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MEIO AMBIENTE: DESCARTE DE MEDICAMENTOS

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Por:   •  5/6/2013  •  5.272 Palavras (22 Páginas)  •  1.972 Visualizações

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MEIO AMBIENTE: DESCARTE DE MEDICAMENTOS

UMA AÇÃO CONSCIENTE

EUDA ALBUQUERQUE

RESUMO

O descarte de medicamentos vencidos é uma preocupação relevante para a saúde pública, pois podem ser considerados resíduos tóxicos de acordo com sua composição. Para isso o estudo realizou pesquisas bibliográficas em fontes primárias e secundárias para obter um levantamento sobre o destino dos medicamentos descartados. Sendo assim, o objetivo deste estudo é abordar questões sobre as reações químicas que podem ocorrer nos remédios quando dispostos no meio ambiente e as possíveis influências sobre os seres vivos (humanos, animais e plantas) e ainda se há no município uma solução ou local adequado para descarte desses medicamentos. Concluí que a maior parte da população descarta os medicamentos inadequadamente por não saber os malefícios que estes causam ao meio ambiente e também pelo fato de não ter um local correto para serem descartados.

Palavras-chave: Descarte; Meio Ambiente; Medicamentos; Contaminação

ABSTRACT

The disposal of expired medications is an important concern for public health, as may be considered hazardous waste according to its composition. For this study conducted literature searches on primary and secondary sources to obtain a survey of the fate of drugs discarded. Thus, the aim of this study is to address questions about the chemical reactions that occur in medicine when discharged into the environment and their possible influence on living beings (humans, animals and plants) and even if there is a solution in the county or local level to dispose of these medications. I concluded that most of the population discards drugs inappropriately by not knowing the harm they cause to the environment and the fact of not having a proper place to be discarded.

Keywords: Drop, Environment, Drugs; Contamination

1. INTRODUÇÃO

Os medicamentos, administrados na própria residência, quando vencidos trazem riscos à saúde no caso de ingestão não acidental e acidental por idosos ou crianças. Outro problema é a degradação do meio ambiente causada pelo descarte indevido por falta de informação. Embora não seja de conhecimento da maioria da população, o lixo comum ou vaso sanitário não são os destinos corretos para eliminação desses produtos.

Entretanto com a evolução dos medicamentos, além das vantagens no combate às doenças existem os problemas advindos de sua fabricação e utilização. As sobras de tratamentos anteriores, ou mesmo dispensação de medicamentos em quantidade superior ao tratamento devido prescrição incompleta ou incorreta, juntamente com a impossibilidade de fracionamento de alguns desses produtos, podem causar o seu acúmulo na residência dos usuários e posterior perda do prazo de validade (EICKHOFF; HEINECK; SEIXAS, 2009).

Para alguns autores como Serafim et al. (2007) orientam o descarte de medicamentos líquidos, com exceção de antibióticos e os de controle especial, em água corrente (pia, tanque ou vaso sanitário), sendo a embalagem descartada diretamente no lixo após lavagem, no caso de medicamentos sólidos como comprimidos, tabletes e drágeas, podem ser dissolvidos em água e dispensados da mesma forma que os líquidos. Entretanto, já há comprovação da contaminação de águas superficiais através de rede de esgotos, por isso, não é recomendado esse tipo de descarte (EICKHOFF; HEINECK; SEIXAS, 2009).

Sendo assim o órgão responsável pela regulamentação dos meios de descarte desses medicamentos é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que através da resolução RDC 306/04, exige que estabelecimentos de serviços saúde disponham de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), porém, ainda não foram editadas normas que abranjam o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos. Sendo assim, o correto seria entregar os medicamentos vencidos em farmácias, postos de saúde ou hospitais que os recebam, para que sejam processados por empresas especializadas juntamente com o lixo hospitalar.

Dessa forma esse estudo justifica-se pela necessidade de abordar que o primeiro passo para resolver a questão seja divulgar cada vez mais as consequências do descarte incorreto de medicamentos para que as pessoas comecem a pressionar as autoridades por uma ação rápida e eficaz. Muitas vezes, por falta de informação, as pessoas não se dão conta que atitudes inadequadas podem prejudicar o meio em que vivem e as consequências poderão refletir na vida de cada ser humano influenciando negativamente na sua saúde e no bem estar.

Diante dessa problemática pretende-se promover a formação de conhecimentos, mudanças de atitudes e conscientização das pessoas que a colaboração de cada indivíduo é importante para ajudar a diminuir as agressões ao meio no qual vivemos.

Portanto a realização desse estudo busca um ser consciente de seus atos, que desenvolva ações e mudanças de atitudes no descarte de medicamentos e assim contribua com a melhoria de vida e saúde na comunidade, obtendo com isso um ambiente saudável e sustentável.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Resíduos de medicamentos

Grande parte da população brasileira possui medicamentos em sua residência, acumulando-os de forma a constituir o que pode-se denominar de farmácia caseira (um estoque domiciliar de medicamentos), da qual também fazem parte outros instrumentos relacionados à saúde (FERNANDES; PETROVICK, 2004). O resultado dos medicamentos que sobram de tratamentos finalizados e dos que são comprados em quantidades desnecessárias são guardados para serem utilizados novamente pela população nesta farmácia caseira (OLIVEIRA, 2012).

O profissional farmacêutico deve orientar quanto ao armazenamento e descarte, capacitando os Agentes Comunitários de Saúde, visando evitar a exposição da população a riscos, assim como a contaminação do meio ambiente (BUENO; WEBER; OLIVEIRA, 2009). Esses acúmulos de medicamentos nas residências acabam por gerar resíduos indesejados.

Uma das ferramentas utilizadas no gerenciamento de RM segundo (ANVISA

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