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DURAÇÃO DO PICO PUBERAL EM PACIENTES CLASSE I E CLASSE III ESQUELÉTICA

Por:   •  3/8/2015  •  Artigo  •  2.440 Palavras (10 Páginas)  •  567 Visualizações

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DURAÇÃO DO PICO PUBERAL EM PACIENTES CLASSE I E CLASSE III ESQUELÉTICA

KUC-MICHALSKA, M.; BACCETTI, T.

KUC-MICHALSKA, M.; BACCETTI, T. Duration of the Pubertal Peak in Skeletal Class I and Class III Subjects. Angle Orthod, v.80, n.1, p.54-57, jan. 2010.

Tradução: Tayla Righi

Orientação: Tulio Silva Lara

Resumo

Objetivo: Estimar e comparar a duração do pico de crescimento puberal em indivíduos Classe I e indivíduos Classe III.

Materiais e Métodos: Os dados analisados consistiram de telerradiografias em norma lateral na fase de pré-tratamento de 218 pacientes de raça branca apresentando padrões esqueléticos Classe I ou Classe III (93 indivíduos do sexo feminino e 125 do sexo masculino). A duração do pico puberal foi calculada a partir da média de intervalos de idade cronológica em que ocorriam os estágios CS3 e CS4 de maturação das vértebras cervicais para os grupos Classe I e Classe III (t-teste).

Resultados: Em indivíduos apresentando padrão esquelético de Classe I, o pico puberal teve duração média de 11 meses, enquanto que nos indivíduos Classe III, o pico durou 16 meses. A diferença média (5 meses) foi estatisticamente significante (P<0,001).

Conclusões: O intervalo de tempo correspondente ao pico de crescimento puberal (estágios vertebrais CS3 e CS4) foi maior em indivíduos Classe III do que em indivíduos Classe I; os maiores incrementos no comprimento mandibular durante o pico puberal relatados na literatura para indivíduos Classe III podem estar relacionados com a maior duração do pico puberal nesses indivíduos.

Palavras-chave: Maturação pelas vertebras cervicais; idade cronológica; Padrões esqueléticos Classe I e Classe III; Pico puberal; Idade óssea.

Introdução

               Um dos fatores mais importantes no planejamento do tratamento ortodôntico é o potencial de crescimento do paciente.1-4 O crescimento e desenvolvimento humano não são uniformes, com acelerações e desacelerações na velocidade de crescimento dos diferentes componentes esqueléticos nas diversas fases do desenvolvimento maturacional.5-7 O início da puberdade varia de acordo com o sexo, a população e o ambiente.8

Por muitos anos, pesquisadores5-16 têm testado indicadores biológicos com o objetivo de determinar o potencial de crescimento em adolescentes. Os parâmetros clássicos considerados são: peso,12 estatura,9-11 idade da menarca,8,13 características de maturação sexual,7, 13, 14 idade cronológica,14 desenvolvimento dentário5, 8, 15 e desenvolvimento esquelético.5, 7, 16 As radiografias carpais têm sido amplamente utilizadas como um método confiável para determinar a idade óssea.5-7 Infelizmente, este método requer uma exposição adicional à radiação quando utilizado para planejamento ortodôntico. Em 1972, Lamparski17 apresentou os primeiros parâmetros morfológicos relacionando a idade óssea pelas vértebras cervicais e a idade cronológica e indicadores ósseos presentes nas radiografias carpais. Posteriormente, vários autores3-6,18-24 têm comprovado que a maturação das vértebras cervicais (CVM) apresenta um elevado grau de correlação com a maturação esquelética individual. O’Reilly e Yanniello em 1988,3 Franchi et al em 2000,4 e Baccetti et al em 200522 demonstraram que o maior aumento no comprimento mandibular ocorreu durante o pico de crescimento puberal  e que este pode ser identificado durante o intervalo entre os estágios vertebrais CS3 e CS4.

 O início, a duração e o final do surto de crescimento puberal na mandíbula são aspectos relevantes a ser considerados quando se planeja um tratamento ortopédico, uma vez que o resultado e estabilidade do tratamento podem ser influenciados pelo estágio maturacional do paciente.20 A literatura fornece indicações sobre a duração do pico puberal em pacientes com padrão esquelético Classe I, enquanto que informações sobre a duração do pico de crescimento em indivíduos com má oclusão Classe III é inexistente. Esta informação é importante, especialmente considerando a relação entre as alterações puberais, o crescimento mandibular e a má oclusão de Classe III. Reyes et al25 afirmaram que o surto de crescimento puberal  começa mais tarde e apresenta-se com uma maior quantidade de alongamento mandibular em pacientes Classe III do que em indivíduos com oclusão normal. O presente estudo buscou avaliar a duração do pico de crescimento puberal em indivíduos com má oclusão de Classe III versus indivíduos com oclusão normal, utilizando um indicador esquelético confiável (Método de Avaliação da Maturação pelas Vértebras Cervicais - CVM).

Materiais e Métodos

Telerradiografias em norma lateral de 900 indivíduos sem tratamento ortodôntico, com idades entre 8 e 18 anos, foram analisadas. O estágio CVM foi avaliado em cada radiografia de acordo com o método de Baccetti et al,22 e o padrão esquelético foi avaliado de acordo com a análise cefalométrica de Bjork.26,27 A avaliação da idade óssea pelo método CVM foi realizada por um pesquisador calibrado e sua precisão foi confirmada por um segundo examinador.

As radiografias laterais foram analisadas em um negatoscópio e foram traçadas em papel de acetato pelos dois observadores. As medições foram feitas em comum acordo entre os dois pesquisadores.

Os critérios de inclusão para a presente pesquisa foram:

-        Telerradiografias em norma lateral de boa qualidade.

-        Indivíduos de ascendência caucasiana.

-        Sem tratamento ortodôntico prévio.

-        Sem dentes extraídos ou agenesias.

-        Sem nenhuma doença sistêmica que possa ter afetado o desenvolvimento geral.

-        Padrão esquelético de Classe I ou Classe III, com o diagnóstico baseado no ângulo A-N-Pog da análise de Bjork (Class I = -0,5o ≤ A-N-Pog ≤ 4o; Classe III = A-N-Pog < -0,5o).26, 27

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