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Hidrocefalia Congênita

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Por:   •  25/9/2014  •  8.805 Palavras (36 Páginas)  •  765 Visualizações

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Sumário

1. INTRODUÇÃO 4

2. REVISÃO TEMÁTICA 2

2.1 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- ASPECTOS HISTÓRICOS 3

2.2 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- DEFINIÇÃO 4

2.3 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- CLASSIFICAÇÃO 4

2.4 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- ETIOLOGIA 4

2.5 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- INCIDÊNCIA 4

2.6 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- SINTOMATOLOGIA 4

2.7 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- DIAGNÓSTICO 4

2.8 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- TRATAMENTO 4

2.8.1 Complicações 6

2.9 HIDROCEFALIA CONGÊNITA- PROGNÓSTICO 4

2.10 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 4

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 4

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4

1. INTRODUÇÃO

A hidrocefalia na infância, congênita, representa grande problema médico e social. Algumas estimativas atribuem uma incidência de 1- 3 por 1000 nascimentos somente para a hidrocefalia congênita.

É popularmente chamada de “água na cabeça” sendo uma condição clínica que afeta o paciente durante toda sua vida. O tratamento deste problema consiste em reduzir as complicações e favorecer uma melhor qualidade de vida para o paciente.

A Hidrocefalia Congênita está presente ao nascimento, embora possa passar desapercebida por anos. Ela se forma quando o cérebro e as estruturas vizinhas se desenvolvem de forma anormal. A causa exata é normalmente desconhecida, mas pode incluir causas genéticas e certas infecções durante a gravidez.

No que diz respeito ao tratamento, o uso de tubos e drenos em neurocirurgia está intimamente associado com a história da hidrocefalia. O uso de drenagens li¬quóricas valvuladas representou grande avanço, com acentuada diminuição da mortalidade e morbidade em crianças com hidrocefalia.

Estudos demonstram também que o tratamento cirúrgico precoce pode diminuir os efeitos tardios da hidrocefalia não-tratada, desde os esté¬ticos, como a macrocrania, aos funcionais, como a dificul¬dade nas aquisições neuropsicomotoras. Entretanto, as derivações ventriculares são cirurgias que apresentam muitas complicações, estas podem ser mecânicas, funcio¬nais, infecciosas e ainda gerar óbitos. Podem provocar lesões neurológicas, sofrimento e distúrbios psicológicos nos pacientes e familiares, além do aumento dos custos hospitalares.

Dentre os aspectos que despertam maior preocu¬pação estão as possíveis seqüelas apresentadas pelos pa¬cientes após o tratamento, sendo uma das mais temidas o retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, fator li¬mitante das potencialidades da criança e freqüentemente causador de desajustes familiares e sociais. É impres¬cindível que haja a atuação multidisciplinar através de ações preventivas proporcionando uma maior sobrevida ao recém-nascido considerado de risco ou portador de deficiência, com a estimulação adequada prevenindo ou impedindo danos mais graves, possibilitando a criança desenvolver o máximo do seu potencial.

Sendo assim, o exame de ultra-sonografia (USG) tem permitido diagnósticos cada vez mais precoces dos defeitos congênitos (DC) durante a vida intra-uterina, e tem sido utilizado como o principal método diagnóstico para rastreamento dos DC na população. Como conseqüência, a maior utilização da USG pelos obstetras, tanto na rotina quanto em gestações de alto risco, tem aumentado a detecção de anomalias fetais, dentre elas a hidrocefalia, cujo diagnóstico tem sido cada vez mais precoce.

Já no contexto da hospitalização e do manejo com pacientes críticos, a enfermagem deve estar capacitada, técnica e cientificamente para cuidar do paciente, atuan¬do como parte da equipe multiprofissional, mas desen¬volvendo cientificamente suas atividades específicas. A enfermagem, em especial na atuação com pacientes neu¬rológicos, exige da enfermeira conhecimentos de neuro¬anatomia, neurofisiologia, clínica neurológica, exames de neurodiagnósticos e de enfermagem, em cuidados inten¬sivos e em unidade de internação.

2. REVISÃO TEMÁTICA

2.1 HIDROCEFALIA- ASPECTOS HISTÓRICOS

A hidrocefalia é uma condição patológica conhecida desde a antigüidade. O primeiro paciente conhecido teria sido um faraó do antigo Egito chamado Ikhnaton. Hipócrates já no século V a.C. reconheceu que o tamanho do crânio poderia aumentar em decorrência do acúmulo de líquido. Reconheceu também os sintomas relacionados a essa condição, tais como cefaléia, diplopia e vômitos, e recomendou a realização de trepanação craniana ou punção da fontanela bregmática para se extrair o líquido acumulado. Galeno, no século II d.C., descreveu os ventrículos cerebrais e os plexos coróides, entre várias outras importantes descobertas no campo da neuroanatomia, e reputou o líquor, ou líquido cefalorraquidiano (LCR), como contendo o espírito dos animais.

No século XI Abulcasis, cirurgião do mundo oriental, descreveu em sua obra a presença de vários recém-nascidos com hidrocefalia e recomendou a realização de incisões cranianas que permitissem a saída do líquido em excesso (Gutierrez, 2006). Vesalius em sua famigerada obra “De Humani Corporis Fabrica” descreve detalhadamente uma criança de dois anos com hidrocefalia congênita, enfatizando o exagerado tamanho do segmento cefálico.

A partir do século XVI vários estudos anatômicos foram se somando e assim propiciaram uma melhor compreensão da fisiologia do LCR e conseqüentemente da fisiopatologia da hidrocefalia. Thomas Willis, no século

XVII, foi o primeiro a reconhecer que o LCR era secretado pelos plexos coróides e drenado para o sistema venoso, propondo porém erradamente que esta reabsorção se daria na cavidade nasal, depois que o LCR atravessasse a lâmina crivosa do osso etmóide. Morgagni, já no século XVIII, foi o primeiro a descrever a associação de hidrocefalia com mielomeningocele. Antonio Pacchioni neste mesmo século descreveu as granulações aracnóides que levam seu nome, acreditando equivocadamente que se tratassem de estruturas secretoras de

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