alguns exames complementares que ajudariam a reduzir os riscos durante o ato cirúrgico.

Atualmente, não existe nenhum método de prevenção direta da catarata, sendo que o único tratamento eficaz conhecido consiste na intervenção cirúrgica. No entanto, o seu aparecimento não pressupõe a necessidade imediata de cirurgia, pois algumas cataratas são lentas e outras progridem com maior rapidez. Por isso, a decisão sobre quando operar deve ser tomada em conjunto pelo médico e o paciente. No passado havia a necessidade de esperar a catarata "amadurecer" para indicar a cirurgia, em função da técnica que era utilizada. Hoje com as novas técnicas cirúrgicas, quando a pessoa começa a não fazer o que gosta e muda a maneira de viver em função das limitações impostas pela catarata, está na hora de se submeter ao procedimento cirúrgico. Outra indicação para sua extração é quando a mesma está ocasionando um aumento na pressão intra-ocular do paciente. A idade avançada ou as condições físicas precárias não constituem obstáculo à cirurgia de catarata, até porque a reabilitação da visão proporciona melhora física e atitude mental mais positiva.

Antigamente, a cirurgia de catarata era considerada arriscada e era evitada sempre que possível. Havia a necessidade de internação hospitalar por uma semana ou mais e as complicações eram freqüentes, havendo a necessidade de usar um óculos extremamente forte após a cirurgia. Hoje em dia muitas coisas mudaram, a cirurgia de catarata é realizada em regime ambulatorial com anestesia local, as complicações são menos freqüentes e sempre que possível é colocada uma lente intra-ocular no lugar daquele cristalino retirado, evitando assim a necessidade de óculos com lentes muito fortes no pós-operatório.

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