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Sintomas da meningite viral

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Por:   •  25/2/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.321 Palavras (10 Páginas)  •  423 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

As doenças infecciosas transmitidas por vírus estão presentes em nosso dia a dia e estamos sujeitos à contaminação tanto pelo agente transmissor que se faz presente na patologia da Dengue, Gripe (H1N1) e Meningite, quanto pelas bactérias encontradas nas mesmas patologias citadas, que têm outro ramo para o tratamento.

2. O que é meningite

Meningite é a inflamação das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, conhecida coletivamente como meninges. A inflamação pode ser causada por infecções por vírus, bactérias ou outros micro-organismos e, menos comumente, por certas drogas. A meningite pode pôr em risco a vida em função da proximidade da inflamação com órgãos nobres do sistema nervoso central e por isso essa condição é classificada como uma emergência médica.

2.1 Meningite Viral

As meningites virais são mais comuns do que as bacterianas e os casos de etiologia não identificada são muito poucos frente ao total de casos. A meningite viral compreende a maior parte dos casos de meningite no país. Os números podem estar subestimados porque muitos casos acabam não sendo notificados já que não é uma doença grave. Dos 15.470 casos de meningite virais notificados em todo o Brasil em 2006, o tipo de vírus que causou a doença foi isolado em apenas uma minoria (52 casos).

2.2 Fisiopatologia

As meninges são constituídas por três membranas que, juntamente com o líquido cefalorraquidiano, envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal (o sistema nervoso central). A pia-máter é uma membrana muito delicada e impermeável, firmemente aderida à superfície do cérebro, seguindo todos os contornos de menor importância.

A aracnóide é uma adaptação do saco frouxamente acima da pia-máter. O espaço subaracnóide separa a membrana aracnóide e pia-máter, e é preenchido com líquor. A membrana exterior, a dura-máter, é uma membrana resistente e espessa, que é anexada aos dois aracnóides da membrana e do crânio.

Foto 01: Fonte wikipedia.

2.3Tratamento

Os casos leves de meningite viral pode ser tratada em casa com medidas conservadoras, tais como líquidos, repouso absoluto, e analgésicos.

2.4 Sintomas

Os sintomas se assemelham aos da gripe e resfriado. A doença atingi principalmente as crianças, tem febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez na nuca, inapetência e ficam irritadas.

3.Gripe

A gripe é o último remanescente das grandes pragas do passado. Desde que Hipócrates descreveu um surto semelhante à gripe em 412 a.C., repetidas epidemias e pandemias têm sido registradas, mesmo em tempos recentes. De acordo com Black (2002, p. 563) Uma das maiores assassinas de todos os tempos foi a pandemia de gripe suína quando morreram 20 a 40 milhões de pessoas. Segundo Carneiro et al.(2002,P.563)

O inverno de 2009 foi marcado por uma pandemia viral que acometeu diversos países e acarretou uma histeria generalizada, especialmente pela falta de informações concretas sobre uma nova doença. Um sintoma comum e até menosprezado como a tosse tornou-se um problema de relacionamento humano. Esta revisão tem o objetivo de fornecer um histórico e argumentos para que o clínico possa atuar precocemente frente à Gripe A H1N1 pandêmica (Autor,2010, p. 206).

Como afirma Blank (2001, p. 563 ) “O vírus causador era extraordinariamente virulento e as condições anti-higiênicas e de aglomerações criadas pela Primeira Guerra Mundial aumentaram a dispersão do vírus”.

O termo gripe suína (H1N1) não foi usado senão anos após a pandemia ter terminado. A gripe era desconhecida em porcos antes de a gripe espanhola ter alcançado os Estados Unidos em 1918. Daí então se descobriu que os suínos sofriam de uma doença complexa envolvendo tanto vírus da gripe quanto uma bactéria. Acreditava-se que o vírus era o que causou a gripe espanhola. Hoje em dia, o Vírus que causa a gripe em suínos não é aquele que causa "gripe suína" em seres humanos. Contudo, o nome gripe suína não pode ter sido um erro, porque é provável que as cepas do vírus, evoluindo rapidamente, tenham-se mutado muito pouco desde 1918.

Em abril de 2009, iniciaram-se as ações preventivas, humanamente impossíveis, para retardar a entrada do vírus no Brasil. Como afirma Carneiro et al. (2010, p. 207) :

Os primeiros casos de gripe H1N1, no Brasil, foram importados de países que já registravam transmissão sustentada da patologia. Após o feriado de 11 de junho de 2009, houve um incremento expressivo no número de doentes em território nacional, provavelmente relacionados ao volume de turistas brasileiros provenientes da Argentina, que registrava circulação sustentada do vírus. Em 16 de julho de 2009, o Ministério da Saúde do Brasil oficialmente admitiu a existência de transmissão sustentada do H1N1 no território brasileiro (2010, p. 207).

O vírus da influenza representa o espécime mais estudado de vírus associado ao homem que é infectado por três tipos de vírus da gripe relacionados entre si, pertencentes à família Orthomyxoviridae, e denominados A, B e C. O vírus do tipo B infecta humanos (gripe sazonal) e causa pequenas epidemias, enquanto o vírus C não é epidêmico. O vírus do tipo A é o principal responsável pelas grandes epidemias, infectando humanos e outros animais (aves, mamíferos).

