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O CONSUMO DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM RISCO CARDIOVASCULAR

Por:   •  22/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.739 Palavras (7 Páginas)  •  508 Visualizações

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Resumo

O trabalho trata-se de um pesquisa bibliográfica, que explora dados obtidos em  pesquisas sobre  o consumo de alimentos de origem animal e sua relação direta com o aumento dos níveis de colesterol em indivíduos onívoros, e como uma dieta restrita de alimentos ricos em gordura satura, como os provenientes de carne animal, ovos, leite seus derivados, pode ser benéfica para a saúde, resultando na redução de níveis séricos de colesterol. Este trabalho expõe dados laboratoriais que comparam os níveis de colesterol em grupos de indivíduos onívoros e vegetarianos, é relação desses dados com os riscos cardiovasculares. Chegando à conclusão de que a dieta é um fator de risco muito relevante  para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Alertando sobre o consumo excessivo de alimentos pobres em nutrientes e ricos em gordura, e comprovando com exames comparativos que uma dieta vegetariana é benéfica a saúde cardiovascular podendo aumentar a expectativa de vida e servindo como parte importante de tratamento e prevenção de doenças do coração.

Palavras chave: Risco cardiovascular. Dieta vegetariana. Colesterol.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

CURSO DE BIOMEDICINA

O CONSUMO DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM RISCO CARDIOVASCULAR

Flavia Caiaffa Rocha

PETRÓPOLIS

Introdução

A atual dieta da população, em sua grande maioria, é constituída de excesso de alimentos com alto teor de gorduras saturadas e pouca quantidade de fibras e nutrientes para o organismo. Essa alimentação desregrada desencadeia um desequilíbrio no funcionamento do organismo, já que esta de consumindo muito além do necessário e do que o corpo pode eliminar. Essa condição eleva os riscos de se desenvolver diabetes, pressão alta e problemas com colesterol no sangue. Estudos vem demonstrando que uma dieta alimentar equilibrada e com restrições ao consumo de carne diminuem drasticamente os riscos cardiovasculares. As dietas que não contém consumo de carne, são denominadas Vegetarianas (VEGS) que podem ser classificadas de acordo com suas restrições, como: ovolactovegetariana, pois inclui ovo, leite e seus derivados; lactovegetatianas, que inclui leite e seus derivados, e por fim a vegetariana restrita, que não incluem nenhum produto de origem animal. Estudos evidenciam que esse tipo de dieta restrita pode ser usada como prevenção e auxilia no tratamento de doenças cardiovasculares, pois estudos quantitativos comprovam uma diferença significante entre índices de colesterol e lipídeos em indivíduos onívoros e vegetarianos, sendo os primeiros o grupo com maior risco de problemas associados a desregulação de níveis de colesterol. Este trabalho mostra como a dieta alimentar é um fator de risco considerável para o desenvolvimento de doença cardiovascular (DVC).

O que é o colesterol e como atua no organismo

O colesterol é uma substância presente na parede das células e membranas espalhadas por todo o corpo, incluindo cérebro, músculos, nervos, pele, fígado, intestino e coração. Esse colesterol é produzido naturalmente pelo corpo, para suprir as necessidades básicas para a regulação do organismo como um todo, porém esse colesterol também é consumido através dos alimentos provenientes de animais, como o leite o ovo e a própria carne, que apresenta alto teor de gordura em sua composição. A presença dessa substância é essencial, pois é utilizado para produzir hormônios, vitamina D e ácidos biliares que auxiliam na digestão dos alimentos. Porém, o excesso dessa substâncias no sangue pode levar a doenças circulatórias, entre as quais as do coração e as que afetam o cérebro. O colesterol é envolto em pequenas estruturas denominadas lipoproteínas, formadas por lipídios em seu interior e por proteínas na parte externa, o que facilita sua locomoção na corrente sanguínea. Existem 3 grupos de lipoproteínas que são mais conhecidos e estudamos,  que fazem parte do transporte de colesterol no organismo:

LDL (low-density lipoprotein): Com seu aumento, a substância é conduzida às artérias, provocando seu estreitamento e até mesmo o entupimento. Se o nível estiver alto, há grandes chances de a pessoa ter problemas cardíacos e da circulação de uma maneira geral;

HDL (high-density lipoprotein): O HDL leva o colesterol de várias partes do corpo ao fígado, resultando na remoção da substância. Quanto maior for a presença deste tipo de colesterol no organismo, menor será a chance de a pessoa sofrer com alguma doença do coração e do restante da circulação.

VLDL (very low density lipoprotein): Lipoproteínas de densidade muito baixa ou, de origem hepática;

 

Alimentação como fator de risco cardiovascular

A Sociedade Brasileira de Cardiologia desenvolveu uma tabela de referência para valores de níveis plasmáticos  de Colesterol (tabela1). Em indivíduos com uma dieta desequilibrada e com grande quantidade de alimentos de origem animal, esses níveis se mostram acima dos níveis desejadas, colocando assim essa população  dentro de um considerável fator de risco cardiovascular. Assim como o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo, outros fatores de risco que não serão aprofundados nesse artigo, são condições comportamentais da sociedade moderna, que busca a praticidade em alimentos enlatados embutidos, com baixo teor de fibras e mineiras. Esse fato tem comprovadamente elevado os casos de mortalidade por DVC, um dado relevante, levando em conta que as doenças cardíacas são as maiores causadores de morte entre as doenças crônicas.

Tabela 1 – Referencia para níveis plasmáticos de colesterol

Classificação

Colesterol (mg/dl)

Desejável

 Até 200 mg/dl

Limiar

Até 239 mg/dl

Elevado

A partir de 240 mg/dl

                                                                               Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

Como os níveis de colesterol aumentam os riscos cardiovasculares

Os alto a níveis de LDL e baixos níveis de HDL favorecem a formação das placas de gorduras nas artérias o que leva ao desenvolvimento da Doença Coronariana. Os alterosas formam-se gradualmente e desenvolvem-se irregularmente nos grandes troncos das duas artérias coronárias principais, as que rodeiam o coração e lhe fornecem o sangue. Este processo gradual é conhecido como aterosclerose. Para que o coração se contraia e bombeie o sangue normalmente, o miocárdio requer uma provisão contínua de sangue rico em oxigênio que as artérias coronárias lhe proporcionam. Porém, quando a obstrução de uma artéria coronária vai aumentando, pode desenvolver-se uma isquemia do músculo cardíaco que causa lesões graves.

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