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A Salmonela em suínos

Por:   •  10/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  331 Visualizações

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UNIÃO DE ENSINO DO SUDOESTE DO PARANÁ

Medicina Veterinária

AMANDA TUROK SAUKA

SALMONELLA EM SUÍNOS.

DOIS VIZINHOS

2018

INTRODUÇÃO.

 O gênero Salmonella é dividido em duas espécies, Salmonella enterica e Salmonella bongori (CDC, 2011), pertencente à família Enterobacteriaceae, classificado como bastonetes Gram negativos, não formadores de esporos, anaeróbios facultativos e oxidase negativos (SILVA et al., 2007).

 Dentre os agentes envolvidos em algumas doenças, as bactérias do gênero Salmonella se destacam por causarem grave doença clínica e por serem enteropatógenos cosmopolitas que acometem diversas espécies animais, inclusive a humana, sendo a salmonelose uma zoonose comum e economicamente importante (OIE 2010). A infecção acontece geralmente por contaminação ambiental ou alimentar. A principal via de transmissão é a fecal-oral, porém já foram relatadas infecções através das mucosas dos tratos respiratório superior e geniturinário, conjuntiva ocular, por via transplacentária e umbilical (Mohler et al. 2009).

 No Brasil, refletindo a tendência mundial, investigações recentes de surtos de toxinfecções alimentares ocorridos em diferentes regiões, e de ocorrência de salmonelas em diferentes alimentos, constataram que S. enteritidis é atualmente o principal sorovar causador de salmoneloses e o mais prevalente em produtos de frangos (PERESI et al.,1998; GELLI et al., 1998; VITAL BRAZIL et al., 1997).

 O objetivo deste trabalho é apenas comentar sobre a bactéria e a doença por ela causada.

  A Salmonellose é uma doença infecciosa que atinge principalmente suínos desmamados com ate 3-4 meses de idade. Manifesta –se por septicemia e enterite aguda ou crônica ,a apresentação clínica e a gravidade dos sinais clínicos dependem das condições de resistência dos animais. A debilitação do animal por doença intercorrente ou por situações estressante aumentam os riscos de surtos de salmonellose.

 Na produção de suínos a contaminação por salmonela se caracteriza por dois problemas: a presença de sorovares patogênicos, adaptados ao suíno que provocam gastroenterites e septicemias e a presença de sorovares que não causam a doença nos animais, mas são as principais fontes de contaminação das carcaças nos abatedouros e que podem infectar humanos por ser uma zoonose. Geralmente a salmonellose humana é transmitida por alimentos derivados. (SOBESTIANSKY,Jurij. BARCELLOS,David. Doenças de suínos. Edição 1.Editora CÂNONE,2007)

 Etiologia.

 O agente etiológico é um cocobacilo Gram-negativo móvel, do gênero Salmonella (S.). Existem mais de 2500 sorovares que são classificados conforme suas características. O suíno pode se infectar por uma grande variedade de sorovares.

 Muito resistente no ambiente, suporta dessecação e congelamento. A Salmonella é sensível a calor, luz solar e á maioria dos desinfetantes como fenóis, cloradis e iodados, os quais perdem efetividade na presença de matéria orgânica. (SOBESTIANSKY,Jurij. BARCELLOS,David. Doenças de suínos. Edição 1.Editora CÂNONE,2007)

 

Epidemiologia.

 A entrada de Salmonella na granja, especialmente os sorovares mais invasivos e adaptados, é quase sempre explicada pela introdução de animais portadores, porém, os sorovares não adaptados possuem várias fontes de infecção além da excreção pelos suínos. A contaminação do ambiente da granja após o vazio sanitário, rações contaminadas, presença de veterores, são fatores importantes nas granjas brasileiras.

 Os dados de morbidade e mortalidade são muito variáveis, em registros a participação da Salmonella nos quadros clínicos entéricos é menor do que nas septicemias (9% e 58%).

 A contaminação, por sua vez, possui um grande pontencial, que uma vez que o animal contaminado, o lote também estará contaminado, onde são descartados tanto em granjas como em abatedouros. (SOBESTIANSKY,Jurij. BARCELLOS,David. Doenças de suínos. Edição 1.Editora CÂNONE,2007)

 Sinais Clínicos.

 Os sinais clínicos da salmonelose podem ser relacionados á septicemia ou á diarreia. Na septicemia o quadro geralmente é agudo, alguns animais morrem subitamente e outros apresentam sinais clássicos de febre e cianose de extremidades, queda de apetite, dificuldade de locomoção, enfraquecimento, diarreia. Os animais afetados morrem de um a quatro dias após o aparecimento dos sintomas. A recuperação é rara.

 A forma de diarreia inicia com o aumento da temperatura corporal, seguindo de queda de apetite, e diarreia. As fezes são liquidas, com odor, variam de coloração de amareladas á esverdeadas ou sanguinolentas. A diarreia resulta na perda progressiva de peso. (SOBESTIANSKY,Jurij. BARCELLOS,David. Doenças de suínos. Edição 1.Editora CÂNONE,2007)

 Diagnóstico.

 O diagnóstico se baseia-se no isolamento da Salmonella sp. Através de exames bacteriológicos. No animal vivo pode ser realizado coleta de material retal com suabes Em necropsia, o material a ser coletado inclui fezes do íleo e fragmentos do baço. O exame sorológico pelo teste de ELISA pode ser utilizado, porém o estado de portador assintomático apresenta resultado positivo dependendo dos sorovares presentes na granja e do antígeno que compõe o kit. (SOBESTIANSKY,Jurij. BARCELLOS,David. Doenças de suínos. Edição 1.Editora CÂNONE,2007)

 

Medidas preventivas. 

 Para minimizar as chances de introdução da Salmonelose nos rebanhos deve-se atentar para as seguintes medidas de biosegurança: 
- Fazer a sua própria criação de animais de reposição;
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Comprar animais somente de locais conhecidos, com um bom controle de higiene das instalações;

-  Evitar a compra de animais que já passaram por mais de um rebanho, bem como, animais que passaram por estábulos de comerciantes;
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Transportar os animais em veículo próprio ou certifique-se da limpeza do veículo antes do embarque dos animais; 
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 Elimine a contaminação por esterco de: alimentos, silos, fontes de água e equipamentos; 
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Atenção para que os veículos que transportem alimentos não passem pelas áreas de depósito de esterco; 
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Atenção para que os veículos que transportem esterco não transportem também alimentos;

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