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Endometriose

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Por:   •  23/5/2014  •  Seminário  •  3.367 Palavras (14 Páginas)  •  293 Visualizações

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Trabalho Epidemiologia

Endometriose

Perguntas freqüentes:

O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.

Endometriose é uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

Endometriose profunda é a forma mais grave da doença. As causas ainda não estão bem estabelecidas. Uma das hipóteses é que parte do sangue reflua através das trompas durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a causa seja genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico.

Quais os principais sintomas de quem sofre com a endometriose?

A grande maioria têm dismenorréia, ou seja, cólica menstrual, o primeiro e mais importante sintoma. Muitas vezes, são cólicas intensas que incapacitam as mulheres de exercerem suas atividades habituais. A dor pode ainda manifestar-se durante a relação sexual, quando o pênis encosta no fundo da vagina. Este é o segundo sintoma. Além desses sintomas, podem estar presentes a dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação. Nos casos mais avançados, a dor pode ocorrer também fora do período menstrual.

Como diferenciar uma cólica normal da característica da endometriose?

Na verdade, não existe uma diferenciação muito clara porque há pacientes com endometriose e poucas cólicas durante a menstruação. Entretanto, o raciocínio é sempre orientar as mulheres a procurarem um médico quando tiverem cólicas com certa resistência a melhorar com remédios ou que as incapacite de exercer suas atividades normalmente.

Os sintomas da presença da endometriose podem confundir e retardar o diagnóstico da doença?

Sim. E para identificá-la é importante saber que a doença pode acometer mulheres a partir da primeira até a última menstruação, com média de diagnóstico por volta dos 30 anos. Em média, a mulher tem 32 anos quando é feito o diagnóstico da doença. Em 44% dos casos passaram-se cinco anos ou mais até a doença ser diagnosticada. De 40% a 50% das adolescentes que apresentam cólica incapacitante. A investigação clínica, a anamnese bem feita seguida de um exame físico adequado, o toque vaginal que permite verificar alguns aspectos característicos da doença, tudo isso faz parte do exame ginecológico normal e de rotina que não visa ao diagnóstico da doença em si, mas que pode funcionar como prevenção primária para a endometriose. O exame ginecológico é o ponto de partida para estabelecer o diagnóstico da endometriose. Se a doença se assesta no ovário, o ginecologista pode perceber o aumento dos ovários pelo toque. Se acomete a região que fica entre o útero e o intestino, um tipo de endometriose que se chama endometriose profunda, o toque permite perceber espessamentos atrás do útero e dor quando o médico apalpa essa região. Quando a doença acomete o peritônio (tecido que reveste a cavidade abdominal) fica mais difícil estabelecer o diagnóstico pelo toque.

A doença apresenta fatores hereditários?

Alguns estudos apontam que existe um fator hereditário que deve ser levado em conta nos casos de endometriose. Entretanto, existem outros fatores de risco que devem sempre ser levados em conta, tais como a menstruação retrógrada, que leva o endométrio para a cavidade abdominal permitindo o desenvolvimento da doença no local. A imunidade da paciente também deve ser considerada, como o estresse e a ansiedade Isso vale para o câncer e vale para a endometriose. Por fim, deve-se considerar também o número de menstruações. Hoje, a mulher menstrua em média 400 vezes na vida, enquanto no começo do século passado menstruava apenas 40 vezes, porque a primeira menstruação ocorria mais tarde, ela engravidava mais cedo, tinha mais filhos e passava longos períodos amamentando.

A endometriose pode virar câncer?

O mecanismo das duas doenças tem muitas similaridades. Sabe-se, porém, que a relação entre endometriose e câncer é muito pequena, em torno de 0,5% a 1% dos casos. Na verdade, apesar de não caracterizar uma doença maligna, a endometriose se comporta de modo parecido, no sentido de que as células crescem fora de seu lugar habitual. Embora, na maioria das vezes, esse crescimento não tenha consequências letais, acaba provocando muitos incômodos. Por isso, pesquisadores suecos apresentaram um estudo onde a endometriose foi associada pela primeira vez ao aparecimento de diversos tipos de cânceres, especialmente o de ovário. Especialistas do Hospital da Universidade de Karolinska em Estocolmo, Suécia, analisaram os dados de 63.630 mulheres, que tinham sido atendidas pelo Hospital com o diagnóstico de endometriose, entre 1969 e 2002. Os cientistas encontraram 3.822 casos de câncer entre mulheres com endometriose. Segundo o trabalho, a doença aumentou o risco da mulher desenvolver o câncer de ovário em 37% do grupo analisado, risco de um terço acima da população normal das mulheres sem a doença. Também foram registrados aumento no número de casos de tumores endocrinológicos (38%), de câncer renal (36%) e de câncer da tireóide (33%). Os pesquisadores investigarão se o tratamento hormonal ou cirúrgico da endometriose tem relação com o risco aumentado do câncer.

Como posso diagnosticar e escolher o tratamento?

A classificação da endometriose leva em conta a extensão da doença. A mais aceita foi elaborada por uma sociedade americana e parte do procedimento de visualização das lesões, o passo seguinte depois do diagnóstico. O exame clínico, o marcador e exame de ultra-som são os meios adequados para definir as mulheres para as quais se deve indicar a laparoscopia, um exame realizado sob anestesia através de pequenas incisões no abdômen por onde se introduz um tubo ótico de aproximadamente 10mm de diâmetro para visualizar as áreas da cavidade abdominal em que se fixaram os implantes - nome que se dá ao tecido endometrial deslocado. É um procedimento cirúrgico menor que permite identificar tamanho, extensão e local de acometimento das lesões e iniciar imediatamente o tratamento

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