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Parasitas que vivem no sangue

Projeto de pesquisa: Parasitas que vivem no sangue. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.286 Palavras (18 Páginas)  •  367 Visualizações

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Introdução:

Este trabalho a seguir nos levarão à esclarecimento das doenças provocadas por parasitas que tem o homem como hospedeiro. Conheceremos alguns organismos parasitas envolvidos nas mais adversas doenças parasitárias estudada pela parasitologia humana e pela biologia, aprendendo principalmente a identificar sintomas, e saber a classificação dos organismos. Não custa nada lembrar que muitos parasitas causam sintomas que deixam fácil a sua identificação, mas, no entanto geralmente na maioria das vezes é solicitados exames para um melhor diagnostico preciso.

Parasitas que habitam no Sangue

Wuchereria bancrofti

A Wuchereria bancrofti é um nematoide do grupo dos filarídeos, os quais tem como habitat o sistema circulatório e linfático do seu hospedeiro. Os adultos machos e fêmeas se localizam nos grandes troncos e vasos linfáticos, tais como os axilares, inguinais, pélvicos e abdominais, formando novelos que geram embaraço na circulação de drenagem linfática. Os adultos são vermes alongados, de cutícula lisa, com esôfago muscular e glandular. Os machos medem por volta de quatro cm, possuem papilas sensoriais anteriores pedunculadas e parte posterior recurvada ventralmente; as fêmeas, de 8–10 cm, possuem útero simples, com vulva anterior

Ciclo Biológico

A reprodução sexuada produz ovos com características peculiares: a casca é bastante delgada e complacente, formando uma bainha, permitindo que o embrião tome forma alongada e tenha movimentação própria. Esse embrião móvel é chamado de microfilária. Durante a noite as microfilárias migram da circulação linfática para a circulação sanguínea periférica, onde podem ser ingeridas por mosquitos hematófagos do gênero Culex, que farão a vetoração do helminto. Portanto a Wuchereria bancrofti, ao necessitar de um vetor, além do hospedeiro definitivo vertebrado, é um parasita do tipo heteroxeno.

As microfilárias ao chegarem ao tubo digestivo do vetor, perdem a bainha e libertam a larva de primeiro estágio (L1). Essa larva atravessa a parede digestiva do vetor e migra para os músculos torácicos, permanecendo aí entre 7-10 dias; evolui para larva de segundo estágio (L2), permanecendo mais 10-15 dias, findo os quais passa a L3, que abandona a musculatura e se dirige para a probóscide do mosquito Culex. Wuchereria bancrofti, se aloja nos vasos linfáticos, causando linfedema - Filariose ou Elefantíase.

Profilaxia:

Evitar a exposição prolongada aos mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus nos locais onde ainda ocorre a transmissão. No Brasil, estes locais estão restritos a bairros periféricos dos municípios de Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, todos da Região Metropolitana de Recife. Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.

Progressão e sintomas: O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.

Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente a noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunitário, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fatiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite). Em longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escroto, devido a retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes arrebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.

Formas de Contagio:

Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. Quando o nematoide obstrui o vaso linfático, o edema é irreversível, daí a importância da prevenção com mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de água parada em pneus velhos, latas, potes e outros.

Diagnóstico:

Clínico-epidemiológico, quando há manifestações sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica.

Diagnóstico Específico: O teste de rotina é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico, pelo método da gota espessa (periodicidade noturna, das 23h às 1h). Pode-se, ainda, pesquisar microfilária no líquido ascético, pleural, sinovial, cefalorraquidiano, urina, expectoração e gânglios, sendo, entretanto, restrito a casos específicos. Pela presença do verme adulto no sistema linfático, genitália ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada como rotina).

Sorologias

Podem ser realizados os testes de Elisa ou testes imunocromatográficos para pesquisa de antígenos circulantes.

Diagnóstico por Imagem

Nos homens, é indicada a ultrassonografia da bolsa escrotal; em mulheres, a ultrassonografia da mama ou região inguinal e axilar deve ser avaliada.

Diagnóstico Diferencial

Outras causas de elefantíase, como as malformações congênitas, episódios repetidos de erisipela, destruição ou remoção de linfáticos, micoses, donovanose, hanseníase, tuberculose, entre outras.

Schistosoma Mansoni

Schistosoma é o género de platelmintos tremátodes responsável pela esquistossomose, uma parasitose grave que causa milhares de mortes por ano.

Ovo de Schistosoma mansoni contendo míracidio

Como todos os platelmintes o tubo digestivo do Schistosoma é incompleto e tem sistemas de órgãos muito rudimentares. É um parasita

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