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Pericardite

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Por:   •  9/6/2013  •  2.348 Palavras (10 Páginas)  •  1.144 Visualizações

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PERICARDITE

A pericardite é uma inflamação do saco – pericárdio – que envolve o coração. O pericárdio possui duas camadas com um intervalo no meio chamado de espaço pericárdico que contém uma pequena quantidade de líquido para lubrificar os movimentos do coração quando contrai. A inflamação do pericárdio pode originar a produção excessiva deste líquido, daí que o coração é comprimido e seja incapaz de bombear o sangue convenientemente proveniente das veias. As duas camadas unem-se entre si restringindo os movimentos do coração. Em alguns casos, pode libertar-se sangue no espaço pericárdico.

ANATOMIA NORMAL DO CORAÇÃO:

Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.

O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele.

O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração.

Sac

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

No entanto, o pericárdio não é essencial à vida e, caso seja removido, ele não produz efeitos mensuráveis sobre o desempenho cardíaco. Em raros casos, ocorre ausência congênita do pericárdio ou este apresenta áreas frágeis ou orifícios em sua estrutura. Esses defeitos são perigosos, pois o coração ou um vaso sanguíneo importante pode formar uma protuberância (herniação) através de um orifício do pericárdio, tornando-se encarcerado e isto pode levar à morte em poucos minutos.

Por isso, esses defeitos comumente são reparados cirurgicamente e, caso a reparação não seja possível, pode ser realizada a remoção de todo o pericárdio. Além dos defeitos congênitos, as doenças do pericárdio podem ter como causa infecções, lesões e tumores que se disseminaram.

Classificação:

1. Quanto à duração:

- Aguda: dura até 6 semanas

- Subaguda: dura até 6 meses

- Crônica: dura mais que 6 meses

2. Quanto ao tipo de líquido acumulado no foco pericárdico:

- Seroso:

Este tipo de líquido e encontrado nas pericardites produzidas por inflamações decorrentes da doença reumática, do lúpus eritematoso sistematizado, da esclerodermia, da uremia e de tumores primários ou metastáticos.

Em muitos casos a etiologia permanecerá desconhecida.

Morfologicamente, qualquer que seja o agente causal existe uma reação inflamatória das superfícies epi e pericárdicas, com escasso número de leucócitos polimorfonucleares, linfócitos e histiócitos.

Sendo um fenômeno puramente exsudativo, o derrame forma-se lentamente e, portanto, raramente produz um aumento de pressão suficiente para prejudicar a função cardíaca.

- Fibrinoso e serofibrinoso:

São os tipos mais freqüentes de pericardite. As causas mais comuns são a uremia, a febre reumática, o infarto agudo do miocárdio, a irradiação do tórax, o Lúpus e o traumatismo.

Como acontece em todos os exsudados, a fibrina pode ser digerida com resolução do exsudado, ou pode ser organizada. Às vezes a organização e as aderências fibrosas levam a obliteração total do saco pericárdico.

Esta fibrose produz aderências filamentosas delicadas, e chamada de pericardite adesiva e só raramente dificulta ou restringe a função cardíaca.

Do ponto de vista propedêutico, a presença de atrito pericárdico é a característica principal deste tipo de pericardite.

Raramente este tipo de pericardite deixa seqüelas graves.

- Purulento ou supurativo:

Este forma de derrame pericárdico geralmente ocorre pela presença de bactérias, fungos ou parasitas no processo.

Os microorganismos invadem a cavidade pericárdica por extensão direta de inflamações vizinhas tais como empiema pleural, pneumonia lobar, infecções mediastinais, cardiotomia.. Ou por invasão através do epicárdio, por contaminação via linfática ou hematogênica.

Os sinais de infecção sistêmica são mais acentuados com picos febris e bacteremia.

A evolução, geralmente, é para organização do processo, com conseqüente pericardite constritiva.

- Hemorrágico:

A pericardite hemorrágica consiste em uma exsudação de sangue misturado com fibrina e pus. Geralmente resulta de processo tuberculoso ou do comprometimento neoplásico do pericárdio, geralmente, relacionado com melanomas, linfomas, leucemias, carcinomas pulmonares ou mamários.

Clinicamente, comporta-se como pericardite supurativa, evoluindo para a resolução ou a organização, com ou sem calcificação.

- Caseoso:

A caseação dentro do saco pericárdico é, até provem o contrário, de origem tuberculosa.

A pericardite caseosa é o antecedente mais freqüente de pericardite constritiva crônica.

Pericardite Aguda:

A pericardite aguda é uma inflamação do pericárdio que apresenta um início súbito e que é frequentemente dolorosa. A inflamação faz com que o líquido (plasma) e os produtos do sangue (como fibrina, eritrócitos e leucócitos) depositem-se no espaço pericárdico. A pericardite aguda possui muitas causas, desde infecções virais (as quais podem ser dolorosas mas de breve duração e, em geral, não produzem efeitos duradouros) até o câncer, o qual é potencialmente letal.

Outras causas incluem

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