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Tecido Muscular

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Por:   •  17/5/2014  •  2.931 Palavras (12 Páginas)  •  564 Visualizações

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Tecido Muscular

1 – CARACTERÍSTICAS O tecido muscular possui células alongadas e ricas em filamentos contráteis. 2 – FUNÇÕES A contração do tecido muscular promove o movimento de estruturas ligadas a ele, como os ossos, e, consequentemente, do corpo. Permite ainda o movimento, pelo organismo, de substâncias e líquidos, como o alimento, o sangue e a linfa. 3 – COMPONENTES O tecido muscular é composto por células e pela matriz extracelular. As células musculares são alongadas, por isso também são chamadas fibras musculares. Elas são ricas nos filamentos de actina e de miosina, responsáveis pela sua contração. A actina e algumas proteínas associadas compõem filamentos de 7nm de diâmetro, os filamentos finos, enquanto os filamentos de miosina II, com 15nm de diâmetro, correspondem aos filamentos espessos. Os filamentos finos medem 1μm de comprimento, e os espessos, 1,5μm. As células musculares possuem ainda filamentos intermediários de desmina, também presentes em outras células contráteis, como as células mioepiteliais e os miofibroblastos.

Conforme o tipo de músculo tem-se um destes tipos celulares: células musculares estriadas esqueléticas, células musculares estriadas cardíacas ou células musculares lisas. A matriz extracelular consiste no glicocálix, na lâmina basal (ou externa) e nas fibras reticulares. As células musculares lisas secretam colágeno, elastina, proteoglicanas e fatores de crescimento, sendo que alguns desses elementos ajudam na adesão entre as células. 4 – CLASSIFICAÇÃO 4.1 – Músculo estriado esquelético As células deste músculo são originadas da fusão de centenas de células precursoras, os mioblastos (Figura 5.1), o que as tornam bastante grandes e alongadas, com um diâmetro de 10 a 100m e até 30cm de comprimento, e multinucleadas, sendo que os núcleos ficam em posição periférica (Figura 5.2). Figura 5.1 - Fusão dos mioblastos para formar o músculo estriado esquelético. HE. 1.373x.

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Alguns desses núcleos periféricos pertencem a mioblastos latentes, as células-satélites. Essas células são mononucleadas e fusiformes e estão posicionadas entre a lâmina basal e a membrana plasmática da célula muscular. As células-satélites podem se dividir, fusionar e originar células musculares no processo de reparo após lesão ou de hipertrofia decorrente do exercício intenso.

As células do músculo estriado esquelético possuem filamentos de actina e de miosina em abundância, e a sua organização faz com que se observem estriações transversais ao microscópio de luz, o que conferiu o nome estriado ao tecido (Figura 5.2). O termo esquelético é devido à sua localização. Figura 5.2 - Corte longitudinal do músculo estriado esquelético. HE. 550x. O retículo endoplasmático liso (geralmente chamado de retículo sarcoplasmático) é bem desenvolvido e armazena íons Ca2+, importantes para o processo de contração. As mitocôndrias são numerosas e fornecem energia ao processo. Para a obtenção da energia, armazenam glicogênio em grânulos no citoplasma. Como o consumo de oxigênio é alto, há um abundante suprimento de mioglobina. Este músculo está sob controle voluntário e tem contração rápida. 4.2 – Músculo estriado cardíaco Este músculo é formado por células alongadas, mais delgadas e mais curtas que as células musculares esqueléticas. Elas possuem 15 a 20m de diâmetro e cerca de 100m de comprimento. Diferente das células musculares esqueléticas, as células do músculo cardíaco são ramificadas e possuem um ou dois núcleos centrais ou próximos ao centro, com cromatina frouxa e nucléolo proeminente (Figura 5.3). Ao microscópio de luz, este músculo exibe, além das estriações devido ao arranjo dos filamentos contráteis, os discos intercalares, linhas retas ou em escada que correspondem a complexos juncionais (Figura 5.3). Os discos intercalares são constituídos por interdigitações, junções de adesão e desmossomos, que impedem a separação das células com o batimento cardíaco, e junções comunicantes, que, ao permitir a passagem de íons de uma célula à outra, promovem a rápida propagação da despolarização da membrana e a sincronização da contração das células. Figura 5.3 - Corte longitudinal do músculo estriado cardíaco. HE. 550x. Assim como ocorre nas células epiteliais, os filamentos de actina ancoram-se nas junções de adesão, e os filamentos intermediários, nos desmossomos. Entretanto, nas células musculares, os filamentos intermediários são de desmina. Este músculo apresenta contração involuntária.

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O músculo estriado cardíaco regenera-se somente nos primeiros anos de vida. Depois não é mais capaz, porque não possui uma população de células precursoras, como as células-satélites do músculo esquelético. As lesões do coração são reparadas pela proliferação dos fibroblastos, que formam uma cicatriz de tecido conjuntivo denso.

4.3 – Músculo liso As células são alongadas, com 5 a 10m de diâmetro e 20 a 500m de comprimento. O núcleo é central, ovoide, com um ou mais nucléolos (Figura 5.4). Quando as células estão contraídas, o núcleo assume a aparência de saca-rolhas. A disposição dos feixes de filamentos contráteis em diferentes planos faz com que as células deste músculo não apresentem estriações, por isso a denominação de músculo liso (Figuras 5.4 e 5.5). Entretanto, como nos músculos estriados esquelético e cardíaco, o filamento espesso é circundado pelos filamentos finos (Figura 5.6). Os filamentos de actina, de miosina, de desmina e, no caso das células musculares de vasos, também os de vimentina cruzam a célula e inserem-se em pontos de ancoragem na membrana celular ou mesmo no citoplasma, designados corpos densos. Essas estruturas contêm entre outras proteínas, a -actinina, responsável pela ligação dos filamentos de actina. A tensão produzida pela contração é transmitida através dos corpos densos para a lâmina basal, permitindo que as células musculares lisas atuem como uma unidade. As células propagam a despolarização da membrana por junções comunicantes e realizam intensa pinocitose para a entrada de íons Ca2+. Essas vesículas endocíticas são denominadas cavéolas (Figura 5.5). A contração deste músculo é involuntária e lenta. Figura 5.4 - Cortes transversal e longitudinal do músculo liso. HE. 550x.

Figura 5.5 - Microscopia eletrônica de célula muscular lisa com filamentos contráteis dispostos em diferentes planos. Cavéolas são apontadas.

Figura 5.6 - Eletromicrografia de corte transversal dos filamentos contráteis, permitindo observar os filamentos espessos circundados pelos filamentos finos.

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