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HISTORIA DA AIDS

Por:   •  1/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.848 Palavras (12 Páginas)  •  279 Visualizações

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História da AIDS

Considerada uma doença emergente e um dos maiores problemas de saúde do mundo desde a década de 80 até os dias atuais a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), é uma doença gravíssima, causada pelo retrovírus HIV (vírus da imunodeficiência humana).  O primeiro caso de AIDS registrado no mundo foi no início da década de 80. Conhecida cientificamente com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, contudo, foi descrita e catalogada em 1981. Os primeiros casos ocorreram nos EUA, Haiti e África Central, foram reconhecidos em função de um conjunto de sintomas (Pneumonia em pacientes homossexuais masculinos provenientes de grandes cidades norte-americanas como Nova York, Los Angeles e São Francisco). Embora esses sintomas já fossem conhecidos anteriormente, uma vez que, são os mesmos sintomas de outras doenças, eles nunca tinham sido observados ao mesmo tempo em pacientes sem históricos de doenças. No início como a incidência era somente em homossexuais, suspeitou-se que houvesse relação entre a doença e o estilo de vida. Não demorou muito para surgir casos entre heterossexuais, gestantes, crianças recém-nascidas. Com isso começou um estudo aprofundado para descobrir qual seria a origem dessa doença, forma de contagio, prevenção.

No Brasil os primeiros casos de pessoas infectadas com o vírus HIV, ocorreu no início do ano de 1980 e só foi classificada como uma doença grave em 1982, quando começou a disseminar vários casos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro. Na época como não havia histórico desse tipo de doença na região, ninguém sabia ao certo qual seria o tratamento tão pouco qual o diagnóstico da doença.

Várias notícias chegavam do EUA sobre um câncer que estaria atacando o sistema imunológico das pessoas, fazendo com que doenças geralmente fracas o suficiente para serem combatidas pelo próprio organismo se tornassem doenças letais. Em 1982, foi atribuído um nome temporário para doença que passou a ser chamada de 5H representando os homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (nome inglês dos dado às profissionais do sexo). Essa situação foi um prato cheio para questão da homofobia, os preconceituosos se apegaram ao fato da doença ter sido detectada inicialmente na comunidade homossexual. A AIDS foi taxada de castigo divino aos gays e seus hábitos sexuais promíscuos. O fato é que a doença não foi detectada somente em homossexuais masculinos. Na época, heterossexuais, principalmente as mulheres gestantes, também foram atacados pelo HIV, foi ai que começaram a ter conhecimento do fator da possível transmissão por contato sexual, uso de drogas ou exposição a sangue e derivados.

Infelizmente as pessoas mais conservadoras já haviam se apoderado e não largariam fácil a ideia que a AIDS era resultado de uma desobediência divina dos homossexuais. Tal pensamento não era exclusivo do Brasil, existem estudos que comprovam que o mundo todo, por alguns anos compartilhou dessa linha de pensamento. Mas, olhando por outro ângulo, a humanidade tem uma dívida eterna com os homossexuais. Atualmente temos a certeza que a Aids não teve sua origem através dos gays, nem tão pouco dos seres humanos, mas, foram exatamente os estudos desenvolvidos a partir da observação dos hábitos e estilo de vida, que revelaram informações básicas e cruciais sobre a AIDS. Fica claro e evidente que o estudo de uma epidemia ter sido detectada em um determinado grupo restrito facilitou seus estudos e a tomada de decisões que viriam a controlá-la em todo o mundo.

Em 1985 surgiu a primeira ONG do Brasil e da América Latina para dar apoio aos portadores do vírus HIV (GAPA – Grupo de Apoio à Prevenção da Aids). Nessa época, vários cientistas, laboratórios, governo, alianças internacionais, estavam trabalhando juntos em busca de um meio para um diagnóstico preciso e rápido da doença. Com o aumento cada vez maior de pessoas infectadas, e até então nenhuma solução existente para controlar ou eliminar o vírus HIV o governo federal criou um programa de controle “portaria 236/85”, a intenção era investigar mais profundamente a origem da doença, identificando o grupo de risco, sinais e sintomas, possíveis germes causadores, programas de educação sanitária, divulgação através te todos os meios de comunicação disponível informado que a doença pode ser transmitida sexualmente.  

Em 1987 foi transformado o dia 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde pelo ministro Leonardo Santos Simão. Nessa mesma época foi criado o SUS (Sistema Único de Saúde) e assim dado início ao fornecimento de medicamentos para o tratamento das infecções oportunistas a doença. Nesse período o Brasil já somava 4535 casos pessoas infectadas com o vírus HIV, também foi diagnosticado o primeiro caso em população indígena.

Entre os anos de 1990 a 2000, muita coisa mudou, os medicamentos para o tratamento já somavam 15, porém, a estrutura do sistema de saúde no Brasil era precária. As rede pública hospitalar não tinha estrutura física nem financeira para tratar com eficiência os pacientes infectados. Cada vez mais aumentava a quantidade de pessoas infectadas, e um dado alarmante era a quantidade cada vez maior de crianças e gestantes infectadas com o vírus HIV. Além da preocupação com o número de infectados, crescia cada vez mais o preconceito em torno da doença. Existe inúmeros casos relatados na mídia referente a maus-tratos de crianças, gays, gestantes e até pessoa famosas na época. A exemplo o caso da menina de cinco anos Sheila Cartopassi de Oliveira, que teve sua matricula recusada em uma escola de São Paulo, por ser portadora de HIV.

Recentemente no ano de 2013 foi desenvolvida uma vacina experimental contra a Aids conseguiu livrar um grupo de animais do vírus da imunodeficiência símia. O resultado também se mostrou duradouro. Pela primeira vez, cientistas conseguiram determinar a estrutura dos dois co-receptores utilizados pelo vírus HIV para entrar no sistema imunológico dos humanos. Com isso, ampliou-se a esperança em se desenvolver medicamentos mais potentes contra a doença.  

Com inúmeras descobertas no decorrer dos anos, o Brasil foi elogiado pela ONU por seu pioneirismo na luta contra AIDS, ao anunciar que oferecerá tratamento a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença. Até agora, o País vinha oferecendo tratamento antirretroviral pela sua rede pública apenas quando a contagem das células de defesa (CD4) do paciente alcança níveis abaixo de 500 células por milímetro cúbico de sangue. Com o anúncio do Ministério da Saúde, o Brasil passou a ser o primeiro país em desenvolvimento a oferecer terapia com retrovirais a todos os pacientes assim que a doença for diagnosticada.

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