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A parvovirose suína

Artigo: A parvovirose suína. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/12/2014  •  Artigo  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  519 Visualizações

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A Parvovirose Suína é uma das mais comuns doenças reprodutivas, é uma enfermidade de alta prevalência e distribuição mundial, que causa morte embrionária, mumificação, natimortos, leitegadas de tamanho reduzido, quando atinge fêmeas não imunes e em gestação. Presente em quase 100 % das granjas comerciais em todo mundo, ela é causada por um vírus da família Parvoviridae, porém com características bem diferente da Parvovirose Canina, pois no suíno esta doença tem importância somente reprodutiva, por causar morte embrionária (reabsorção de embriões), fetos mumificados, e pequenas leitegadas. O Parvovirus em determinadas condições pode resistir por vários meses no ambiente, sendo sensível aos raios ultravioletas e ao formol. Este vírus possui uma enorme preferência por tecidos em multiplicação (por isso a infecção dos fetos).

A introdução da doença em uma granja pode se dar através da entrada de reprodutores ou mesmo sêmen de animais contaminados. A disseminação dentro da granja é rápida, podendo em 3 meses todo o plantel apresentar positividade sorológica para a doença, sendo a contato oronasal com fezes e/ou secreções venéreas a principal arma de disseminação do vírus. As secreções tanto dos machos quanto das fêmeas, as fezes, restos placentários, bem como fetos são ricos em vírus. Os animais mais sensíveis são as marrãs, e com o aumento do número de partos a tendência é de se aumente da resistência à doença, porém tem-se verificado que fêmeas velhas (acima do oitavo parto) tem menor resistência do vírus como as marrãs.

O vírus alcança os fetos 20 a 23 dias após a infecção, e dependendo da fase (idade do feto ou embrião) tem ações diferentes:

• Quando a infecção ataca os embriões até próximo ao 10° dia de vida, estes são reabsorvidos e a fêmea retorna ao cio normalmente, pois não há o reconhecimento da gestação pelo sistema hormonal da porca;

• Quando o embrião atacado tem entre 10 a 30 dias, eles morrem e também são reabsorvidos pelo útero, porém a fêmea já reconheceu a prenhes e continua gestando, podendo inclusive chegar ao parto (ou à data provável do parto) e não parir nenhum leitão ou então parir leitegadas pequenas;

• Após 30 dias de idade o embrião já tem deposição de cálcio e não são mais absorvidos, aparecendo então as múmias ao parto (fetos mumificados).

• Após 70 dias de idade, os fetos possuem competência imunológica e são resistentes ao vírus, não sofrendo nenhum dano.

vírus tem disseminação horizontal e lenta no útero, atacando assim, fetos de diferentes idades, o que faz aparecer múmias de diversos tamanhos. Os sintomas da doença é caracterizado pelo aparecimento de fetos mumificados, e leitegadas pequenas (abaixo de 4 leitões), além de retornos de cio e até mesmo fêmeas com "falsa gestação”. O diagnóstico é feito pela sorologia através da pesquisa dos anticorpos, ou pela pesquisa do vírus em fetos ou restos placentários. Deve-se fazer um diferencial com Leptospirose, Aujesky e Brucelose. Os leitões imunizados através do colostro apresentam anticorpos até 5 meses de idade, onde é estrategicamente importante o cuidado com marrãs que vão entrar para o plantel reprodutivo, pois, por não apresentarem anticorpos contra a doença, são susceptíveis na hora da cobertura. Recomenda-se a vacinação ou o contato dos animais com o vírus ao menos trinta dias antes da cobertura, possibilitando a existência de anticorpos quando se dá a cobertura do animal. As vacinas comerciais são eficazes no controle da doença, e junto com o uso do fornecimento de restos placentários, fetos e/ou fezes de matrizes paridas para marrãs entre 170 a 190 dias de idade são as únicas maneiras de controle da doença, pois não existe medicamentos capazes de atuar sobre o vírus.

Deve-se cuidar, ao usar fornecer materiais com vírus para outros animais (fetos; fezes; placenta), de que a granja seja controlada sorologicamente contra outras doenças de importância econômica, pois corre-se o risco de estar promovendo sua disseminação por todo o rebanho. Além disso temos outro problema que é não ter como avaliar se o parvovírus presente é suficiente para induzir a produção de anticorpos nos animais que receberão o material, então é muito arriscado o uso desta técnica, ficando somente com a vacinação

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