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Teorias Da Evolução

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Por:   •  12/11/2013  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  275 Visualizações

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Introdução

As idéias bíblicas lavradas no Gênesis pelas quais Deus criou o mundo e tudo do que nele existe nos “sete dias da Criação” marcaram firmemente o pensamento humano durante vários séculos (SOARES, 1988). Isso é verificado até os dias de hoje, com alguns religiosos fundamentalistas que continuam preferindo aceitar as teorias criacionistas e abstendo-se a todas as teorias de evidencias da Evolução (SOARES, 1988).

Segundo Soares (1988) no século XVII, o Conde de Buffon, na França, expressava a sua convicção que os caracteres das espécies não são imutáveis sendo que, ao passar do tempo, elas sem duvida alguma passavam por evidentes transformações. Buffon era um evolucionista que enfrentava as opiniões contrárias dos fixistas, para os quais afirmavam que todas as espécies hoje conhecidas sempre existiram na Terra (SOARES, 1988). O pesquisador Lineu (Karl Von Linné), sueco, idealizador da Nomenclatura Científica Binominal, nos primórdios de sua vida, também era fixista e falava: “As espécies são tantas quantas saíram da mão do Criador”. De acordo com Soares (1988) Lineu, no entanto, com o passar de sua vida, converteu-se em evolucionista, o que não se verificou com o Barão de Cuvier, renomado anatomista Francês, que manteve-se fixista até o dia de sua morte. Soares (1988), salienta ainda que Cuvier foi o idealizador da Teoria das Catástrofes, a qual relatava que grandes cataclismas justificavam o desaparecimento das espécies. Conforme ele, ao fim de cada cataclisma (terremotos e enchentes, como o dilúvio) várias espécies estavam extintas, porém, a vida continuaria pela união das espécies sobreviventes (SOARES, 1988).

No entanto, o Evolucionismo teve seu enorme salto com as teorias propostas por Lamarck e Darwin.

Teorias da Evolução

Segundo Paulino (2003), a Terra possui uma enorme biodiversidade, com milhões de seres vivos, em diferentes ambientes. As teorias da evolução procuram explicações e meios que possibilitem entender toda essa variabilidade de seres vivos.

Uma população se encontra em processo evolutivo no momento em que seu estoque gênico (pool gênico) se transforma ao longo do tempo e das gerações. Tais alterações, o surgimento de novas espécies e a extinção de outras são discutidos com as Teorias Evolucionistas (PAULINO, 2003).

As idéias de Lamarck e o mecanismo evolutivo

O biólogo francês Jean-Baptiste de Monet, reconhecido em sua época como cavaleiro de Lamarck, foi um dos primeiros seguidores do transformismo (PAULINO, 2003). De acordo com essa teoria, os seres vivos transformam-se ao longo do tempo, contradizendo o fixismo.

Conforme Favaretto e Mercadante (2005), em 1809, Jean-Baptiste de Monet (Lamarck) publicou seu livro Filosofia Zoológica, que relatava a evolução biológica. A obra não foi muito bem recebida no momento, no entanto suas ideologias tiveram grande importância na história da Biologia.

Segundo Mercadante et al (1999), Lamarck baseava-se no fato de os seres vivos possuírem um impulso interior capaz de fazer com que ele consiga se adaptar ao ambiente, caso exista necessidade de tal fato acontecer. Favaretto e Mercadante (2005), salientam que eles arranjariam outros hábitos da vida, utilizando alguma parte do corpo com mais freqüência e intensidade que outra, sendo assim, as partes mais utilizadas desenvolveriam-se e as menos utilizadas perderiam suas funções, podendo até mesmo desaparecer. Essa hipótese ficou conhecida como Lei do uso e do desuso.

De acordo com Paulino (2003), Lamarck afirmava que o fato de uma espécie apresentar uma nova característica gerada devido às condições ambientais, pode transmiti-la a seus descendentes, com isso formulou duas leis básicas, sendo elas:

• Lei do uso e desuso – afirma que o uso contínuo dos órgãos, como músculos, que são exercitados freqüentemente desenvolvem-se, já os que não são utilizados, perdem suas funções podendo até mesmo desaparecer.

