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Neoplasia Hepatica Ou Cancer De Figado

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Por:   •  23/8/2014  •  2.133 Palavras (9 Páginas)  •  1.279 Visualizações

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Neoplasia Hepática ou Câncer de Fígado

O fígado é um órgão muito importante, responsável pela formação da bile, a qual é indispensável à digestão dos alimentos; pela eliminação de substâncias nocivas ao organismo; pela coagulação do sangue; pela utilização das gorduras e reserva de energia; pela defesa do organismo contra bactérias; pela formação de grande parte das proteínas. O fígado ainda, dentre outras funções, auxilia a medula óssea na formação do sangue.

O que é o Câncer de Fígado?

O câncer de fígado é chamado hepatocarcinoma. Esse nome tem origem na palavra hepatócitos, que são as principais células do fígado. O câncer de fígado acomete pessoas expostas à aflatoxina (nome dado a um grupo de substâncias muito semelhantes, que são tóxicas para o homem e para os animais e aparecem no amendoim) mas, o hepatocarcinoma ocorre, principalmente, nos portadores de cirrose hepática.

A cirrose hepática é o processo final de diversas doenças do fígado: as hepatites, as lesões causadas pelo álcool, o uso de algumas medicações que acabam agredindo o fígado, o acúmulo de ferro, conhecido como hemocromatose e a colangite que é a inflamação aguda dos canais que conduzem a bile. Todas essas doenças provocam a destruição das células do fígado, os hepatócitos, e lentamente formam cicatrizes no interior do fígado,causando a cirrose. A cirrose é uma doença do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos. A maioria das cirroses atualmente são causadas pelas hepatites B e C. Evidentemente, o alcoolismo é um fator de risco extremamente importante, sendo que doses mais modestas de álcool , por exemplo, três a quatro garrafas de cerveja por semana podem levar à cirrose.

Na fase inicial, a cirrose pode ser silenciosa. Os sintomas mais comuns são fraqueza, fadiga, perda do apetite, emagrecimento, hematomas, sangramentos espontâneos, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelados pelo acúmulo de bile no sangue) e dificuldade de se concentrar. Esses sintomas podem ser mais graves, como vômitos com sangue e coma.

O hepatocarcinoma ou câncer de fígado, surge do mesmo processo de destruição e multiplicação de células que leva à cirrose, mas como esse processo ocorre ainda não está bem definido. Como o hepatocarcinoma dobra o seu volume a cada 180 dias, ele é considerado um tumor altamente maligno. Mesmo um câncer pequeno, em fase inicial, localizado em um fígado com bom funcionamento, dá ao paciente pouco tempo de vida após ser diagnosticado, caso não seja realizado nenhum tratamento. No estágio mais avançado, a previsão média é de menos de três semanas de vida após o diagnóstico. Por isso, o diagnóstico precoce do hepatocarcinoma é essencial, porque permite boas opções de tratamento e mais chances de cura.

Diagnóstico do Câncer de Fígado

O que chama a atenção no diagnóstico do câncer de fígado é o pequeno tempo de evolução, ou seja, o paciente apresenta uma doença geralmente muito avançada ao diagnóstico com um tempo de evolução de sintomas muito curto. O tempo que o tumor leva para duplicar o volume de massa tumoral é muito curto em comparação com outros tumores, sendo em média de 4 meses no hepatocarcinoma.

A maioria dos pacientes apresenta alguma anormalidade dos níveis das bilirrubinas, fosfatase alcalina e transaminases. Em pacientes com cirrose, o aumento brusco da fosfatase alcalina, seguida de pequena elevação das bilirrubinas e transaminases, é sugestivo de malignidade.

A alfafetoproteína sérica se apresenta elevada em 75% a 90% dos pacientes com carcinoma hepatocelular, porém o tipo fibrolamelar não está associado a altos níveis deste marcador.

Nos pacientes de alto risco para câncer de fígado (hepatocarcinoma), a identificação precoce do carcinoma hepatocelular poderá ser realizada facilmente através da dosagem de alfafetoproteína sérica e ultra-sonografia hepática. A exatidão da ultra-sonografia na identificação de pequenos tumores aumentou de 25% para 90% nos últimos 10 anos.

Metástases Hepáticas

Nos tumores metastáticos colo-retais, pode-se notar em geral um aumento exacerbado da dosagem do antígeno carcinoembrionario (CEA).

Diagnóstico por Imagem

A tomografia computadorizada, quando realizada com contraste endovenoso dinâmico, isto é, com cortes sem contraste e com contraste no tempo arterial, portal e supra-hepático, conseguem identificar neoplasias do fígado com exatidão de 75% a 90%. Porém, tumores menores do que 3 cm têm a sua detecção prejudicada devido à isodensidade do parênquima hepático normal.

O exame através da Ressonância Magnética não apresenta grande diferença em relação ao estudo pela Tomografia Computadorizada, quanto à capacidade de identificar os tumores hepáticos primários ou metastáticos. Este exame pode definir um pouco melhor a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática, assim como demonstrar os vasos principais sem a necessidade de administração de contraste venoso e diferenciar lesões císticas.

A laparoscopia permite uma visualização direta e a possibilidade de biópsia do tumor, além de avaliar a presença ou ausência de disseminação peritoneal.

Sua eficácia aumenta quando associada à ultra-sonografia videolaparoscópica, aumentando o índice de ressecabilidade dos pacientes selecionados para a laparotomia.

A colangioressonância, a colangiotomografia, a colangiografia endoscópica retrógrada ou percutânea trans hepática podem ser úteis no diagnóstico e no planejamento do tratamento dos tumores de fígado e, principalmente, das vias biliares.

Tratamento do Câncer de Fígado

O câncer de fígado pode ser tratado cirurgicamente. A cirurgia é, como nos demais tipos de câncer um dos tratamentos mais recomendados. No caso específico de câncer de fígado, o tratamento cirúrgico é o mais indicado para os tumores hepáticos primários, na ausência de metástases à distância e para os tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa. A eficácia e a segurança na ressecção hepática são fundamentadas no conhecimento da anatomia e compreensão da fisiologia do fígado. A indicação de uma cirurgia de ressecção hepática dependerá do estado clínico do paciente com câncer de fígado e da quantidade prevista de parênquima

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