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Controle De Infecção Hospitalar

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Por:   •  16/5/2014  •  5.387 Palavras (22 Páginas)  •  834 Visualizações

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CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Aluna: Jhennifer Carem

Há homens que lutam um dia e são bons.

Há outros que lutam um ano e são melhores.

Há os que lutam muitos anos e são muito bons.

Porém, há os que lutam toda a vida.

Esses são os imprescindíveis.

Bertolt Brecht.

INTRODUÇÃO

As infecções hospitalares constituem um sério problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São causa importante de morbidade e mortalidade relacionada a pessoas que se submetem a algum tipo de procedimento clínico-cirúrgico como forma de tratamento.

Infecção hospitalar ou infecção nosocomial é qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia.

Há mais de vinte anos, a infecção hospitalar era um fantasma que pairava nos quartos e corredores dos hospitais, assombrando apenas os médicos e enfermeiros. A agonia sofrida pelo ex-presidente brasileiro Tancredo Neves trouxe esse fantasma para o cotidiano de todos os brasileiros. Termos como septicemia, diverticulite, infecção generalizada se popularizam.

Desde então, a infecção hospitalar não mudou, apenas tornou-se mais conhecida, permanecendo como um dos flagelos mundiais na área de saúde, pois nenhum país tem o controle absoluto da infecção hospitalar, apenas existem países que possuem números mais baixos de contaminação.

Na Lei Federal nº. 8.080/1990 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, o Controle das Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde, tradicionalmente chamadas de Infecções Hospitalares, está considerado no âmbito da epidemiologia. Definido como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes da saúde individual ou coletiva, tem a finalidade de recomendar e adotar medidas de controle e prevenção das doenças e seus agravos (BRASIL, 1990a).

Conhecer o evento e os determinantes das doenças e agravos à saúde é importante para estimular ações para prevenção. Desse modo, a infecção hospitalar é o evento em questão, uma doença que consta na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), sob o código B99 – doenças infecciosas, outras e as não especificadas e que são relacionadas freqüentemente a eventos classificados sob os códigos: Y95 - circunstância relativa a condições nosocomiais (hospitalares); Y62 – assepsia insuficiente durante a prestação de cuidados cirúrgicos e médicos; Y64- medicamentos ou substâncias biológicas contaminadas e outros referentes a complicações de assistência médica e cirúrgica.

Assim, a infecção hospitalar caracteriza-se como um a patologia causada na maioria das vezes por múltiplos microorganismos (bactérias, fungos, vírus) cuja progressão associa-se a vários co-fatores. Para diagnosticar esse tipo de afecção é necessária a utilização de metodologias que possibilitem incorporar os vários fatores, permitindo perceber a interferência da multicausalidade da doença (LOPES et al,in COUTO, 1999).

A multicausalidade é um fenômeno determinante para auxiliar na intervenção dos diversos segmentos da área de saúde no tratamento, no controle e na prevenção 14 das infecções hospitalares. Essa característica atribui uma gravidade na afecção que é tratada na esfera da saúde pública e como tal, constitucionalmente, é dever do Estado a sua atenção, uma vez que ele é responsável direto em garantir o bem-estar da população, centrada no tripé previdência social/assistência social/saúde.

Por meio de imposição legal, torna-se clara a intencionalidade do legislador na valorização de ações preventivas como forma de subsidiar a promoção da saúde do cidadão, considerando medidas que evitem o surgimento de doenças e suas complicações. No Brasil existe uma preocupação maior com o tratamento e não especificamente com a prevenção, conforme afirma Ribeiro (2006 p. 01): “Os sistemas não encorajam a prevenção, só a intervenção”.

No que concerne à saúde, torna-se evidente que a principal medida a ser adotada é a prevenção, conforme determina o artigo 196 da Carta Magna:

Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Em uma visão panorâmica, no Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES, 2007), existem 4.985 hospitais gerais assim distribuídos nos estados: 740 em São Paulo, 598 em Minas Gerais, 505 no Paraná, 459 no Rio de Janeiro, 434 na Bahia, 354 em Goiás, 334 no Rio Grande do Sul, 202 em Santa Catarina, 204 no Ceará, 182 no Pará, 166 em Pernambuco, 161 no Mato Grosso, 127 na Paraíba, 111 em Mato Grosso de Sul, 109 em Piauí, 97 no Espírito Santo, 80 em Rio Grande do Norte, 74 em Tocantins, 59 em Rondônia, 37 no Sergipe, 42 no Distrito Federal, 27 no Amazonas, 22 no Maranhão, 15 no Acre, 11 em Roraima, 06 em Alagoas e 06 no Amapá.

Trata-se de um trabalho instigante, faz com que quanto mais se conheça do assunto, mais se queira conhecer e acaba-se percebendo que se dedicam muitas horas para essa função, além do combinado no contrato de trabalho. Sendo assim, percebe-se que a portaria delineia as ações, propõe a composição dos membros, dá ênfase à CCIH, na função de consultoria, mas no que se refere ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, não é clara quanto à especificidade de funções, ou seja, quem faz o quê para a operacionalização das ações. Como o enfermeiro é o membro com designação de maior carga horária exclusiva

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