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Parásitos clínicos e de saúde pública

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Por:   •  22/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  9.285 Palavras (38 Páginas)  •  379 Visualizações

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Parasitas de interesse clínico e de saúde pública

Amebíase.

A amebíase, doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, é considerada importante causa de morbi-mortalidade no homem. A transmissão se dá por meio da ingestão de alimentos e água contaminada, podendo ocorrer ainda transmissão de pessoa a pessoa em hospitais, asilos e presídios. Cerca de 90% dos indivíduos são assintomáticos e, quando sintomáticos, aparecem manifestações decorrentes da invasão da mucosa intestinal pelo parasito (AQUINO, 2001; SILVA et al, 2005). O diagnostico é realizado pelo exame parasitológico das fezes e deve-se levar em conta aspecto e a consistência do material coletado, a forma da coleta, condicionamento e processamento corretos das fezes para melhor resultado. O objetivo é encontrar cistos ou trofozoítos no material fecal. Os cistos são visualizados quando as fezes estão formadas e consistentes, já os trofozoítos, em fezes disentéricas. O exame direto das fezes sem conservador é importante no diagnóstico diferencial entre disenteria amebiana e bacilar. O emprego do imunodiagnóstico e da biologia molecular têm mostrado boa sensibilidade e especificidade para a detecção da amebíase, sendo possível distinguir E. histolytica de E. díspar. Devido ao alto custo, ainda não estão disponíveis para uso regular no diagnóstico, porém tem auxiliado em estudos epidemiológicos que resultam no conhecimento da prevalência da amebíase no mundo (GOMES, 2002; SILVA et al, 2005).

Leishmaniose

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos.

A leishmânia é transmitida ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores, conhecidos como flebotomíneos. A transmissão acontece quando uma fêmea infectada de flebotomíneo passa o protozoário a uma vítima sem a infecção, enquanto se alimenta de seu sangue. Tais vítimas, além do homem, são vários mamíferos silvestres (como a preguiça, o gambá, roedores, canídeos) e domésticos (cão, cavalo etc.).Os flebotomíneos são insetos pequenos, de cor amarelada e pertencem à ordem Diptera, mesmo grupo das moscas, mosquitos, borrachudos e maruins; apresentam um par de asas e um par de pequenas estruturas, chamados de halteres ou balancins, responsáveis pela estabilidade do voo e o zumbido característico dos dípteros.

O diagnóstico parasitológico é feito através da demonstração do parasito por exame direto ou cultivo de material obtido dos tecidos infectados (medula óssea, pele ou mucosas da face) por aspiração, biópsia ou raspado das lesões. Para o diagnóstico, há também métodos imunológicos que avaliam a resposta de células do sistema imunitário e a presença de anticorpos anti-Leishmania. Nesta categoria se incluem o teste cutâneo de Montenegro e testes sorológicos (exame de sangue), dos quais os mais utilizados são os ensaios de imunofluorescência indireta e o imunoenzimático (ELISA). Nem o teste de Montenegro nem os métodos sorológicos positivos significam doença. Indicam infecção por Leishmania, que pode ser atual ou passada. Há também os métodos moleculares (PCR) que detectam a presença de ácidos nucléicos do parasito. Os elementos clínicos e epidemiológicos também contribuem substancialmente para o diagnóstico.

Giardíase

A giardíase é uma infecção causada por um parasito denominado Giardia lamblia, sendo mais comum em crianças. A patologia geralmente apresenta quadro assintomático e, quando sintomática, caracteriza-se por diarréias com cólicas intestinais e má-absorção (REY, 1992; CIMERMAN, 2002). A forma clássica de diagnóstico da giardíase é o exame parasitológico de fezes, com pesquisa de trofozoítos em fezes líquidas e cistos em fezes pastosas (CIMERMAM, 2002; MACHADO et al, 2001). Como a eliminação de cistos nas fezes não é contínua, o diagnóstico imunológico representa grande importância na detecção da giardíase. Testes como ELISA e imunofluorescência indireta mostram alta sensibilidade e especificidade, porém, devido ao alto custo, não tem sido muito utilizados no Brasil. Vários estudos demonstram a eficiência das provas sorológicas para pesquisa de Giardia lamblia.

Tricomoníase

Tricomoníase é um tipo de infecção da vagina e do pênis. É uma doença sexualmente transmissível que pode ser tratada e que não causa problemas de saúde mais sérios. Existe um microorganismo chamado Tricomonas vaginalis que causa a infecção. Parceiros sexuais que não usam preservativo, podem disseminar o microorganismo através de secreções.

Muitas mulheres que são infectadas pelo Tricomonas não desenvolvem sintomas. Quando os sintomas surgem são principalmente corrimento abundante juntamente com um prurido (coceira) vaginal. Em outros casos a mulher pode apresentar um corrimento fluido com pouca cor e ainda um certo desconforto na micção. A maioria dos homens não apresentam sintomas, e quando existem consiste em uma irritação na ponta do pênis.

O médico poderá solicitar uma amostra da secreção da vagina ou do pênis que será examinada através de um microscópico e será positivo se o examinador visualizar as formas do Tricomonas. O resultado da cultura fica disponível em 2 a 7 dias. No homem para resultados mais confiáveis devem ser feitos outros testes no sêmen e na secreção uretral. Além disso, o indivíduo ao realizar o teste não deve utilizar medicamento tricomonicida há pelo menos 15 (quinze) dias. Na mulher para o exame de urina deve-se ficar sem higiene vaginal por um período de no mínimo 18 (dezoito) horas antes da colheita de urina. Da mesma maneira que no homem a mulher não deve tomar remédios tricomonicidas por pelo menos 15 (quinze) dias. Por fim, após a colheita a observação das lâminas para identificação dos flagelados pode ser feita com ou sem corantes.

Malária

De acordo com o Relatório Anual de Malária de 2011, 216 milhões de casos da doença foram notificados em 2010, incluindo 655 mil mortes causadas pelo parasita, que é transmitido por uma picada de mosquito. Apesar de a taxa de mortalidade da malária ter baixado 25% desde 2000, uma criança ainda morre a cada

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