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LARVA MIGRANS

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Por:   •  22/11/2014  •  1.087 Palavras (5 Páginas)  •  550 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANA

ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO

DANIELLA MARIZ DE SOUSA

LARVA MIGRANS

TOLEDO

2014

LARVA MIGRANS

A larva migrans é uma enfermidade de distribuição mundial, mas é relatada com maior frequência em países tropicais e subtropicais. A infecção é descrita como uma zoonose parasitária que envolve a migração de larvas de alguns helmintos em diversos órgãos do ser humano e são classificadas como larva migrans cutânea (LMC), larva migrans visceral (LMV) e larva migrans ocular (LMO). A LMC é uma enfermidade que ocorre quando, ao contato direto com as larvas, as mesmas penetram na pele e migram no tecido subcutâneo, formando trajetos larvais na epiderme humana. Quando as larvas são ingeridas e migram pelos órgãos internos do hospedeiro, a enfermidade é denominada LMV. A LMO é uma afecção que ocorre quando as larvas, após ingeridas como na LMV, invadem o olho do ser humano (SILVA; PAOLI; 2006).

Os principais agentes etiológicos das LMC e LMV são Ancylostoma spp eToxocara spp, respectivamente, helmintos que tem como hospedeiros naturais cães e gatos. A contaminação ambiental por ovos e/ou larvas de potencial zoonótico é um indicador importante de ocorrência das LMC e LMV (ZOONOSES, 2011).

A síndrome larva migrans cutânea é causada por larvas de 3º estágio (L3) dos helmintos Ancylostoma braziliense, A. caninum, Uncinaria stenocephala, Gnathostoma spinigerum, A. duodenale, Necator americanus, Strongyloides stercoralis e formas imaturas de Dirofilaria. As espécies A. braziliense e A. caninum, principais responsáveis pela síndrome, estão classificadas no filo Nemathelminthes, classe Nematoda, ordem Strongylida superfamília Ancylostomatoidea e família Ancylostomatidae. A espécie A. braziliense parasita o intestino delgado de cães e gatos e a espécie A. caninum parasita o intestino delgado de cães. A. braziliense e A. caninum apresentam aproximadamente 1cm de comprimento, machos possuem bolsa copuladora bem desenvolvida, extremidade anterior curvada para a região dorsal (aspecto de anzol), com cápsula bucal subglobular, bem desenvolvida. A. braziliense apresenta um par de dentes grandes na margem anterior ventral da cápsula bucal enquanto A. caninum apresenta na mesma posição, três pares de dentes grandes (SILVA; PAOLI; 2006).

A larva migrans visceral é causada principalmente pelas larvas (L3) de Toxocara canis e secundariamente por larvas de Toxocara cati e A. Caninum. A espécie T. canis está classificada no filo Nemathelminthes, classe Nematoda, ordem Ascaridida, superfamília Ascaridoidea, família Ascarididae. T. canis - parasita o intestino delgado de cães e menos comumente de gatos. Os machos de T. canis medem de 4 a 10cm e as fêmeas de 5 a 18cm, possuem três grandes lábios, asas cervicais em forma de lança, esôfago sem bulbo na região posterior, machos com dois espículos e sem gubernáculo, com asas caudais, apêndice digitiforme e com papilas pré e pós-cloacais. Fêmeas com duplo aparelho reprodutor, ovíparas, ovos com membrana espessa, ornamentada, elípticos, contendo uma célula (não segmentados), vulva situada na metade anterior do corpo (WHITTEMORE, 2010).

A larva migrans ocular é uma doença do olho humano causada pela invasão deste órgão por larvas de várias espécies de nematodos. As principais espécies que causam este problema são Toxocara canis e Toxocara cati. Em casos mais graves pode provocar cegueira. Geralmente provoca enoftalmia crônica, além de outras lesões oculares.Grande parte dos pesquisadores acredita que isto acontece no caso de infecções por um pequeno número de ovos, algo girando em torno de até 100. Grandes infecções provocam resposta imune, o que deixa a infecção restrita a pulmão e fígado. O tratamento desta enfermidade não pode ser realizado com uso de anti-helmínticos, pois estes medicamentos não possuem propriedade de atingir o globo ocular. Assim, o tratamento consiste na aplicação de corticóides e fotocoagulação. (SILVA; PAOLI; 2006).

Ciclo biologico A. braziliense e A. Caninum. Cada fêmea libera em média 16.000 ovos/dia no intestino delgado de cães e gatos, esses, juntamente com as fezes, alcançam o meio ambiente onde ocorre a liberação das larvas de 1º estágio (L1), passando para larvas de 2º estágio (L2) e após larvas de 3º estágio (L3). O desenvolvimento até L3, forma infectante,

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