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Neoplasias De Herança Multifatorial Ou Monogênica

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Por:   •  15/11/2014  •  2.574 Palavras (11 Páginas)  •  2.570 Visualizações

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A etiologia do câncer é multifatorial, com fatores genéticos, ambientais, clínicos e de estilo de vida interagindo para produzir uma determinada neoplasia. Cerca de 10% dos casos de câncer ocorrem em pessoas que já abrigam uma mutação genética germinativa, ou seja, tais pessoas já nascem com uma predisposição genética para determinado câncer ou cânceres. A informação genética promove um meio de identificar essas pessoas. Fontes de informação genética incluem amostras de DNA, informações de casos semelhantes na família, achados de exame físico e prontuários médicos.

Aproximadamente 1 de cada 3 indivíduos nos países industrializados irão desenvolver algum tipo de câncer. Muitos de nós temos amigos ou parentes com câncer e frequentemente as pessoas pensam que o câncer pode estar ocorrendo de maneira repetida na mesma família. Já que o câncer é considerado uma doença frequente, não é de se surpreender que possa afetar mais de um parente em famílias grandes. Entretanto, dados científicos mostram que de 5-10% dos casos de câncer têm um componente hereditário, seguindo um padrão de herança Mendeliano ou monogênico. O correto reconhecimento e identificação de indivíduos e famílias com risco aumentado para desenvolver câncer é de suma importância para o apropriado aconselhamento genético, cálculo de risco, realização de testes genéticos e o planejamento de um seguimento cuidadoso e suporte psicológico adequado.

O que é Neoplasia?

“Tecido anormal e sem significação fisiológica, formado pela multiplicação contínua de células cuja reprodução deixou de ser regulada pelos mecanismos homeostáticos, apresentando-se, em geral, sob a forma de um tumor que evolui de forma autônoma e quase sempre nociva ao organismo”. As neoplasias apresentam um estroma conjuntivo vascularizado que lhes proporciona sustentação e nutrição e de acordo com a sua velocidade de crescimento, invasividade, e tendência à produção de metástases (entre outras características) são classificadas em benignas e malignas (cânceres).

O que é uma doença genética?

A alteração da sequência natural de nucleotídeos (A,T,C,G) em um segmento de DNA pode causar uma diferença na estrutura da proteína codificada por aquele gene, assim causando anormalidades anatômicas e fisiológicas em um indivíduo acometido. Há basicamente dois tipos de doenças genéticas: as que afetam um só gene (doença monogenética), e as doenças multifatoriais ou poligênicas.

 Herança multifatorial

Para a maioria dos casos os distúrbios são caracterizados pela atuação de diferentes genes e pela interferência de fatores ambientais. A esses distúrbios cuja herança é multifatorial dá-se o nome de distúrbios comuns ou complexos. Na herança quantitativa, dois ou mais pares de genes atuam sobre o mesmo caráter, somando seus efeitos e determinando diversas intensidades fenotípicas. Tal herança também é conhecida por herança multifatorial ou poligênica ou polimeria. Os genes envolvidos são denominados cumulativos, aditivos, polímeros ou poligenes.

A polimeria é o tipo de herança que intervém em caracteres que variam quantitativamente, como peso, altura, intensidade de coloração e outros. Tais caracteres, cuja variação é quantitativa, são conhecidos por caracteres métricos.

O estudo da herança quantitativa adquire grande importância por constituir a base do melhoramento genético em animais e vegetais. Os caracteres quantitativos são, geralmente, controlados por vários genes independentes e de ação cumulativa, o que, combinado com a ação do meio, faz com que, na segregação, se obtenha grande número de classes das quais poucas são dos tipos extremos e muitas de graduação intermediária. O número de genes responsável pelas características poligênicas é desconhecido para a maioria delas, mas sabe-se que, quanto maior o número de genes envolvidos, maior a variabilidade dos fenótipos relacionados a uma característica. Já quando fatores ambientais também são considerados causa de variação na característica, esta é chamada de multifatorial. Neste caso, interações gênicas mais complexas do que a simples soma de efeitos gênicos também podem ocorrer.

O câncer não é uma doença única, é um conjunto formado por mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se por outras regiões do corpo. Esse crescimento desordenado de células pode ser causado por fatores externos, que podem ser químicos (como a fumaça de cigarro), físicos (luz do sol) ou biológicos (vírus); ou por fatores internos, que podem ser hormonais, imunológicos ou mutações herdadas. Nem todas as causas são facilmente evitáveis. Porém, grande parte, especialmente as que correspondem ao estilo de vida, sim. São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor.

No entanto, está bem estabelecido que vários tipos de câncer principais (ex.,mama, cólon, próstata e ovário) se agrupam fortemente entre as famílias. Isto é decorrente tanto a genes quanto a fatores ambientais compartilhados. Ainda que inúmeros genes de câncer tenham sido isolados, os fatores ambientais também representam um papel importante na causa do câncer através da indução de mutações somáticas.

No caso do câncer de mama, por exemplo, os mais importantes são o BRCA1 e o BRCA 2, dois genes envolvidos no reparo de DNA. O câncer de cólon familiar pode ser o resultado de mutações no gene supressor de tumor APC ou em um dos seis genes de reparo de erro do pareamento do DNA. Estudos indicam que várias regiões cromossômicas podem conter genes de susceptibilidade ao câncer de próstata.

Qualquer um de nós pode vir a desenvolver um câncer em algum momento da vida. Porém, há algumas pessoas com maior predisposição ao câncer. E a incidência de câncer aumenta a medida que a pessoa envelhece. Tem, portanto, uma íntima relação com a idade, devido ao acúmulo de mutações. O câncer é a terceira causa de morte no Brasil. Está atrás apenas das doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, e das causas externas, como morte por violência, acidentes de trânsito, suicídios, etc.

AGENTES CARTINOGÊNICOS

Em relação às causas do meio ambiente, observa-se que a exposição

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