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Fisioterapia

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Por:   •  4/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.460 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Muitos dos sistemas de controle homeostático do organismo têm como base fisiológica uma sequência de estímulo-resposta, o reflexo. Embora em muitos reflexos o indivíduo tenha consciência do estímulo e/ou da resposta, em outros, nomeadamente nos que regulam o meio interno, não existe qualquer consciência por parte do indivíduo.

A via que medeia um determinado reflexo constitui o seu arco reflexo.

O arco reflexo é a resposta involuntária rápida, consciente ou não, que visa uma proteção ou adaptação do organismo sendo originado de um estímulo externo antes mesmo do cérebro tomar conhecimento do estímulo periférico, consequentemente, antes deste comandar uma resposta. Os atos reflexos são comandados pela substância cinzenta da medula espinhal e do bulbo.

O arco reflexo é constituído por um órgão sensitivo, um neurônio aferente, uma ou mais sinapses numa estação de integração, um neurônio eferente e um efetor. Nos mamíferos, a conexão entre os neurônios aferentes e eferentes somáticos ocorre geralmente no sistema nervoso central (SNC).

A atividade no arco reflexo tem início num receptor sensitivo com um potencial receptor (um dos tipos de potencial gradativo), cuja amplitude é proporcional à intensidade do estímulo. Se o estímulo for suficientemente intenso, gera-se em seguida um potencial de ação no nervo aferente. Os potenciais de ação dos nervos aferentes originam, no SNC, potenciais sinápticos inibitórios ou excitatórios (IPSP e EPSP, respectivamente). No nervo eferente, por sua vez, são gerados novamente potenciais de ação. Quando estes atingem o efetor, originam uma resposta (ex. contração muscular; secreção glandular). A atividade do reflexo pode também ser modificada através de múltiplas aferências que convergem nos neurônios eferentes.

Com base nessas informações, estudaram-se as manifestações reflexas somáticas superficiais e profundas em indivíduos da espécie humana, para observar como ocorrem estes reflexos e concluir se as respostas observadas fizeram-se presentes e se foram normais ou anormais.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 MATERIAL

Martelo de borracha

Bocal de caneta

Lenço de papel

Cadeira

2.2 EXPERIÊNCIAS

a) Reflexo plantar:esfregou-se a ponta de um objeto (por exemplo: bocal de caneta) ao longo da planta do pé, próximo ao lado medial.

b) Reflexo corneal: tocou-se a córnea de um dos colegas levemente com a ponta de um lenço de papel, aproximando-o pelo lado e de forma a evitar que ele evite o menos possível a manobra. Posteriormente, tocou-se a esclerótica para efeito de comparação dos dois resultados.

c) Reflexo patelar:posicionou-se o colega sentado de forma que os membros inferiores relaxassem livremente e identificou-se o ligamento patelar, percutindo-o com um martelo de borracha. Este procedimento foi realizado com as pernas dispostas em três graus de flexão: em ângulo próximo de 90°, em ângulo maior que 90° e em ângulo menor que 90°. Por último, pesquisou-se o reflexo com a pessoa agarrando fortemente os punhos puxando-os em sentidos opostos (manobra de Jendrassik).

d) Reflexo aquileu: posicionou-se o colega com o joelho apoiado sobre uma cadeira de forma que o pé relaxasse livremente. Com o martelo de borracha fez-se uma ligeira percussão sobre o tendão de Aquiles, repetindo depois com o outro membro.

e) Reflexo tricipital: pediu-se que o colega repousasse o braço sobre uma das mãos do examinador de forma que o antebraço balançasse livremente, formando um ângulo próximo de 90° com o braço. Depois disso, identificou-se o tendão de inserção do músculo tríceps braquial, a 2 cm do cotovelo e percutiu-se o martelo de borracha sobre este tendão.

3 RESULTADOS

No primeiro reflexo realizado, o reflexo plantar, constatou-se que a resposta mais comum aos estímulos foi a extensão dos pododáctilos, porém identificou-se também como resposta a flexão plantar do pé, a extensão do pé e houve também ausência de resultados em um dos indivíduos.

No reflexo corneal, observou-se que ao toque da córnea, o indivíduo responde piscando o olho. Posteriormente, constatou-se que o ato de piscar em resposta ao toque da esclerótica esteve presente, porém ocorreu de forma menos brusca que no toque da córnea.

A terceira experiência realizada foi a do reflexo patelar. A resposta reflexa identificada nessa experiência foi a extensão do joelho e concluiu-se que foi mais efetiva quando o ângulo de flexão do membro inferior era próximo de 90°. Quando em ângulo maior que 90° a resposta encontrada foi pouco efetiva e a um ângulo menor que 90° não foi detectado nenhum tipo de resposta por parte do indivíduo pesquisado. Ao pedir para o indivíduo realizar a manobra de Jendrassik a resposta foi ainda mais intensa do que quando realizada sem a manobra, com a perna flexionada em ângulo próximo a 90°. Isso ocorreu porque a manobra desviou a atenção do indivíduo para a manobra.

No reflexo aquileu, a percussão do martelo sobre os tendões calcâneos direito e esquerdo gerou a mesma resposta, a flexão plantar do pé.

No quinto e último reflexo, na percussão do martelo no tendão de inserção do tríceps braquial a resposta flexora identificada com unanimidade entre os indivíduos pesquisados foi a extensão do cotovelo.

4 DISCUSSÃO

Quando um músculo normal é alongado passivamente, suas fibras resistem à extensão contraindo-se. O alongamento pode ser causado por gravidade, manipulação ou outros estímulos. Nas respostas reflexas, a contração decorre de estimulação dos órgãos sensoriais no músculo, quer direta ou indiretamente por um estímulo aplicado aos seus tendões, ao osso ao qual ele está fixado ou à pele sobrejacente. (CAMPBELL, 2007)

O reflexo plantar é um estímulo de pressão que

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