• Lei da transmissão das características adquiridas: sugere que as características obtidas pelo uso ou perdidas pelo desuso são transmitidas de uma geração para outra.

As hipóteses de Darwin

Em 1859, trinta anos após a morte de Lamarck, o naturalista inglês Charles Robert Darwin apresentou seu livro A origem das espécies, expondo suas idéias sobre o processo de transformação das espécies (PAULINO, 2003).

Primeiramente, Darwin ponderou sobre algumas de suas idéias evolucionistas:

• Os organismos vivos possuem grande numero de unidades reprodutivas, sendo assim o numero de indivíduos se mantém, na maioria das espécies, mais ou menos inalterado (PAULINO, 2003). Sendo assim, conclui que no meio ambiente existe uma verdadeira “luta pela sobrevivência”, ou seja, uma disputa muito intensa pelos recursos disponíveis no meio ambiente.

• Os componentes de uma população natural são distintos entre si, possuem diferenças nem sua forma e em seu comportamento. Sendo assim, essas diferenças podem passar de geração para geração (PAULINO, 2003).

Charles Darwin em 1831, participou de uma expedição que durou cinco anos ao redor do mundo, nesse percurso Darwin coletou representantes de espécies de seres vivos, para posteriormente realizar seus estudos e levantar suas numerosas anotações, que foram imprescindíveis em relação as suas hipóteses (FAVARETTO; MERCADANTE, 2005; PAULINO, 2003).

Seleção Natural

De acordo com Paulino (2003), embasado em suas experiências, Darwin levou em consideração que algumas características ajudavam na sobrevivência e reprodução de alguns indivíduos em um determinado local, formando assim, condições “favoráveis”. Entretanto, indivíduos com condições “desfavoráveis”, teriam grades problemas de sobrevivência e poderiam ser extintos.

Com isso, as diferenças entre cada individuo, já existente de uma mesma espécie iriam ser selecionadas naturalmente pelo ambiente (FAVARETTO; MERCADANTE, 2005; PAULINO, 2003). Com tudo, o ambiente, como fator de seleção, levaria a:

• Fixar os indivíduos portadores de condições favoráveis;

• Eliminar os indivíduos portadores de condições desfavoráveis.

Diante disso, a natureza faria, no decorrer das gerações, melhorando a espécie e ajudando com uma adaptação em um determinado ambiente (PAULINO, 2003).

Comparação entre Lamarck e Darwin

Darwin e Lamarck eram evolucionistas que procuravam explicar a origem das adaptações como produto de modificações nos seres vivos (MERCADANTE et al, 1999). Para Darwin, o ambiente servia como agente de seleção natural, agindo sobre a diversidade das espécies, já para Lamarck, por sua vez, admitia o ambiente como um elemento estimulador de transformações adaptativas e herdáveis aos seres vivos (MERCADANTE et al, 1999; FAVARETTO; MECADANTE, 2005).

Conclusão

O lamarckismo sugere que as novas características sejam adquiridas por ação do ambiente, contrapondo-se ao darwinismo que sugere que as características já existentes são selecionadas pelo ambiente (PAULINO, 2003).

Entretanto, essa influencia do ambiente, é que proporciona a maior divergência entre as idéias desses dois evolucionistas.

No entanto, o darwinismo clássico é classificado como incompleto, por não solucionar as causas das variações oriundas entre os componente de algumas populações (PAULINO, 2003).

Bibliografia

FAVARETTO, J. A.; MERCADANTE, C. Biologia. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2005.

MERCADANTE, C,; BRITO, E. A.; ALMEIDA, F. C.; TREBBI, H.; FAVARETTO, J. A. Biologia: volume único. 1. ed. São Paulo: Moderna, 1999.

PAULINO, W. P. Biologia. São Paulo: Editora Ática, 2003.

SOARES, J. L. Biologia Básica. 3. Vol. São Paulo: Editora Scipione, 1988.

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