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Descarte De Medicamentos Em Lagos E Rios

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Por:   •  28/11/2014  •  1.447 Palavras (6 Páginas)  •  953 Visualizações

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Introdução.

O Brasil é considerado um dos países com um dos mais ricos em recursos hídricos do mundo. Além da sua utilização em hidrelétricas e em indústrias, as águas também são captadas para o uso doméstico. Antes de chegar à casa do consumidor, é necessário passar por diferentes tratamentos de despoluição e aditivo de flúor.

Entretanto, mesmo com o rigoroso tratamento recebido e controle das ETA (Estação de Tratamento de Água), micro poluentes como os resíduos químicos provenientes de medicamentos, não são removidos e acabam sendo distribuídos no sistema de água. Tornando assim, questionável a qualidade do saneamento básico disponível para o cidadão.

Neste trabalho será tratada a questão do descarte de medicamentos nos meios hídricos e suas consequências para o ser humano.

Esta situação vem ocorrendo há certo tempo por conta de falta de informação de descarte adequado, automedicação excessiva em conjunto com a falta de amplo controle sobre a comercialização de medicamentos.

Com o auxílio do CONAMA 358, o governo busca fiscalizar e regulamentar o descarte de medicamento para alcançar a excelência da qualidade da água distribuída para consumidor.

Muitas pessoas possuem em suas casas uma “farmácia particular” ,onde vários medicamentos são comprados por prescrição médica para a realização de algum tratamento, outros são comprados já se pensando em necessidades futuras e ficam ali, guardados. No primeiro caso, quase sempre sobram medicamentos ao final do tratamento por , por exemplo, uso incorreto das quantidades orientadas por dia pelo médico. No segundo caso, o acúmulo de medicamentos desnecessários acabalevando ao esquecimento e quando é preciso usá-lopercebem que ele já esta vencido. Os dois casos geram a mesma pergunta – Onde descartar esses medicamentos?

O descarte de medicamentos inadequado tem sido um grande problema à saúde pública e ao meio ambiente, que afeta a fauna e a flora do local onde esta sendo descartado, portanto merece ser bastante discutido. Uma vez jogado, por exemplo, no lixo comum, esses resíduos sólidos, que contem substancias químicas ,vão parar em aterros sanitários (não próprios para o recebimento desses resíduos), em esgotos e acabam parando em rios , lagos e oceanos provocando uma contaminação da água e do solo. Cada composto interfere no meio de uma maneira como pela alteração do desenvolvimento das plantas ou incorporação pelos animais. Como um exemplo temos a auto resistência de bactérias que entram em contato com antibióticos.

Uma pesquisa feita pelas faculdades Oswaldo Cruz revela que de 1.009 pessoas entrevistadas em São Paulo, 7% estavam orientadas sobre o descarte adequado de medicamentos, 75,32 % descartam a medicação em lixo doméstico e 6,34 % a jogam na pia ou vaso sanitário. Sendo que 92,5% desses entrevistados nunca se perguntaram qual a forma correta de fazê-lo. Esse resultado reflete a falta de conscientização das pessoas e o tamanho do dano que elas estão causando ao planeta. O que for feito hoje ao meio ambiente que nos permite a sobrevivência, será colhido amanhã. Um desastre que o homem estápreparando para si mesmo.

A administração dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde desde a geração, até o armazenamento, coleta, tratamento e disposição final tem sido um grande desafio. Muito se falava a esse respeito, mas poucas leis abordavam esse assunto, o que faz com que poucas pessoas saibam a importância de se tomar os devidos cuidados no descarte desses resíduos , em como fazer esse descarte e que existissem poucos pontos de coleta. Tendo poucos pontos de coleta era favorecido o descarte em pias, vasos sanitários e lixo comum, pois ninguém iria atravessar a cidade para fazer um descarte adequado de algumas caixas de medicamento.

Em 2005, foi criada a Resolução CONAMA 358 que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de serviços de saúde. O objetivo é estabelecer atividades preventivas , ou seja, que evite a contaminação do meio ambiente, uma vez que essa ação é menos custosa do que minimizar ou corrigir os danos que já foram causados.

Essa resolução determina que todas as Industrias geradoras dessas substâncias, devem elaborar ou implantar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS. Ela também separa os Resíduos Sólidos por grupos, determinando a disposição final para cada um desses grupos. No caso dos medicamentos, constituem o grupo B que segundo a lei trata-se de resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar riscos a saúde pública e ao meio ambiente, dependendo das suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade, por exemplo,produtos hormonais, imunossupressores, tintas de tatuagens que muitas vezes tem compostos químicos, entre outros.

Ainda segundo a resolução, resíduos sem características de periculosidade, não necessitam de tratamento prévio. Os resíduos quando em estado sólido, podem ter disposição final em aterros licenciados. Quando no estado líquido, podem ser lançados em corpo receptor ou na rede pública de esgoto, desde que atendam as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recurso hídricos e de saneamento competentes.

Falando-se em Resíduos Solidos de Serviços de Saúde, os responsáveis pela disposição final destes não é o município e sim o próprio gerador desses resíduos. Ou seja, as próprias indústrias que estão tão preocupas com a venda dos medicamentos, também devem se preocupar com onde serão lançados esses compostos quando inutilizados. Algumas empresas vêm desenvolvendo projetos para facilitar a coleta e a separação dos medicamentos segundo suas características. Em um projeto chamado Ecomed, por meio de uma tela de computar o usuário é orientado sobre o passo a passo do descarte. O cliente chega com a

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