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Atuação na Psicanalise, Perspectiva Freudiana

Por:   •  8/2/2020  •  Resenha  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  301 Visualizações

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Autora: Ana Caroline Ribeiro Mangia Milhomem – Janeiro/2020

Tema: A psicanálise e suas formas de atuação

A psicanálise pode ser entendida como um método de investigação que contribui para uma atuação clínica, dotada de técnicas e vertentes, a fim de buscar a causa e consequentemente a resolução de problemas dos indivíduos.

Conforme a Wikipédia, a psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud e é um campo relacionado a medicina que não só previne, mas diagnostica e trata a psique humana. Dessa forma, é possível entender o funcionamento da mente, como se adoece e como se pode trata-la. Ou seja, além de compreender a mente é possível intervir.

Nesse método Freud propõe uma abordagem em torno do inconsciente, ou seja, a compreensão e a análise geram em torno da busca de conteúdos ocultos e ou inacessíveis às manifestações ou ações do ser humano.

Enquanto sujeito do inconsciente, esse método propõe uma abrangência em três áreas:

- A análise e investigação do psiquismo, com seu funcionamento;

- Um conjunto de teorias psicanalistas e psicopatológicas sobre o comportamento humano;

- Um método de tratamento pela técnica da Associação livre.

A partir da observação de pacientes neuróticos e histéricos, Freud, médico neurologista no início de sua carreira, entendia que tais comportamentos eram em virtude de desejos reprimidos relegados ao inconsciente.

Ao criar e aperfeiçoar o método de análise, que inicialmente era a hipnose, a prática da psicanálise versa pelo método da Associação livre, ou seja, proporciona-se ao paciente um ambiente de relaxamento, onde ele traz suas queixas, angustias, situações e falas, sem restrição, e será estimulado a refletir sobre a causa raiz do fato que está sendo apresentado.

A partir dessa prática Freud analisava e interpretava pois acreditava que através da escuta era possível relacionar a fala do paciente aos conteúdos ocultos submersos no inconsciente.

Por ser a psicanálise uma ciência que se baseia na observação, espera-se que a medida que os problemas vão sendo elencados, as soluções também sejam, paulatinamente, apresentadas. Freud versa sobre hipóteses e conceitos, mas também na capacidade avaliativa do analista. Nesse caso a percepção do analista é fundamental, pois de nada adianta teorias sem a correta relação entre os fatos e a teoria. O discurso do paciente é alvo de reflexão, onde as hipóteses surgem, orientando assim as intervenções.

Freud concebe a psicanálise em dois níveis, são eles: o levantamento das hipóteses do inconsciente, as angustias, as pulsões, as defensas, onde o ser humano é movido por forças ditas “desconhecidas’’, além do caráter propulsor, que juntos formam a vida psíquica.

A Conferência 35 esclarece:

“A contribuição da Psicanálise à ciência consiste precisamente em ter estendido a investigação ao território do psíquico. [...] Mas essa incorporação do estudo das funções intelectuais e emocionais dos homens (e dos animais) à ciência não modifica de modo algum a posição geral desta última, porque não surgem novas fontes de conhecimento nem novos métodos de investigação. A intuição e a adivinhação, se existissem, poderiam constituir tais métodos, mas podemos tranquilamente contá -las entre as ilusões, pois são, realizações de impulsos de desejo [Wunscherregungen]. [...] A ciência leva em conta que a vida psíquica humana cria tais exigências e está disposta a buscar suas fontes, mas não tem o menor motivo para reconhecê-las como justificadas. [...] A ciência está disposta a pesquisar quais satisfações esses desejos conquistaram nas realizações artísticas e nos sistemas religiosos e filosóficos; mas não se pode deixar de ver quão injustificado, e em alto grau inconveniente, seria admitir a transferência dessas aspirações ao território do conhecimento.

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