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Ecologia é fundamental para um futuro sustentável

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Por:   •  17/2/2015  •  Tese  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  183 Visualizações

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Ecologia é fundamental para um futuro sustentável

Construir a cidadania com ciência

2010-07-13

Por Susana Lage (texto) Bárbara Gouveia (fotos)

Helena Freitas é investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra

Helena Freitas é investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra

A ciência ecológica contribuiu muito para o conhecimento do mundo natural actual. Mas "é essencial reorientar a investigação, garantindo um futuro em que os sistemas naturais e o Homem coexistam num planeta mais sustentável", afirmou Helena Freitas ao Ciência Hoje.

“O contributo mais importante da ecologia para a cidadania deve-se a esta ter um ensinamento fundamental e transversal que é o facto de existirmos em relação e a necessidade de percebermos este equilíbrio de que os sistemas vivos funcionam porque somos em relação”, explicou a cientista durante o Encontro com a Ciência e Tecnologia em Portugal, que se realizou entre 4 e 7 de Julho, em Lisboa.

De acordo com a investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, “esta cultura é muito importante para o mundo de hoje porque nos faz perceber que temos de respeitar todas as formas de vida, que todas elas têm a sua função, o seu espaço. Se são ou não importantes do ponto de vista directamente para o homem não é relevante, o que é relevante é percebermos que para que os sistemas funcionem, as espécies têm de se manter lá porque são uma parte activa desse sistema”.

O conhecimento ecológico é essencial para o êxito da transição para a sustentabilidade. “Hoje a ecologia tem preocupações que são muito importantes para o mundo e que se relacionam com até que ponto os sistemas naturais continuam a ter capacidade de produzir os bens e serviços de que a humanidade precisa. Até que ponto eles têm capacidade de resiliência face às ameaças que persistem e que são crescentes. E até que ponto nós também, enquanto sociedades, conseguimos manter uma determinada forma de estar e um modelo de desenvolvimento que é cada vez mais incompatível com a sustentabilidade do planeta”, explica Helena Freitas.

Garantir a sustentabilidade

Os ecossistemas humanizados e a exploração intensiva de recursos definem o futuro do planeta, por isso a ecologia deve assumir um papel mais activo na comunicação da investigação que produz e na influência das políticas e das decisões que afectam o meio ambiente. Segundo a cientista, “existem ecólogos que trabalham a uma escala global, outros que trabalham no subsolo ou no fundo do mar, mas a grande preocupação que toda a comunidade científica que trabalha em ecologia tem é, de forma urgente, compreender o funcionamento dos sistemas vivos e traduzir isso em políticas que são compatíveis com o desenvolvimento das sociedades humanas no seu conjunto”.

“O século XXI é o século do paradigma ecológico”, afirma a ecóloga.

“O século XXI é o século do paradigma ecológico”, afirma a ecóloga.

“Actualmente vivemos com ameaças que nos colocam dúvidas permanentes, como as alterações climáticas, as necessidades alimentares, a questão energética, etc.”, descreve Helena Freitas. Daí que para a ecóloga, este seja “um momento particularmente interessante para a ecologia porque é preciso trabalhar nos grandes sistemas naturais e perceber como é que a bacia da amazónia consegue regular o clima em todo o hemisfério sul”, exemplifica. “Ou como é que a alteração da temperatura à escala planetária interfere também os sistemas costeiros”, acrescenta.

“O século XXI é o século do paradigma ecológico”, assegura Helena Freitas. O desafio da sustentabilidade ecológica depende cada vez mais dos países que viveram a revolução industrial, onde a população tem acesso a educação e qualificação profissional, bem como à participação livre e democrática nos processos de decisão. É nestes países que melhor se pode desmistificar a visão mundial dominante e deixar que a mensagem da sustentabilidade possa mais rapidamente conciliar o pensamento económico e a ecologia. “A ecologia, ao virar-se para fora e transmitir uma mensagem de cultura do universal também traz para o seu próprio discurso aquilo que não tinha, o discurso político e económico que é estratégico para se conseguir impor a nova leitura ecológica do mundo”, sublinha.

Cidadãos ecológicos

A cientista observa “nas gerações mais novas uma visão ecolágica do mundo e sobretudo com uma prática em conformidade com isso”. Trata-se de um aspecto positivo “porque que tem sensibilidade para gostar, estimar e apreciar

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