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Homeopatia: Placebo Ou Verdade?

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Por:   •  9/1/2014  •  1.309 Palavras (6 Páginas)  •  529 Visualizações

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Aos 6 anos, fora diagnosticada com adenóide obstrutiva, com indicação cirúrgica. Entretanto, os responsáveis optaram pelo tratamento homeopático,u ma vez que esta criança era tratada com homeopatia desde os 5 dias de vida. Em um curto período, cerca de três meses, o problema fora sanado apenas com o tratamento homeopático, não sendo mais necessária a cirurgia nesta criança. Esse caso pode parecer invenção, mas é verídico e aconteceu comigo. Desta forma, a ideia que muitos têm que, a homeopatia tem o mesmo efeito que o placebo, tem ou não fundamento?

A homeopatia surgiu com Samuel Hahnemann, nascido em 1755, e como o próprio nome significa (homeo = semelhante; patia = doença), baseia-se na “Lei dos Semelhantes”, onde um medicamento que causa um sintoma em uma pessoa sadia é capaz de causar a cura deste mesmo sintoma numa pessoa que o possui, como por exemplo a China Officinalis , o primeiro medicamento homeopático produzido que, em uma pessoa sadia, provoca febres, contudo, em uma pessoa que tem febre, tem esta aliviada após a ingestão deste. O medicamento homeopático é produzido através da dinamização, que é um processo farmacotécnico onde se faz o uso de diluições infinitesimais e potencializadas pelas fortes agitações na manipulação do medicamento, as chamadas sucussões.

Placebo (do latim, placere = agradarei) é o medicamento sem nenhum efeito curativo, no qual o efeito obtido por meio deste é resultado do psicológico da pessoa que o ingere, uma vez que o paciente acha que está ingerindo um medicamento para a cura de sua patologia e que será curado porque este é muito eficaz, quando na verdade, toma um remédio sem efeito e melhora através do engano do seu psicológico.

Como os medicamentos homeopáticos são feitos através de inúmeras diluições, muitas pessoas consideram que esse tipo de tratamento funciona como placebo, uma vez que o remédio homeopático guardará apenas a memória do composto do qual ele foi feito, já que a essência dele é apenas uma parte, diluída e sucussionada em 99 partes de uma mistura aquosa, seja de água destilada, álcool, ou outros solventes. No início, já descrevi um caso clinico que comprova, no meu ponto de vista, a efetividade da homeopatia, mas venho, por meio deste ensaio, defender minha posição de que a homeopatia é sim uma forma de medicina eficaz, não como o placebo que tem resultado nas pessoas por meio da ilusão destas que consideram estar tomando uma droga que irá de fato curá-las.

Já que o placebo só funciona quando as pessoas que o ingerem acreditam estar sendo curadas por aquilo, não há fundamento em dizer que uma criança pequena tratada com homeopatia é induzida a acreditar que está se curando apenas por tomar o remédio, já que não tem conhecimento suficiente para crer em cura através da auto sugestão.

Em contraposição ao caso apresentado no início, o estudo de Furuta et al (2003), que avalia a eficácia do tratamento homeopático em crianças com adenóide obstrutiva, com indicação cirúrgica, não foi eficaz nos pacientes mantendo-se em 85% dos pacientes, a indicação cirúrgica. Porém, as crianças que não tem conhecimento suficiente para crer em cura através da auto-sugestão também são curadas através da homeopatia, mostrando assim, uma das provas de que a homeopatia tem sim efeito.

Outro argumento que valida a eficiência biológica da homeopatia é que, se ela não tivesse nenhum ativo e fosse só uma mistura de álcool com água; como podem vários estudos evidenciar a diferença entre a ação biológica das preparações homeopáticas?

Em Agosto de 2005, o jornal The Lancet publicou o artigo “O Fim da Homeopatia”, que foi uma revisão de pesquisas anteriores que comparou testes clínicos com medicamentos homeopáticos com medicamentos convencionais, afirmando que os homeopáticos são iguais ao placebo. Tal afirmação se deu com base nos testes clínicos de medicamentos alopáticos e estudos de homeopatia, entretanto o estudo não revelava quais foram as pesquisas em que foi feita a comparação. O artigo recebeu criticas por sua falta de transparência já que ele não indicava de quais pesquisas foram analisadas e nem das várias pressuposições feitas sobre os dados,fazendo com que, mais tarde, fosse feita uma revisão deste artigo e sua reconstrução.

Muitos trabalhos clínicos feitos sobre esta prática médica não mostraram uma diferença muito grande entre o grupo tratado com ela e com placebo. As características da homeopatia, como a prescrição individualizada,não se adequam à metodologia científica, o que torna alguns resultados questionáveis. Por outro lado existem outros estudos clínicos que revelam os benefícios da homeopatia para doenças como hiperatividade e déficit de atenção, diarréia infantil, rinite alérgica, asma e muitas outras. Existem também, estudos que avaliam o bem-estar e a qualidade de vida do paciente, e não a doença dele, levando em conta que a homeopatia trata a força vital da pessoa, além de suas doenças. Um estudo feito na Inglaterra com portadores de doenças crônicas e incapacitantes como diabetes e câncer, mostrou uma melhora do estado geral e da qualidade de vida dos pacientes que foram tratados com homeopatia, versus placebo (Botstaris, 2009).

Apesar de inúmeras pesquisas que tentam provar a eficácia ou não da homeopatia, muitas pessoas ainda vêem a homeopatia de forma reducionista, tratando-a como bolinhas de açúcar ou um líquido que são ingeridos e que dizem que há medicamento e algo que possa melhorar aquela pessoa. Ao contrário, a homeopatia

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