FIGURA 02 – Foto vírus H1N1. fonte: Carneiro et al. (2010).

Devem ser considerados para tratamento específico contra influenza pandêmica todos os pacientes que apresentarem sintomas de febre associada a tosse e/ou dor de garganta há menos de 48 horas, exceto em casos graves, quando devem ser medicados até mesmo em pacientes que manifestaram sintomas há mais tempo.

Ações cotidianas conhecidas para evitar a propagação de infecções, tais como: higienização das mãos (com água e sabão ou à base de álcool), evitar contato próximo com pessoas doentes, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou espirrar, não trabalhar com sintomas de febre e tosse de início súbito, evitar aglomerações de pessoas em locais fechados são medidas práticas e eficazes.

O controle do vírus H1N1 pela disponibilidade de vacina específica oferece vantagens (reduzindo morbimortalidade) e favorece a manutenção da infraestrutura, sem superlotações, dos serviços de saúde, para atendimento à população. Segundo Carneiro et al. (2010, p.212) Desde março de 2010, o Brasil, através do Programa Nacional de Imunizações, oferece a vacina contra a gripe (cepa pandêmica) de forma gratuita na rede pública. No ano de 2010, vislumbramos uma redução significativa dos casos de gripe e das taxas de morbidade e mortalidade, especialmente devido à vacinação. Cabe ressaltar que todos os casos de gripe, independente do tipo de cepa viral e do “grupo de risco”, deve ser tratado, precocemente, com antiviral, como única alternativa viável para diminuir o risco de complicações relacionadas.

4 Dengue

Para Otto Miller, a dengue é uma infecção de caráter agudo, cujo agente causal é um flavivírus da família flavividae com quatro diferentes sorogrupos, transmitidos por mosquitos do gênero Aedes . Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4. O vírus tipo 4 não era registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima.

A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.

4.1 Formas de apresentação

A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

4.2 Infecção Inaparente

A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

4.3 Dengue Clássica

A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.

Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

4.4 Dengue Hemorrágica

A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.

Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

4.4.1 SINAIS DE ALERTA – DENGUE HEMORRÁGICA

1. Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual);

2. Agitação ou letargia;

3. Vômitos persistentes;

4. Pulso rápido e fraco;

5. Hepatomegalia dolorosa;

6. Extremidades frias;

7. Derrames cavitários;

8. Cianose;

9. Sangramentos expontâneos e/ou prova de laço positiva;

10. Lipotimia;

11. Hipotensão arterial;

12. Sudorese profusa;

13. Hipotensão postural;

14. Aumento repentino do hematócrito;

15. Diminuição da diurese;

16. Melhora súbita do quadro febril até o 5 dia;

17. Taquicardia.

4.5 Síndrome de Choque da Dengue

A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

É importante destacar que a dengue é uma doença dinâmica, que pode evoluir rapidamente de forma mais branda para uma mais grave. É preciso ficar atento aos sintomas que podem indicar uma apresentação mais séria da doença.

4.6. Prevenção da Dengue

A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.

A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.

Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.

Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.

É bom lembrar que o ovo do mosquito da dengue pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.

Ações simples para combater a proliferação do mosquito da dengue:

4.7 Tratamento da Dengue

O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos antitérmicos que devem recomendados por um médico.

É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.

O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas da dengue, que podem permanecer por 10 dias.

É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço doloroso, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico. Em caso de suspeita de dengue, procure a ajuda de médico. Este profissional irá orientá-lo a tomar as providências necessárias do seu caso.

4.8 Diagnóstico da Dengue

O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do doente, exames de sangue, que indicam a gravidade da doença, e exames específicos para isolamento do vírus em culturas ou anticorpos específicos.

Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue. A doença é detectada a partir do quarto dia de infecção.

Inicialmente, é feito um o diagnóstico clínico para descartar outras doenças. Após esta etapa, são realizados alguns exames, como hematócrito e contagem de plaquetas. Estes testes não comprovam o diagnóstico da dengue, já que ambos podem ser alterados por causa de outras infecções.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o passar do tempo as doenças infecciosas estão se tornando cada vez mais frequente, por isso a necessidade de ressaltar a prevenção para as doenças que foram destacadas. E atentar-se aos sintomas que podem indicar uma apresentação mais séria das doenças.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BLACK, Jacquelyn G. Microbiologia: Fundamentos e Perspectivas. Editora Guanabara Kogan S.A. Rio de Janeiro, RJ. 2012.

CARNEIRO, Marcelo; et al. Influenza H1N1 2009: revisão da primeira pandemia do século XXI. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 2010. Disponível em <http://www.amrigs.com.br/revista/54-02/18-637_influenza.pdf> Acesso em: 22maio2014.

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Disponível em: <http://www.dicio.com.br/fisiopatologia/> acessado em 21/05/14.

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MILLER, OTTO. O Laboratório e as técnicas de imagem no diagnostico clinico. Editora: Atheneu São Paulo, 2002.

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