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ODONTOLOGIA APLICADA A PACIENTES PNE

Por:   •  1/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.914 Palavras (12 Páginas)  •  722 Visualizações

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ODONTOLOGIA APLICADA A PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Amanda Gomes Caldeira[1]

Mariana de Andrade Reis[2]∗∗

Mariana Zanferrari Saura Silva[3]∗∗∗

Naiara Gomes da Silva[4]∗∗∗∗

Stéfany Bizi[5]∗∗∗∗∗

Resumo: O objetivo desse artigo é discorrer sobre a Odontologia em Pacientes com necessidades especiais, fornecer conhecimento aos acadêmicos de Odontologia sobre o atendimento de pacientes com necessidades especiais. Também tem como objetivo apresentar as dificuldades vivenciadas durante o atendimento ao paciente deficiente, discutindo a abordagem e relacionamento do cirurgião-dentista frente a este paciente.

Palavra-chave: Pacientes Especiais; saúde bucal, odontologia

Abstract: The purpose of this article is to discuss dentistry in patients with special needs, providing knowledge to dental students on the care of patients with special needs. It also aims to present the difficulties experienced during the service to poor patients, discussing the approach and Dentists relationship to this patient.

Keyword: Special Patients.

INTRODUÇÃO

        A odontologia é uma área da saúde que lida com uma diversidade muito grande de pacientes. Dentre eles, podem-se citas os pacientes portadores de necessidades especiais (PNE). São pessoas que precisam de um cuidado diferenciado por apresentarem algum tipo de desvio da normalidade de ordem física, mental, sensorial, comportamental e/ou de crescimento. Por isso, em muitos casos não conseguem se beneficiar de programas assistenciais de rotina (MINAS GERAIS, 2006).

        A prevenção das doenças bucais nos indivíduos com necessidades especiais deve ser realizada por programas de educação e prevenção que tenham o apoio dos familiares e cuidadores. Muitas vezes, o uso de escovas dentais adaptadas, que ajudam na higienização, são recursos que auxiliam nos cuidados bucais dos PNE. A assistência odontológica dedicada aos PNE não visa somente o emprego das técnicas odontológicas. É essencial que aconteça uma boa interação multiprofissional e familiar que proporcione o cuidado integral do paciente. (BRITO, 2006).

          Os pacientes portadores de necessidades especiais requerem um tratamento odontológico diferenciado devido as limitações determinadas por sua deficiência. A qualidade da higiene bucal esta relacionada ao quadro clinico do paciente, tendo os indivíduos com problemas de motricidade e inteligência, a higiene bucal comprometida. É importante que haja profissionais capacitados e abordagem multidisciplinar adequada, para suprir barreiras impostas durante o seu atendimento, como a ansiedade dos pais, problemas sistêmicos, discriminação, entre outras. (OLIVEIRA E GIRO, 2011).
        

REVISÃO DE LITERATURA

Em conformidade do ideário democrático, ao longo da Constituição Federal de 1988, estão assegurados os direitos das pessoas portadoras de deficiências nos Mais diferentes campos e aspectos. No entanto a assistência odontológica ate pouco tempo era bastante restrita, não apresentava base cientifica e era praticada como forma de caridade.

Essa ineficiência da assistência odontológica se dava por diversos motivos como a falta de conhecimento e de preparo dos profissionais para o atendimento desses pacientes, informações inadequadas quanto as condições de saúde bucal e as necessidades odontológicas, a negligencia do tratamento odontológico pelo serviço de saúde e o descredito da importância da saúde bucal pelos cuidadores ou responsáveis. Ainda problemas com o custo financeiro, problemas com autoimagem, dificuldade de acesso físico e numero reduzido de profissionais também constituem barreiras significantes ao atendimento odontológico.

        Ainda hoje os profissionais da área da odontologia enfrentam grandes dificuldades no atendimento a pacientes portadores de necessidades especiais (PPNE), tanto pela falta de conhecimento como pela inabilidade, tornando ainda mais complicado o procedimento. O tratamento aos PPNE requer cuidado e paciência do cirurgião dentista, a fim de evitar transtornos no consultório evitando o uso de medidas mais complexas como a anestesia geral. Quando não obtido sucesso no procedimento comum, a alternativa e induzir o paciente a anestesia geral, sendo assim possível a reabilitação oral em apenas uma sessão, realizando desde profilaxia ate cirurgias.

        Ate recentemente o cuidado da saúde bucal de pacientes especiais era muito limitado, porem com o aperfeiçoamento de especialistas na área e de novas técnicas o atendimento a PPNE cresceu muito.

        Infelizmente ainda hoje muitos pacientes portadores de necessidades especiais recebem tratamento odontológico somente em situações de urgência, ou na presença de dor, sendo comum a pratica de extrações dentarias.

 

CARACTERISTICA DOS PACIENTES ESPECIAIS

No Brasil, de acordo com o censo do ano de 2000, 24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de incapacidade, sendo que este número corresponde a 14,5% da população.

A literatura apresenta diversas definições para o PPNE Segundo Mugayar (2002), o PPNE é aquele indivíduo que possui alguns desvios de normalidade, identificáveis ou não. Por isso, precisam de atenção e abordagem especiais por um período da vida ou por um período indefinido.

Segundo SANTOS E SBBAGH-HADDAD (2003) pacientes com necessidades especiais são aqueles indivíduos que apresentam algum tipo de doença ou condição que requerem atendimento diferenciado por apresentarem alterações físicas, orgânicas, mentais, sociais e comportamentais.

Para FIQUEIREDO (2002), a odontologia utiliza-se o conceito pacientes com necessidades especiais. A international Association for Disability and Oral Health (IADH) inclui, além dos portadores de deficiência, pessoas com restrições de capacidades advinhas da idade ou de agravos adquiridos, os quais limitam a função intelectual, física ou social.

No intuito de promover a inserção social desses indivíduos, inclusive buscando uma melhor assistência a eles, o Conselho Federal de Odontologia criou, em 2002, a especialidade “Odontologia para pacientes portadores de necessidades especiais” (PINTO, 2004).

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