Documentário Muito Além do Peso

O documentário mostra cenas fortes e muitos casos chocantes que faz total sentido para uma frase que foi mencionada no mesmo “Seu filho vai viver dez anos a menos do que você, por causa do ambiente alimentar que construímos.” Os quatro pontos que mais me chamaram atenção nesse documentário foram:

1-Como a publicidade apelativa usada pelas empresas da indústria alimentícia, que incentiva crianças a comerem fast food e produtos industrializados.

2- A má alimentação das crianças, que não conseguem diferenciar legumes e frutas, mas sabem o nome de todos os biscoitos e salgadinhos. Crianças com sobrepeso, obesidade e outras doenças gravíssimas que não era para ser comum em crianças tão pequenas.

4-A tecnologia, que contribui consideravelmente para o sedentarismo das crianças, que de acordo com a pesquisa realizada no documentário, crianças passam em média 3 horas na escola e 5 horas por dia na televisão ou computador, ao invés de sair para brincar ou praticar algum exercício físico.

A obesidade infantil é um problema muito sério atualmente, e isso se dá devido a vários fatores, como a industria alimentícia, que usa personagens infantis em rótulos de produtos industrializados com o objetivo de chamar atenção das crianças e fazê-las comprarem o produto. As propagandas abusam da inocência das crianças, idealizando um mundo encantado ou uma felicidade plena naquele produto.

Outro fator de grande peso é o meio em que a criança vive, começando pelos pais, que na maioria das vezes não sabem orientar o filho e dizer que aquele estilo de vida não é bom e que trás conseqüências sérias no futuro, a escola também tem uma responsabilidade grande que às vezes não é cumprida, no documentário  foi relatado por algumas crianças que em suas escolas o tempo de educação física era pouco, ou ficava só na parte teórica e não tinha prática, incentivando mais ainda o sedentarismo infantil.

Outro grande incentivador é a tecnologia, o desenvolvimento tecnológico começou a influenciar hábitos rotineiros do ser humano, inclusive das crianças, hábitos como jogar bola, brincar de queimado, pique e pega, entre outros, foram substituídos por celulares e tablets, deixando as crianças o tempo inteiro sentados ou deitados, contribuindo para o sedentarismo.

Além disso, em alguns lugares do país, o acesso à alimentos de qualidade também é precário, ou fica muito longe de onde as pessoas moram. Muitos municípios afastados das grandes cidades encontram-se nessa situação. Enquanto isso, mais e mais alimentos industrializados com pouco valor nutritivo e alto potencial de engordar são comercializados por quase toda parte com a permissão dos órgãos de controle de alimentos.

Todos os fatores citados acima podem resultar em obesidade e doenças como artrite, trombose, problemas no coração e pulmão, diabetes tipo 2, hipertensão e colesterol alto são comuns em crianças de 10, 8 e até 4 anos, tudo em decorrência da má alimentação das crianças.

É extremamente importante existir uma disciplina de educação alimentar nas escolas, assim como foi sugerido no documentário, dessa forma as crianças entenderiam um pouco mais a qualidade dos alimentos, com isso não se sentiriam excluídas se comessem coisas diferentes de seus coleguinhas, além disso, também deveria ter reuniões com os pais para ampliar ainda mais essas informações, até porque também foi mostrado no documentário que muita das vezes os próprios pais não tem noção do quão mal um alimento pode fazer, da quantidade de açúcar que tem um produto (achando até que sucos de caixinhas são saudáveis, quando na verdade contém mais açúcar que um refrigerante) ou até mesmo da quantidade de gordura do alimento (achando que alimentos que vem escrito ‘’zero gordura trans’’ está livre de gorduras). Dependendo do caso, é extremamente importante também que a criança tenha um acompanhamento psicológico, pois muitas crianças acabam entrando até em depressão.

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